Discurso durante a 190ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do editorial intitulado "A vitória do ´não´ ", publicado no jornal Folha de S.Paulo do dia 24 de outubro do corrente. O compromisso da Petrobrás com a Amazônia, apoiando o cinema local.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Registro do editorial intitulado "A vitória do ´não´ ", publicado no jornal Folha de S.Paulo do dia 24 de outubro do corrente. O compromisso da Petrobrás com a Amazônia, apoiando o cinema local.
Publicação
Publicação no DSF de 28/10/2005 - Página 37436
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • NECESSIDADE, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), INCENTIVO, APOIO, PATROCINIO, PRODUÇÃO CINEMATOGRAFICA, REGIÃO AMAZONICA, APROVEITAMENTO, DIVULGAÇÃO, CULTURA, POPULAÇÃO, HISTORIA, LOCAL.
  • IMPORTANCIA, REALIZAÇÃO, FILME DOCUMENTARIO, HISTORIA, PROGRESSO, DECADENCIA, MUNICIPIO, FORDLANDIA, ESTADO DO AMAZONAS (AM).
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ANALISE, RESULTADO, PLEBISCITO, OPOSIÇÃO, RESTRIÇÃO, ACESSO, CIDADÃO, ARMA DE FOGO, IMPORTANCIA, IMPLEMENTAÇÃO, ESTATUTO, DESARMAMENTO.

O SR ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há um novo grito no Cinema brasileiro. Um grito que nasce da vontade, da disposição e do trabalho dos cineastas de Manaus: Mostrar nas telas, e para os corações dos brasileiros, a essência do Homem Amazônida.

Até aqui, o Amazônida é pouco conhecido. E, mais do que isso, é também desconhecido e descartado do centralizador Cinema Nacional.

Essa é a síntese de uma mensagem que recebi ontem dos que se dedicam a uma heróica disposição de fazer filme na Amazônia.

Eles, os nossos cineastas que estão ali, ao lado da Grande Floresta, reúnem todas as condições para produzir filmes e documentários acerca, não apenas dos mistérios e da magia da Selva. Têm tudo e pouco lhes é oferecido. É o caso, por exemplo, dessa questão do patrocínio cultural.

Sabidamente, a Petrobras tem marcante presença no território da Amazônia.

Sabidamente, é a Petrobras a maior patrocinadora do cinema nacional.

Sabidamente, a Petrobras dá as costas aos que produzem filmes no Amazonas.

Sabidamente, à Petrobras só conseguem chegar os amigos da Ancine, a Agência Nacional de Cinema.

Sabidamente, a Ancine, que tem sede por lei em Brasília, burlou a lei e foi para o Rio, de mala e cuia, para ficar mais perto de uma clientela muito urbana, embora dela façam parte notáveis cineastas, que respondem à altura aos patrocínios.

Só que nem tanto ao céu nem tanto à terra. Afinal, a Amazônia tem, além do talento de muitos cineastas, o cenário charmoso, que fascina os brasileiros de todos os cantos.

Ainda agora, como leio no noticiário, ficou pronto um fantástico filme documentário sobre o auge e a derrocada de uma cidade encravada, nos anos 20, no coração da Amazônia: a Fordlândia.

Às margens do imponente Tapajós, no Pará, aquela cidade, que era um sonho de Henry Ford, não deu certo por fatores diversos. Mas deixou, encravada na Floresta, histórias e mais histórias, todas de forte conteúdo humano.

Como diz o diretor do filme, Marinho Andrade, essa cidade, hoje fantasma, ainda pulsa um pouco no coração de seus poucos e restantes 800 habitantes.

Não é, pois, uma cidade morta, que o mato começa a encobrir. Vivas, além desse pouco menos de mil resistentes moradores, há centenas de histórias que, de repente, viram filmes.

São histórias que precisam ser contadas. Por que não em filmes?

Como as centenas de enredos dessa cidade-fantasma, quantas e quantas outras histórias também podem ir para os filmes?

Muitas, em qualquer curva dos nossos rios, ou à margens de igarapés ou diante da mágica-flor Vitória Amazônica.

Ao relembrar esses pontos, saúdo a férrea vontade dos cineastas do meu Estado. E dirijo o foco, literal e cinematograficamente falando, para a Petrobras. Para lembrar que a empresa tem compromissos com a Amazônia. Inclusive com o apoio ao cinema local

Vamos virar o filme?

Sem deixar de apoiar o cinema das grandes Capitais, já é mais do que hora de estender a mão também para o nosso Grande Interior. Como a Amazônia.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, eu gostaria também de registrar neste momento o editorial intitulado “A vitória do ‘não’”, publicado no jornal Folha de S.Paulo em sua edição de 24 de outubro do corrente.

O editorial trata do referendo sobre o desarmamento e mostra que “a derrota do ‘sim’ não significa que a idéia de desarmamento tenha sido vencida. O Estatuto, exceto por seu artigo 35, continua plenamente em vigor. Cabe às autoridades públicas implementá-lo”.

Para que conste dos Anais do Senado, requeiro, Sr. Presidente, que o referido editorial seja considerado como parte integrante deste pronunciamento. O texto é o seguinte:

 

************************************************************************************************

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

************************************************************************************************

Matéria referida:

“A vitória do ‘não’”, Folha de S.Paulo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/10/2005 - Página 37436