Discurso durante a 187ª Sessão Especial, no Senado Federal

Reverência a memória de sua Santidade o Papa João Paulo II.

Autor
Marco Maciel (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Reverência a memória de sua Santidade o Papa João Paulo II.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2005 - Página 36079
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JOÃO PAULO II, PAPA, REGISTRO, BIOGRAFIA, VIDA PUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, IGREJA CATOLICA, POLITICA INTERNACIONAL, BUSCA, PAZ, RESPEITO, DIREITOS HUMANOS.

            O SR. MARCO MACIEL (PFL - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Exmº Sr. Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional; Exmº Sr. Dom João Braz de Aviz, Arcebispo de Brasília; Exmº. Sr. Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio apostólico, representante, portanto, do Santo Padre no Brasil e Decano diplomático; Exmº. Sr. Dom Odilo Pedro Scherer, Secretário-Geral da CNBB e que nesta cerimônia representa o Presidente da Instituição, Dom Geraldo Magela Agnelo; Eminentíssimo Sr. Cardeal Dom José Freire Falcão; Eminentíssimo Sr. Cardeal Dom Eugênio Sales; Reverendíssimo Sr. Heitor Salles, Arcebispo Emérito de Natal; Exmº. Sr. Embaixador Kulka Kulpiowski, Embaixador da República da Polônia e, ao saudá-lo, eu desejo saudar aos demais Embaixadores e membros do Corpo Diplomático aqui presentes; e, ao saudá-lo, desejo saudar os demais Embaixadores, Embaixadoras, e membros do Corpo Diplomático aqui presentes, Exmºs Srªs e Srs. Deputados, convidados, minhas senhoras, meus senhores, “o longo soluço que se espraiou pela morte de João Paulo II e, depois, a magnificência de seus funerais atestam que esse Papa soube comover, fascinar e iluminar não somente o povo católico, mas também de outras crenças”, a observação é do escritor francês Gilles Lapouge e foi igualmente perfilhada por outro intelectual também não católico - Vargas Llosa ao afirmar: “a agonia, a morte e as exéquias de João Paulo II provocaram uma comoção sem precedentes em todo o planeta. Até agora, só o assassinato do presidente Kennedy fora objeto de comoção parecida, embora”, - ressaltou - “postas numa balança, a repercussão internacional deste último resulte mínima comparada à do falecimento do primeiro Papa polonês da história”.

Karol Wojtyla, considerado pelo seu biógrafo Bernard Lecomte como “um dos últimos gigantes do século XX” e a quem o destino fizera cultuar em sua juventude o atletismo; fora operário em pedreiras e indústrias químicas; ensaiara ser ator, chegando a interpretar papéis num grupo de teatro. E mais: se ordenara às escondidas, exercendo o sacerdócio numa igreja clandestina, pois sua pátria estava sob o jugo de tropas nazistas e posteriormente comunistas.

Wojtyla haveria de ser um Papa não só preocupado com o governo da Igreja, mas sobretudo com a sua missão: confiava na competência da Cúria e das representações pontifícias; e, para além disso, reservara para a tarefa de levar a mensagem de Cristo a todos, restaurando a dignidade da pessoa, resgatando-a de quaisquer violências.

Seu afã era levar Cristo a todos - pessoas, povos e nações, porquanto “não existe mais Igreja do silêncio, porque ela fala por meio do Papa!” E o explicitará, na Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente, por quê “Cristo, de qualquer maneira, pertence a toda a humanidade”.

Para ele, friso, “evangelizar era a missão essencial, a vocação própria, a identidade mais profunda da Igreja”, sendo a preocupação social parte dessa missão evangelizadora, obrigando-o a falar “em nome daqueles que não tinham voz”, convencido “de que os pobres não podiam mais esperar”.

Quebrou o tabu da figura distante de um Papa encastelado na basílica, a quem ninguém podia tomar a iniciativa de se dirigir. Nos modernos areópagos da Terra haverá de ecoar para sempre sua palavra numa tentativa de mundializar o verbo divino, porque seu espírito de Apóstolo o fazia sentir-se, acima de tudo e mais do que tudo -, “oprimido pela solicitude por todas as Igrejas grandes”, para utilizar as próprias palavras do Apóstolo Paulo, de quem se emprestara o cognome.

Divisou de imediato a importância dos veículos de comunicação (como o diria aos bispos dos Estados Unidos em 1979): “mediante esses meios a Igreja Católica espera difundir sempre mais eficazmente a maravilhosa mensagem do Evangelho”.

Sr. Presidente, no momento em que o Senado Federal celebra o vigésimo sétimo ano de sua coroação como Pontífice Romano, cabe interrogar a que se atribuir tamanha reverberação do legado de Karol Wojtyla? Certamente, ao testemunho que ele ofereceu no transcurso de seu longo, porém frutuoso pontificado, num mundo caracterizado pelo relativismo ético, perda de valores humanísticos e uma acentuada propensão para o emprego da violência na solução dos dissensos e dos conflitos.

            Não se pode deixar de fazer memória de traços que ornavam a sua unímoda personalidade, desvelada no denso magistério exposto em muitos documentos pontifícios; no peregrinar, por todo o planeta, convertendo-o, perdoe-me a expressão, num genuíno “global player”; na rotundidade de suas convicções e na coragem ao proclamar o tesouro da fé; no perseverar, oportuna e inoportunamente no anúncio da doutrina social da Igreja, ainda que arrostando incompreensões e expondo a própria vida; no perseguir a inculturação da fé e o diálogo interreligioso em diferentes culturas, como o fez no encontro de Assis, onde conversou com bonzos e imames, sacerdotes animistas e rabinos, xintoístas e sikhs, jainistas e zoroatristas. Porquanto, “alcançar a desejada comunhão entre todos os que crêem em Cristo poderá constituir, e com certeza constituirá, um dos maiores acontecimentos da história humana”. E o fazia, pretendendo ultimar a comunhão ecumênica, cuja efetivação infelizmente, não veria.

            Perspicaz, entendeu começar sua atividade missionária, ante a excepcional oportunidade que se lhe deparava de salvar o mundo do comunismo. Ousou visitar, de logo, a sua pátria, eis que nenhum de seus antecessores penetrara ainda no bloco comunista. Leonid Brejnev, de Moscou, compreendeu suas intenções: tentou impedir tal intrusão, mas temeu a revolta dos poloneses, de longa tradição católica e nacionalista. Durante oito dias de junho de 1979, João Paulo discursou perante milhares e milhares de compatriotas para os quais bradava: “este papa, sangue de seu sangue, osso de seus ossos, vem para falar diante de toda a Igreja da Europa e do mundo, destas nações e destes povos, freqüentemente esquecidos.”

Iniciava-se irrefragavelmente a débâcle do comunismo, apesar da resistência do governo polonês que, em 1981 fechou o Sindicato Solidariedade de Lech Waleska e encarcerou seus líderes, mas não podia prender seu arquiteto - o Papa.

Em 1985, Mykhail Gorbachev assumiu o poder da União Soviética; sentindo a precariedade do Partido, foi falar com Wojtyla sobre a “Perestroika”, a abertura do sistema. A derrota final do comunismo era questão de tempo. 

            “Hoje podemos dizer” - testemunhou anos após Gorbachev - “que tudo que aconteceu na Europa Oriental não teria acontecido sem a presença deste Papa. Hoje, na história da Europa, houve uma virada muito profunda. João Paulo II teve - e tem nisso - um papel decisivo”.

Cônscio do grave risco de que seu gesto pesava sobre a humanidade inteira, confessou em seu “Testamento: “De modo especial, possa a Divina Providência ser louvada por isso, que o período da chamada ‘guerra fria’ terminou sem um conflito nuclear violento, o perigo que pesou sobre o mundo no período anterior”.

Além de seu envolvimento nas grandes questões mundiais como as que conduziram a queda do Muro de Berlim, que Ralf Dahrendorf denominou em livro, a “revolução de 1989”, isto é, “o fim de uma longa guerra civil ideológica entre o Leste e o Oeste”, buscou também mediar graves crises políticas. Cite-se, por oportuno, em nossas plagas, a sua obstinada atuação na solução do affaire do Canal de Beagle, evitando embate armado entre a Argentina e o Chile. Visitou Cuba, pedindo que esse país se abrisse para o mundo e o mundo para Cuba. Condenou o embargo econômico dos Estados Unidos, mas, em contraponto, remeteu carta a Fidel Castro, criticando “as duras penas impostas a cidadãos cubanos...”

Todavia, se o Pontífice comemorou a queda do comunismo, nem por isso se conformou com o triunfo do capitalismo selvagem, nestes tempos de uma globalização excludente e indiferente às demandas sociais e aos direitos humanos.

E em Alice Springs, na Austrália, em novembro de 1986, impressionado com as condições dos aborígenes, apostrofaria: “Até quando o homem precisará suportar - e deverão suportar os homens do Terceiro Mundo - a primazia dos processos econômicos sobre os direitos humanos invioláveis”.

            E aos jornalistas, durante o vôo Roma-Ilha do Sal, em janeiro de 1990: “O papa sente-se aliado da África e dos demais países do Terceiro Mundo. É preciso apresentar aos países ricos as necessidades dos países pobres e pressionar por soluções concretas, globais!”

Sr. Presidente, as visitas de João Paulo II ao Brasil nos legaram inolvidáveis lições sobre os mais variados temas, referto de questões com que a Nação se defronta e para cuja solução impõe-se enfrentar, sem paternalismo, a eliminação da miséria e da pobreza, reduzir as disparidades interpessoais e interregionais de renda, e superar as diferentes desigualdades relativas às etnias, ao tratamento dos migrantes e à condição feminina.

A Pastoral Parlamentar Católica - constituída preponderantemente por Senadores, Deputados Federais e Estaduais - teve o ensejo de ser recebida no Vaticano por Sua Santidade no ano de 1998. Incumbido da desvanecedora tarefa de falar em nome de seus integrantes, ressaltei que “a política não é profissão, mas uma atitude de vida; significa, quando correta e igualmente exercitada, ação missionária voltada para a realização do bem-comum”. A referida Pastoral busca “ter presente a necessidade de que a sua atividade seja fertilizada pelo ensinamento de Cristo e de sua Igreja, reconhecida, por textos pontifícios, como “perita em humanidade”. Ao nos acolher, junto aos túmulos de Pedro e Paulo, o Papa Wojtyla assinalou caber aos políticos de uma nação eminentemente católica “a importante incumbência, como cidadãos livres e responsáveis, de zelar pela correta aplicação dos princípios morais que, baseados na lei natural, se acham confirmados na revelação. Sobre estes princípios apóia-se o verdadeiro bem de toda a sociedade. A mesma Igreja não cessa de orientar as consciências, sem jamais interferir nas opções políticas concretas tomadas livremente, pois esta não é a sua missão”.

Citando palavras do Concílio Vaticano II, o Papa asseverou que “a Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal encargo, ao serviço dos homens”. E concluiu dizendo: “De igual modo, é meu propósito estimular vosso espírito de serviço que, juntamente com as necessárias competência e eficiência, pode tornar transparente toda atividade orientada para o bem-comum da sociedade como, aliás, o povo justamente o exige”.

Sr. Presidente, a morte de João Paulo II nos faz meditar sobre sua vida em suas distintas dimensões.

À missão apostolar se associa a do profeta e esta não se circunscreve à de anunciar o Evangelho a todas as gentes. O dom da profecia, como se sabe, não é somente o de suscitar a esperança em tempos prenhes de incertezas, mas de igual sorte, como o fez Jeremias, o de arrancar e destruir, exterminar e demolir o que desagrada a Deus.

O Papa jamais pretendeu maquiar a severidade da mensagem evangélica, a fim de torná-la aceita - como advertiu no primeiro pronunciamento em solo americano, em outubro de 1979: “O verdadeiro amor é exigente; eu falharia em minha missão senão lhes dissesse isso com toda a franqueza”.

Personalidade múltipla, nele se alojava uma enorme capacidade dialógica e talento para se expressar na língua de seu interlocutor e transmitir sua mensagem nas modernas ágoras desta época tão caracterizada pela assimetria econômica e exclusão social. Nos encontros com políticos ou filósofos, artistas ou mestres, empresários ou trabalhadores, cientistas, pesquisadores e os jovens, ali estava o Papa cujo carisma produzia uma natural empatia com a juventude, objeto de sua primeira fala ao se entronizar como Pontífice: “Vocês são o futuro do mundo. Vocês são a minha esperança! Não tenham medo!”

Ademais sua vasta cultura nos variados territórios do conhecimento se alçava aos píncaros da genialidade.

Ao ser vitimado em plena Praça de São Pedro, por um atentado que deixou seqüelas e muito sofrimento, teve o gesto heróico de manter-se no exercício de todas as funções decorrentes da cátedra petrina.

O herói e o mártir talvez pertençam à mesma família, posto que suas atitudes guardam muitas semelhanças. O martírio, certamente, ultrapassa o heroísmo. Este entrega a vida por objetivos mundanos, enquanto que os mártires não se matam, mas, para se conservarem fiéis a Deus, permitem que a vida lhe seja tirada. É o que se interpreta das palavras de Tertuliano, ao dizer que “o sangue dos mártires é a semente do cristianismo”. Em João Paulo, por conseguinte, no servo sofredor, excele o santo. Pois, “a santidade é o paradoxo supremo da vida em sua grandeza e totalidade”, conforme entendimento de Alceu Amoroso Lima.

            Ela, a santidade, acrescenta o também chamado Tristão de Athayde, “é muito maior do que o heroísmo e a genialidade que isolam os heróis e os gênios, enquanto os santos nos unem, não só a eles mas ao próximo e nos reconciliam com a própria condição humana no que tem de mais belo. A alegria no sofrimento. A riqueza no desprendimento. A força na fraqueza. A vitória nos malogros. A presença nas ausências. O fogo na água do batismo. Em suma, a vida na morte.”

Daí, no seu sepultamento, a multidão uníssona proclamar: “Santo subito”.

João Paulo II entrou na eternidade portando uma tristeza e uma esperança: a tristeza de não haver completado sua missão evangelizadora ecumênica; a esperança de haver desvelado o Papa que haveria de sucedê-lo.

O Colégio Cardinalício, por unção do Espírito Santo, escolhe Ratzinger Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana.

Sr. Presidente, o que nós “chamamos acaso, talvez seja a lógica de Deus”, observou certa feita Georges Bernanos. Wojtyla e Ratzinger, amigos de longa data, cognominados “colegas intelectuais”, ambos poliglotas; ambos inspirados escritores; ambos com suas concepções firmemente assentadas em princípios filosóficos e teológicos; ambos também convictos de que “a estatística não era uma das medidas de Deus.., que se tem de abstrair dos parâmetros quantitativos do sucesso...” - como afirmou o então ainda Cardeal, no livro “O Sal da Terra”.

Não foi por acaso que Ratzinger adotou o nome de Bento XVI: em homenagem a São Bento de Nócia, o pai do monasticismo e patrono da Europa, ora envolta numa concepção do mundo puramente científica, racional e materialista, quando houvera construído sua cultura no cristianismo, expandindo-o aos quatro continentes; e também em reconhecimento a Bento XV, o Papa da Primeira Guerra Mundial, que lutara por impedi-la a todo custo e formulara todo um sistema de ajuda aos combatentes.

As dificuldades da Igreja Católica em muitos dos países do globo não amedrontam Ratzinger que, referindo-se ao Papa João Paulo II revelou parecer “sentir sua mão forte” (...) “apertar a minha; parece-me ver seus olhos sorridentes e ouvir suas palavras, dirigidas a mim em particular, neste momento,... Ele deixa uma Igreja mais corajosa, mais livre, mais jovem. Uma Igreja que, segundo seu ensinamento e exemplo, olha com serenidade para o passado e não tem medo do futuro.”

Declara-se Ratzinger “determinado a cultivar qualquer iniciativa que possa aparecer para promover os contatos e o encontro com representantes das diversas igrejas e comunidades eclesiais”. E dirige-se “a todos, mesmo aos que seguem outras religiões ou que simplesmente procuram uma resposta às perguntas fundamentais da existência e ainda não a encontraram..., para assegurar que a Igreja quer continuar a tecer com eles um diálogo aberto e sincero, à procura do verdadeiro bem do homem e da sociedade”.

Aliás, na única visita ao Brasil, como Cardeal, afirmou que “conciliar unidade de fé e multiformidade de culturas não é um conflito, é uma tarefa para os que professam a fé cristã”.

Aos que aludem ao “afastamento entre a Igreja e o mundo”, à sua “imagem ameaçadora e esclerosada”, Ratzinger reconhece que “não encontramos a linguagem para nos exprimir na consciência atual”.

E o fez recorrendo ao veio poético de Miquelângelo, o genial escultor do Renascimento: “Com olhar de artista, Miquelângelo via na pedra que estava diante dele a imagem pura que só esperava para ser libertada e trazida à luz. Para ele, a tarefa do artista consistia apenas em retirar da pedra aquilo que encobria a imagem. Miquelângelo considerava a verdadeira atividade artística como um libertar e trazer à luz, e não como um fazer. (...) Assim também o homem deve, antes e primeiro que tudo, receber a purificação, para que nele resplandeça a imagem de Deus - a purificação pela qual o escultor, ou seja, Deus, o liberta de todas as escórias que encobrem seu verdadeiro semblante e fazem com que ele pareça um bloco disforme de pedra, enquanto nele já habita a forma divina”.

            Sr. Presidente, na Encíclica Fides et Ratio, lembrava João Paulo II que, há dois mil anos, “a encarnação do Filho de Deus permite ver realizada uma síntese definitiva que a mente humana, por si mesma, nem sequer poderia imaginar: o Eterno entra no tempo, o tudo esconde-se no fragmento, Deus assume o rosto do homem... Agora todos têm acesso ao Pai, em Cristo;... Ele concedeu-nos a vida divina que o primeiro Adão tinha rejeitado”.

Com sua morte, há tristeza; mas não luto; silêncio mas não solidão, porque a graça preenche o vazio e, na sua consumação, o justo é acolhido nos braços do Criador. O Papa João Paulo II que, postumamente o Senado Federal neste instante reverencia, habita a morada do Senhor.

            Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2005 - Página 36079