O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no dia 23 de setembro, proferi uma palestra em São Paulo, durante o segundo Fórum Nacional de Ensino Técnico, promovido pela Fentec - Federação Nacional dos Técnicos Industriais, pela Abeti - Associação Brasileira do Ensino Técnico, pelo Contae - Conselho Nacional das Associações dos Técnicos Industriais e pela Unesp - Universidade Estadual Paulista.

Foi um encontro expressivo, que contou com a participação de representantes de entidades de todo o Brasil, entre os quais os do meu Estado, Espírito Santo. Durante dois dias, 22 e 23 de setembro, reunidos na Câmara de Vereadores de São Paulo, eles debateram o futuro do ensino profissionalizante em nosso país.

Este foi também o tema da minha palestra, que se concentrou na análise de três questões: a falta de vagas nas escolas que ministram ensino profissionalizante, a necessidade de atualização urgente dos currículos, para que se adaptem às exigências do mundo contemporâneo - e uma conseqüência destes dois problemas, a escassez de mão-de-obra qualificada para preencher as vagas abertas pelas empresas.

O próprio Ministério da Educação admite que seria preciso pelo menos triplicar o número de vagas técnicas existentes no País para atender à demanda atual. É algo que exigiria um enorme investimento inicial, tão grande que é impossível para o governo bancá-lo sozinho.

Trata-se, portanto, de um desafio a ser vencido somente com a adoção de uma estratégia conjunta por todos os setores que oferecem o ensino técnico -- público, privado, comunitário e o sistema S, formado por Sesi, Sesc, Sebrae e Senar, entre outros.

Pude constatar, durante o Fórum, que os profissionais do ensino técnico estão à altura do desafio. A Fentec, presidida pelo Dr. Wilson Vanderlei Vieira, a Abeti, que tem como presidente a dra. Margarete dos Santos, e o Contae, com o dr. Ricardo Nascimento à sua frente, desenvolvem um trabalho permanente com o objetivo de analisar os problemas do ensino técnico e propor soluções para suas deficiências.

Essas entidades, e os profissionais que as integram, são merecedores de elogios por seu empenho, pela persistência e pela competência que demonstram.

Agraciado, na condição de Presidente da Comissão de Educação do Senado Federal, recebi uma placa comemorativa dos 25 anos de existência do Movimento dos Técnicos Industriais, quero cumprimentá-los desta tribuna pela contribuição que prestam ao esforço pela melhoria da qualidade de vida de nossa população. São eles que superam obstáculos para formar profissionais criativos, com espírito empreendedor, preparados para disputar vagas no mercado de trabalho.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.