Discurso durante a 200ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Justificativas ao Projeto de Lei do Senado 385, de 2005, de S.Exa., que cria a Zona Franca de São Luis, no Maranhão.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Justificativas ao Projeto de Lei do Senado 385, de 2005, de S.Exa., que cria a Zona Franca de São Luis, no Maranhão.
Publicação
Publicação no DSF de 15/11/2005 - Página 39437
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, CRIAÇÃO, ZONA FRANCA, MUNICIPIO, SÃO LUIS (MA), ESTADO DO MARANHÃO (MA), OBJETIVO, COMBATE, MISERIA, SUBDESENVOLVIMENTO, APROVEITAMENTO, INFRAESTRUTURA, ENERGIA ELETRICA, PORTO, FERROVIA, RODOVIA, DENUNCIA, ABANDONO, GOVERNO FEDERAL, REGISTRO, REALIZAÇÃO, GESTÃO, EX GOVERNADOR.

O SR. EDISON LOBÃO (PFL - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Srs. Senadores, falo neste momento sobre um assunto de fundamental importância para o meu Estado, o Maranhão. Estou apresentando ao Senado o projeto que cria a Zona Franca de São Luís, no Maranhão. Na elaboração da proposição, que fiz com a excelente assessoria da Consultoria do Senado, tivemos o cuidado de não infringir o art. 61 da Constituição, pois nada nela existe que possa interferir na competência privativa do Presidente da República.

A situação do meu Estado, Sr. Presidente, é de desconforto. Os levantamentos revelados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano e o Produto Interno Bruto continuam, infelizmente, indicando o Maranhão como o menos desenvolvido e o mais pobre da Região Nordestina. Isto, em que pesem os inauditos esforços desenvolvidos pelos que têm dirigido o Estado. O que se faz, em esforço, no âmbito estadual não tem tido correspondência por parte do Governo Federal. É como se o Maranhão não fosse, tanto quanto os demais, uma unidade da Federação Brasileira. As rodovias deterioradas e a carência geral de investimentos federais no Estado, que vêm motivando há anos os nossos protestos, apelos e pedidos, são os principais fatores impeditivos de análises otimistas que orientam os cálculos do IDH e do PIB maranhenses.

A evolução da economia do Maranhão se deu em ritmo similar ao observado no contexto regional e nacional. No entanto, no período em que governei o Estado, de 1991 ao início de 1994, a economia maranhense cresceu igual em ritmo à brasileira e superior à nordestina, conforme demonstram as tabelas de nºs 1, 2 e 3 que incluo neste pronunciamento. Tais alterações para melhor foram possíveis graças ao número considerável de obras realizadas. Multiplicamos por três as escolas existentes e com elas os professores, e recuperamos ou construímos centenas de quilômetros de rodovias, que se acrescentaram às milhares de outras obras concluídas naquele período. No meu governo não se contraiu um centavo de dívida pública, e pagamos as mais vultosas, originárias de administrações anteriores. Foi possível, assim, reduzir o estoque daquele imenso contencioso. A União Federal, todavia, repito, não ajudou o Maranhão, ao contrário do que ocorreu em relação aos demais Estados.

Essa, Srªs e Srs. Senadores, a principal motivação do projeto que cria a Zona Franca de São Luís, um instrumento capaz de fazer aproveitar os portos marítimos ali existentes, tidos como de excelência. Precisamos fazer utilizar economicamente a abundância do seu estoque de energia elétrica, as suas ferrovias e rodovias, e tantas outras fontes multiplicadoras de empregos e de crescimento em estado latente e que somente não se realizam por falta de interesse da União Federal.

Por essas e tantas outras razões, tenho esperanças de que o referido projeto receberá o apoio desta Casa, corrigindo injustiças e desigualdades que paralisam os avanços pelos quais tanto luta o meu Estado.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/11/2005 - Página 39437