A SRª ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT - PA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - O Senador Heráclito Fortes trouxe uma denúncia em relação aos fundos de pensão, principalmente ao fundo dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, e ao Banco do Brasil.

Primeiro, em relação à denúncia de que estaria sendo feito um plebiscito tentando enganar os funcionários, quero apenas dizer que, como defensora dos associados de todos os fundos de pensão, inclusive defensora dos associados da Previ, vou tomar informações. Trata-se de uma situação nova, e vou tomar informações em relação a isso, até porque, no último plebiscito que houve - sei que não foi a mesma coisa, foi completamente diferente -, eu era vice-prefeita. Como uma liderança dos funcionários do Banco do Brasil, eu me posicionei pelo “não” à época.

Não vou, precipitadamente, sem conhecer a matéria, posicionar-me agora, até porque seria uma leviandade. Então, eu não o faço. Eu não faço isto jamais: sem conhecer uma matéria, posicionar-me e simplesmente corroborar as denúncias.

Agora, não posso deixar, aí sim, de discordar do que S. Exª fala além desta denúncia, do que diz, tentando mostrar à sociedade que a Previ foi e está sendo utilizada pelo Governo, pelo PT.

Apenas aqueles que não conhecem a nossa história podem dizer isso. Eu sou funcionária do Banco do Brasil há mais de 20 anos. Há 22 dois anos, de licença sem vencimentos, mas continuo funcionária, pagando todas as minhas obrigações inclusive: Previ, Cassi e INSS. Houve, sim, utilizações absurdas na nossa caixa de Previdência, várias vezes, e uma delas foi o absurdo das privatizações, quando realmente obrigaram, na época, os dirigentes de fundos de pensão a participar das privatizações.

O problema não era só participar das privatizações; era participar das privatizações e não ter o direito a que aquele investimento fosse recuperado. Todos sabem que o interesse de um fundo de pensão em participar de uma empresa é temporário.

Portanto, quero, sim, fazer a defesa daqueles que brigam, desde o ano de 2000, contra este banqueiro, este, sim, talvez um dos mais mentirosos da história deste País, uma das pessoas que enriqueceu mais rápido neste Brasil. Refiro-me ao Sr. Daniel Dantas, que continua espalhando mentiras e mais mentiras por aí, apenas para enriquecer e justificar o seu enriquecimento tão rápido e tão ilícito à custa do dinheiro público e do crime de lesa-pátria, que foi a venda do nosso patrimônio público, como fizeram com as telecomunicações, como fizeram com a Companhia Vale do Rio Doce, como fizeram também com as distribuidoras de energia elétrica.

Não poderia deixar de falar, Sr. Presidente. Agradeço essa oportunidade, reafirmando que vou investigar, sem, contudo, deixar de defender os trabalhadores dos fundos de pensão.