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DISCURSO PROFERIDO PELO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO NA SESSÃO DO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2005, QUE, RETIRADO PARA REVISÃO PELO ORADOR, ORA SE PUBLICA.

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O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PSDB - SP) - Com a palavra o Senador Arthur Virgílio por quinze minutos.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, precisamente por levar a sério a revista Veja como levo a sério a imprensa brasileira, apresentei à CPI dos Bingos requerimento convocando o Sr. Rogério Buratti, o Sr. Vladimir Poleto, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o Sr. Roberto Colnaghi, dono do avião Sêneca que teria transportado o dinheiro - já que teve o dinheiro sujo da cueca, esse agora é o dinheiro bêbado que vem em caixa de bebida de Cuba -, o Sr. Roberto Carlos Kurzweil, empresário, dono da locadora que alugou o Ômega preto blindado, o motorista Eder Eustáquio Soares Macedo, a Sr.ª Sueli Ribas Santos, o Sr. Chaim Zaher, o Deputado José Dirceu, que, à época, presidia o PT, e convite para o diplomata Sérgio Cervante, que já serviu em Brasília, já não está aqui, por ser estrangeiro, mas convido-o para que ele venha, uma vez que morou tanto tempo no País, prestar a sua homenagem às leis brasileiras. São as providências que devemos tomar.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Senador Arthur Virgílio, está convidando e convocando para?

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Para a CPI dos Bingos, para esclarecer denuncia séria que, aliás, Senador, é a quinta envolvendo dólares para o PT. Uma que ficou nas brumas do folclore, a de Kadafi. A segunda, a das Farc - o jornal Correio Braziliense, em sua primeira página no domingo, denunciou em notas garrafais um treinamento das Farc aos narcoguerrilheiros e aos militantes do MST em uma fazenda no Paraguai, misturando tudo, misturando sem-terra com narcotráfico. Está uma beleza aquilo ali! É um quadro que dá um filme com roteiro de Gabriel Garcia Marques. Mas aqui perto, nas nossas barbas. A terceira foi aquela operação back to back - Marcos Valério deposita R$ 10 milhões via doleiro na sua conta no exterior, a pessoa jurídica do Banco Rural, vai para a conta de Duda no exterior, e aqui eles emprestam o correspondente a isso em reais para o PT. Ou seja, qualquer pé-rapado poderia receber aqui porque não era para ser pago aqui, porque foi pago lá. É a chamada operação back to back. A quarta foi aquela denúncia da ex-esposa do Deputado Valdemar Costa Neto, referindo-se ao dinheiro de Taiwan. A quinta é essa de Cuba. A sexta poderá vir aí, estou checando, não quero falar nada levianamente, mas já há indícios de uma sexta com implicações de política externa grave. Ou seja, o quadro é de absoluta desmoralização para o Partido que se dizia o dono da verdade, o dono da ética, o dono da moral deste País.

O Planalto anuncia que armou uma estratégia para o confronto com a Oposição e, incrivelmente, também com a imprensa brasileira. Segundo o noticiário, o esquema - para não usar eufemismos - é pura ditadura, ao menos pelo que passa pela cabeça de Lula, que já prometeu seguir a linha do Presidente Hugo Chaves, da Venezuela. Está nos jornais de hoje.

O Brasil já sabia das preferências do Presidente Lula, em que espaço para a democracia significa mera tolice. Agora, aí está a confirmação dita por ele mesmo, o próprio Presidente Lula. Por não aceitar a democracia, ele e o PT fazem o que supõem ser ameaça...

Não estamos tremendo de medo! Acredite nisso, Presidente Lula! Não estamos tremendo de medo!

Afinal, o quê quer o Presidente? Que a Oposição, a imprensa e o povo brasileiro fiquem calados? Missão impossível! Todo santo dia há um fato delituoso novo. Não é o que estamos vendo?

No final da semana, a reportagem da revista Veja, com denúncia de US$3 milhões vindos de Cuba para a campanha de Lula... A quinta envolvendo dinheiro do exterior para o Partido dos Trabalhadores e suas campanhas. Hoje, na Folha de S.Paulo, outra denúncia: a contabilidade paralela na Prefeitura de Ribeirão Preto: o Ministério Público dispõe de documentos que trazem novos indícios de que a segunda gestão petista na Prefeitura de Ribeirão Preto, 2001 a 2004, manteve uma contabilidade paralela que pode ter ajudado a engordar o caixa 2 do Partido em 2002.

Alguém precisa dizer ao Presidente Lula que tudo isso, que compõe o maior esquema de corrupção jamais visto no Brasi,l precisa, no mínimo, ser apurado. Quem devia mandar apurar? O Governo, é claro! Mas não. Lula e os petistas reagem, atiram pedras ocas por toda parte, dizem que a Veja seria um panfleto da Oposição e que tudo é mentira. Então é mentira a cueca; é mentira o que disse Roberto Jefferson; é mentira tanta cassação de mandatos, é mentira a queda de José Dirceu. Tudo é mentira, mas tudo aconteceu. Dezenas de demitidos no Poder Executivo, dezenas de Deputados com ameaça de cassação, alguns renunciantes. E essa via-crúcis que terminará com a cassação do mandato do ex-Ministro José Dirceu.

            É exatamente como nas vezes anteriores: desmentem, mas depois tudo se confirma.

            Além de manter-se na retranca, o Governo Lula vem com esses disparates do tipo “partir para o confronto” ou joga essa asneira de seguir a linha Hugo Chávez. Não sei qual é a pior asnice. 

Presidente, este País se chama Brasil. Lutamos, inclusive com a sua ajuda, para que nunca mais tivéssemos um ditador por esses nossos meridianos e paralelos. De repente, quem vem com essas idéias mirabolantes? Aquele que um dia ajudou na luta pelo restabelecimento do Estado de direito: o Presidente Lula. Saia dessa, Lula, e saia logo, antes que seja tarde.

Alguém precisa dizer ao Presidente Lula que o povo brasileiro já não está suportando viver esse clima, esse mal-estar que só aumenta a cada dia acaba se transformando em reação à figura do chefe do Governo atual e de seu Partido. Vamos ser francos, bastante francos, Senador Tasso Jereissati, ninguém agüenta mais ouvir falar no nome de Lula. Somos até mais pacientes do que a população lá fora. A população lá fora não agüenta mais ouvir falar no nome de Lula. É fato. É o que ouço e recolho das ruas.

O Sr. Antonio Carlos Magalhães (PFL - BA) - Salvo os ouvidos da Senadora Serys...

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - A Senadora nem está aqui. Ainda agora ela fez umas caras esquisitas, enquanto eu cumpria meu dever de denunciar a ameaça a minha família. Não é cara esquisita que vai resolver coisa nenhuma, o que vai resolver mesmo é dizermos ao Presidente que Sua Excelência está enfadando, cansando o povo brasileiro. É, sem dúvida alguma, a figura mais chata da mídia brasileira, não tem ninguém mais; ganha qualquer concurso de chatice. Quando ele aparece, as pessoas dizem: não agüentamos mais, lá vem ele. E com criancinha no colo, beijando velhinha. Ô que coisa mais chata! Ele é um chato! Aqui para nós: é um chato de galochas. E tome a abraçar velhinha, e tome a perceber o repúdio. Ainda tem algum voto naquelas zonas de bolsões onde continuam vigorando os programas sociais que recebeu do Governo anterior, no resto todo ele perde, sinal de que vai perder até lá quando chegar o momento da eleição. 

            O Sr. Antonio Carlos Magalhães (PFL - BA) - Faça-lhe justiça. Os programas de pobreza.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Verdade. O Senador Antonio Carlos teve uma participação e forçando a barra para dentro do Governo, isso é verdade mesmo, forçou e provou, faço justiça a V. Exª e faço justiça à Ministra Marina, que também exerce destacado papel, infelizmente num Governo frouxo.

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Arthur, ledo engano. Em Guariba, que foi o ícone, o marketing, derrotamos o PT lá facilmente.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - E já construíram os banheiros que prometeram lá? Aqueles banheiros com torneiras douradas?

            Como este é o País democrático de hoje, ninguém pensa em derrubar o Presidente. Mas, também e principalmente, ninguém no Brasil democrático de hoje, aceita passivamente esse avanço no dinheiro público; nem aceita dinheiro espúrio para eleger presidente da República brasileira. Repito e acrescento: alguém precisa dizer ao Presidente que a Oposição não é feita de tolos e muito menos o povo brasileiro deve ser considerado assim.

Até aqui este é o cenário deste Governo que aí está. O PT pintou e bordou para em seguida desmentir sem nenhuma cerimônia, soltando faíscas e dizendo que tudo era invenção.

Tudo era invenção, mas só na fala petista.

Tudo, na verdade, se confirmou.

A mais recente história é essa do dinheiro de Cuba. O Brasil todo leu a denúncia publicada por Veja com muita precisão jornalística.

Essa e as muitas outras são denúncias sérias, que, por isso, devem e precisam ser apuradas.

Se o Palácio do Planalto reage e se afasta da apuração do mesmo jeito que o diabo foge da cruz, tanto pior.

Aja o Presidente como bem entender, ele e seus amigos petistas. O normal seria uma reação que viesse ao encontro da apuração das denúncias.

Não veio. Então, a Oposição continuará cuidando disso.

Estou mais do que seguro de que a postura da Oposição, que quer apurar tudo tintim por tintim, é a mesma da população brasileira.

E mais: não se iludam Lula e seus já poucos seguidores. Não abriremos mão disso em nome da democracia. A democracia exige que se passe o País a limpo.

A democracia precisa não apenas ser preservada. É necessário também que a democracia brasileira seja digna e não um pano de fundo, um pano sujo, uma cueca de dólar em que o PT e o Presidente Lula se julguem detentores de poderes ilimitados para seguir nessa linha, que não é a nossa e, muito menos, a que a sociedade brasileira deseja.

Olhamos para o País e o que constatamos é uma sintonia geral do nosso povo pela democracia, pela correção na gestão pública e pelo desenvolvimento nacional. Não pensamos em mensalões, em aviões de luxo para os périplos presidenciais, nem, muito menos, em conexões internacionais para fazer caixa dois, caixa três, caixas mil.

Nós, que fazemos uma Oposição séria, estamos muito seguros de que a grande verdade brasileira repele a tática atual, desse Lula que tem duas vias. Com a primeira via, supõe levar o povo a acreditar que tudo vai bem.

Que tática é essa, que prefere distribuir ilusões? Que tática é essa, feita à custa de programas sociais que poderiam ser sérios? E que, em qualquer Governo também sério, também teria lugar garantido.

Mas só como complemento. Em Governo sério.

No Governo Lula, que vai perdendo a seriedade, se é que ainda tem alguma, o complemento é só o que há e é só o que existe.

            Sigo na descrição das duas vias.

            Agora, a segunda.

O que vem a ser essa segunda via? É o esquemão de um grupo comprometido apenas com o Poder. O esquemão que passa longe de qualquer programa de Governo ou de País.

Só que, de repente, solta-se um parafuso e tudo vem abaixo, deixando o rei nu, tentando se vestir às carreiras e às custas de mais bravatas. Como essa de implantar uma Republiqueta-Chavez para substituir a Grande República Brasileira Democrática de que desfrutamos hoje.

A Grande República Democrática é a que nós queremos preservar. Nós, os da banda lúcida e séria, que pensamos com respeito um povo sério, que imaginamos com seriedade o povo brasileiro.

Não vamos deixar que a outra banda jogue tudo a perder.

Anote em seu caderninho, Presidente Lula. Isso é definitivo. Por isso, repito: anote isso em seu caderninho, em letras de forma.

Estou anexando a este pronunciamento as notícias do dia, do que vem sendo publicado acerca dessas anomalias políticas, cujo sinônimo se chama governo petista do Presidente Lula.

Sr. Presidente, ainda há pouco fiz uma denúncia, e aqui está um alto dirigente da Força Sindical, aliás meu conterrâneo, Sr. Carlos Lacerda. E faço um apelo ao ilustre visitante no sentido de que leve o Sr. Gil, da Força Sindical, a confirmar nome, endereço, procedência de um suposto ex-policial que, na minha terra, Manaus, estaria oferecendo ao Sr. Gil R$100 mil para que ele dissesse algo que denegrisse a minha imagem como homem público. R$100 mil! Deve ser dinheiro roubado, deve ser dinheiro do Delúbio. E Gil teria dito algo no sentido de que é isso mesmo, que não tem mesmo o que dizer...

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - Senador Arthur Virgílio, posso pedir licença a V. Exª?

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Pois não.

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - Como Corregedor da Casa tomarei providências hoje. Já pedi à Polícia Federal que identifique a pessoa e providencie a abertura de processo competente, além das providências que V. Exª solicita ao convidado.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Nessas coisas, meu prezado Carlos Lacerda, eu sou como o Diogo Mainardi da Veja: se confiam em mim, me dizem algo e eu achar que não deve ficar só entre dois, eu passo tudo para a Nação, ou seja, não trabalho em off - não sou jornalista; eu trabalho em on. Então, até aí não me preocupa, porque vasculhar a minha vida pode até dar a essas pessoas, quem sabe, a sensação de que eles podem recuperar-se, em lidando com a vida de uma pessoa decente.

Seria bom se eles lessem e seguissem o meu exemplo. Agora, disseram coisa pior: que sabiam dos passos da minha família, da minha esposa e dos meus filhos. E eu disse, ainda há pouco, exaltado, e agora repito, sem nenhuma exaltação, tudo o que disse há pouco: duvido que exista neste País uma pessoa - pode ser o Presidente Lula, o Delúbio, os seguranças do Lula, qualquer um - que tenha coragem, ousadia física, de fazer mal a um filho meu, ou a minha esposa, sem que eu cobre do jeito que eu achar que devo, como homem, uma resposta muito drástica para uma afronta desse tipo.

Hoje, ao chegar em casa, minha filhinha de dez anos estava brincando na porta de casa; ela vai continuar brincando na porta de casa, vai continuar andando sem segurança, vai continuar andando como sempre andou. Eu duvido... Na China não teria ninguém com coragem. Imagine aqui, com apenas 180 milhões de brasileiros. Na China, onde há 1,2 bilhão de pessoas, não há ninguém com coragem para isso; imagine aqui, onde só existem 180 milhões de brasileiros e menos de 90 milhões de homens! Então, não há nenhum com coragem para fazer isso - do Lula aos demais.

Peço, meu prezado Carlos Lacerda, nome, endereço e procedência do vagabundo. Espero que não haja dedo oficial nisso. Quero essa figura na cadeia. Não é para se esconder coisa alguma. É para se enfrentar com coragem! Se isso é uma tática para intimidar - que intimida cá e intimida acolá -, eu já disse ainda há pouco que mexer comigo e com os meus valores, sobretudo envolvendo a minha família, é tão grave e dá uma confusão tão feia quanto passar a mão no bumbum da namorada do Mike Tyson em um bar. Eu disse isso ainda há pouco e estou repetindo.

Portanto, Sr. Presidente, estou tranqüilamente me definindo. Sou uma pessoa de definições. Minhas definições são de todos os tipos. Há definição ética, psicológica, política, definição física. Não levo desaforo para casa de ninguém mesmo. Se eu sentir que é para devolver, eu devolvo de qualquer jeito. Quem me conhece sabe que é desse jeito; quem não conhece passa a saber que é assim.

Então, quero mesmo que V. Exª tome as providências e sei que V. Exª vai tomá-las. Que o Ministro Márcio Thomaz Bastos veja isso - tomara que não tenha ninguém oficial, porque senão será o pior pesadelo da vida deles.

            Eu respeitei o filho do Presidente Lula até o presente. Eu evito, falo em Gamecorp, eu evito. Eu respeitei a filha do Presidente Lula. Venci o debate com o deputado lá na Executiva do Partido e fui apoiado nisso pelo então presidente do Partido, hoje novamente presidente, José Serra, dizendo que a moça tinha sofrido demais, que eu não queria que tocassem para frente aquilo. Então, é uma loucura da parte do Presidente, se ele imagina que pode permitir uma coisa dessas; uma loucura que não me deixaria alternativa a não ser cobrar a resposta, política, jurídica e fisicamente.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Eu vou repetir. Permita-me e me dê tempo. Política, jurídica e fisicamente qualquer tipo de atentado a alguém ligado à minha família.

Essa gente, portanto, fique sabendo bem com quem está lidando. Eu vou repetir aquele filósofo carioca que foi cassado outro dia: “Tem certas coisas que despertam os meus piores instintos”. Então, acho muito bom eles saberem até onde vão, porque eu sei até onde vou, desde que não mexam nesses valores que ameaçaram mexer em Manaus. Se mexerem, vão ver que eu próprio não sei até onde vou.

            Muito obrigado. Era o que eu tinha a dizer.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Denúncias sobre “dinheiro de Cuba” ameaçam Lula, afirma “La Nación.”

“Pronunciamento e Anexos.”

             V:\SLEG\SSTAQ\SF\NOTAS\2005\20051101DO.doc 5:01