Discurso durante a 187ª Sessão Especial, no Senado Federal

Reverência a memória de Sua Santidade o Papa João Paulo II.

Autor
Leonel Pavan (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SC)
Nome completo: Leonel Arcangelo Pavan
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Reverência a memória de Sua Santidade o Papa João Paulo II.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2005 - Página 36091
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JOÃO PAULO II, PAPA, IGREJA CATOLICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, POLITICA INTERNACIONAL, REGISTRO, VISITA, BRASIL.

O SR. LEONEL PAVAN (PSDB - SC) - Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores,

     Quero aqui lembrar a memória do saudoso Papa João Paulo Segundo, o Papa da Paz, homem que por sua determinação e crença, mudou o mapa da Europa e assim reescreveu a história do mundo, ao determinar através de sua fé, a derrubada do muro de Berlim!

     Foi a sua fé inabalável que fez com que, sem precisar dar um tiro sequer, derrubasse o regime soviético imposto aos países do Leste da Europa!

     O Papa da Paz, quando esteve no Brasil na ultima vez em 1997, inaugurou o Cristo Luz estando ele no Rio de Janeiro.

     Num gesto simbólico, ascendeu as luzes do Cristo de Balneário Camboriú, e abençoou a cidade!

     Mais tarde Balneário Camboriú recebeu uma carta do Santo Papa, certificando a benção ao monumento!

     Tive o privilégio de rever João Paulo Segundo em 1998, quando acompanhei o Grupo Parlamentar Católico, presidido pelo Deputado Serafim Venzon, ao Vaticano.

     Qual não foi a minha surpresa quando ao cumprimentar o Papa, de saúde abalada, em função do atentado a bala que havia sofrido anos antes, percebi o vigor de seu aperto de mão e a força de seu olhar.

     Ao mesmo tempo em que nos atendia com carinho!

     Foi quando tive a certeza, que somente uma pessoa, que viveu a vida como um cidadão comum, enfrentou a Guerra, lutou pela liberdade dos povos, trabalharia em seu papado pela paz e união dos povos!

     João Paulo Segundo abriu a igreja para o mundo.

     Com gestos sinceros, aproximou católicos de ortodoxos, judeus e muçulmanos. Deu vários puxões de orelha em grandes estadistas, que se esqueciam que se Deus lhes permitiu atingir o poder, era para usá-lo em benefício do ser humano, dos fracos. Era assim uma espécie de consciência dos líderes mundiais.

     Com seu jeito simples misturava palavras doces e duras para combater a injustiça.

     Por onde ele passou, nenhum governo ilegítimo se manteve.

     Lembro de sua primeira visita ao Brasil, quando sua simples presença fez com que o estádio do Maracanã lotado gritasse: liberdade, liberdade.

     Ninguém naquele momento temeu a ditadura militar. Afinal o representante de Cristo na Terra estava lá, a nos proteger.

     Não preciso lembrar que a ditadura entrou em declínio a partir daquele dia.

     E para que tudo isso acontecesse, foi preciso que João Paulo Segundo apenas cumprisse os mandamentos do Cristo.

     Levar o bálsamo a quem precisa, a luz para as trevas, e plantar o amor nos corações dos homens.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2005 - Página 36091