Discurso durante a 182ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro das comemorações do Dia de São Lucas, padroeiro da medicina e do Dia do Médico.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro das comemorações do Dia de São Lucas, padroeiro da medicina e do Dia do Médico.
Publicação
Publicação no DSF de 19/10/2005 - Página 35388
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MEDICO, ELOGIO, CATEGORIA PROFISSIONAL, ATUAÇÃO, SAUDE PUBLICA.
  • SAUDAÇÃO, ATIVIDADE POLITICA, MEDICO, ESPECIFICAÇÃO, SENADOR, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PARA (PA), OSWALDO CRUZ, CARLOS CHAGAS (MG), CIENTISTA, JUSCELINO KUBITSCHEK, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.

O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Senador Augusto Botelho; Srªs Senadoras, Srs. Senadores, comemora-se hoje, dia de São Lucas, padroeiro da Medicina, o Dia do Médico. E eu não poderia deixar passar essa data sem render uma homenagem, pequena que seja, a esse profissional cuja atuação diz respeito a esse objeto tão nobre quanto frágil, que é a própria vida.

Por isso mesmo, Sr. Presidente, por lidar com a vida - e também com a morte -, há como uma aura especial que envolve a profissão de médico. O médico, por profissão, está voltado ao cuidado dos outros, ao zelo pelo bem-estar de seus semelhantes. Por ofício, está habituado a reconhecer as necessidades dos demais e cuidar para que sejam atendidas.

Não é por acaso, portanto, Senador Antonio Carlos Magalhães, que sua imagem social tem a força ímpar que tem. Não é por acaso, portanto, Senador Antonio Carlos Magalhães, que sua imagem social tem a força ímpar que tem. Não é por acaso que muitos médicos, ao sobressaírem em sua profissão, acabam ganhando a estatura de homens públicos. A atual legislatura, aliás, dá bons exemplos disso, aqui mesmo no Congresso Nacional, onde temos vários médicos eleitos Senadores, como o Senador Augusto Botelho, que ora preside a sessão, o Senador Antonio Carlos Magalhães, Senador Tião Viana, Senador Papaléo Paes, Senador Mão Santa, Senador Mozarildo Cavalcanti e, com certeza, muitos médicos Deputados Federais.

A minha terra, o Estado do Pará, tomou rumo no caminho do desenvolvimento com a eleição, pelo povo paraense, de um médico, Almir Gabriel, Governador por dois mandatos, que tornou o Pará exemplo nacional, como um Estado que serve de modelo às demais unidades da Federação brasileira.

Toda a história do Brasil, de resto, está pontuada pela atuação de médicos tornados figuras públicas. Impossível deixar de lembrar os exemplos grandiosos de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, grandes médicos, pesquisadores criativos e inovadores e homens dotados de grande visão pública. Foram médicos, mas foram também hábeis políticos na condução de políticas públicas de saúde, mesmo diante de forte oposição, como foi o caso de Oswaldo Cruz, que enfrentou não apenas a resistência da população, mas o antagonismo até mesmo de alguns de seus colegas, descrentes de suas teorias e métodos. Meu Estado, o Pará, deve ao seu trabalho exemplar a erradicação da febre amarela.

Carlos Chagas, colega e sucessor de Oswaldo Cruz, que morreu muito jovem, aos 44 anos, é até hoje um dos nomes mais importantes da ciência brasileira. Sua importância como pesquisador e cientista só se compara à sua dedicação à causa da saúde pública no Brasil. Tal como Oswaldo Cruz antes dele, contribuiu decisivamente para consolidar no Brasil a idéia de saúde pública como uma dimensão relevante da própria cidadania.

Por fim, Sr. Presidente, impossível falar de médicos que assumem o papel de homens públicos sem que imediatamente salte à lembrança o nome de Juscelino Kubitschek, um dos mais queridos presidentes que este País já teve. Creio que não seria demais afirmarmos que boa parte de seu carisma, de sua empatia, foi adquirida e lapidada ao longo de sua carreira de médico, no contato com as pessoas, ouvindo suas queixas e oferecendo cura e alívio.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, poderíamos continuar trazendo muitos outros exemplos - alguns mais ilustres, outros menos - de médicos que tiveram destaque na vida pública, seja na sua função própria de médicos, como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, seja assumindo outro papel, como Juscelino Kubitschek e, como disse, o Governador do Estado do Pará, Almir Gabriel. O fato é que parece haver uma atração entre as duas atividades, a de médico e a de homem público. É interessante reconhecer isso pelo que pode iluminar a natureza de nossa tarefa como políticos.

É a abertura do médico para o outro, sua disponibilidade para reconhecer suas necessidades e de ajudá-lo a superar sua dor ou a preservar sua saúde que o torna, para nós políticos, um grande modelo. Essa abertura e essa disponibilidade são, para nós, um exemplo.

Parabéns ás médicas e aos médicos brasileiros, especialmente aos médicos e médicas paraenses, do meu querido Estado do Pará, e mui especialmente, Presidente Augusto Botelho, ao meu filho Fernando, que é médico, seu colega e colega de todos os nobres Senadores que aqui citei.

Parabéns a todos e obrigado por seu trabalho e seu precioso exemplo.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/10/2005 - Página 35388