Pronunciamento de Alvaro Dias em 16/11/2005
Discurso durante a 201ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Efeitos da ortodoxia fiscal.
- Autor
- Alvaro Dias (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PR)
- Nome completo: Alvaro Fernandes Dias
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA FISCAL.:
- Efeitos da ortodoxia fiscal.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/11/2005 - Página 39805
- Assunto
- Outros > POLITICA FISCAL.
- Indexação
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- CRITICA, SUPERIORIDADE, TAXAS, JUROS, SUPERAVIT, NATUREZA FISCAL, COMPROMETIMENTO, INVESTIMENTO PUBLICO, DESENVOLVIMENTO, PAIS.
- APRESENTAÇÃO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REGISTRO, DECLARAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, CRITICA, PLANO, AJUSTE FISCAL, MINISTERIO DO ORÇAMENTO E GESTÃO (MOG), MINISTERIO DA FAZENDA (MF), DEMONSTRAÇÃO, FALTA, ACORDO, GOVERNO, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho reiterado desta tribuna os efeitos nocivos advindos da ortodoxia fiscal adotada pelo FMD - fundo monetário doméstico: o arrocho fiscal chegou ao ápice ao ser anunciado o superávit fiscal de 6,1% , juros estratosféricos de 19% ao ano, comprometendo investimentos públicos em áreas estratégicas.
Como se não bastasse a gestão claudicante, o Governo voltou a dar sinais de verdadeira babel
Em entrevista concedida a jornal O Estado de S. Paulo (publicada ontem) a Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, qualificou como “rudimentar “ o plano de ajuste fiscal apresentado pelo Ministro do Planejamento, com o aval do Ministro Palocci.
A Ministra Dilma classificou de forma bastante condescendente o ajuste fiscal proposto pelo Ministério do Planejamento.
Contudo, em termos de coesão governamental e administrativa, unidade e comando, o posicionamento da Ministra Dilma ´demonstra o quanto o atual governo é uma nau sem timoneiro.
Aliás, a própria Ministra Dilma se incumbiu de reforçar a imagem, já amplamente difundida, de que o “homem do leme” além de não ter traçado um plano de bordo não exerce o comando da embarcação.
Os jornalistas ao indagarem da Ministra Chefe da Casa Civil sobre “ que avaliação o presidente da república faria do plano de ajuste fiscal de longo prazo apresentado pelo Ministro Paulo Bernardo, ela respondeu sem pestanejar:
O Presidente Lula não acha nada, porque esse programa nem foi colocado. ele não participou de nenhuma discussão”.
O tiro literalmente saiu pela culatra: ela conseguiu duas façanhas: bombardeou o plano de ajuste fiscal apresentado e por acréscimo desqualificou sua excelência.
Enquanto isso: prosseguem as manobras rudimentares para conduzir esse Governo, como se isso fosse possível, incólume a tudo que foi operado a partir do 4° andar do palácio do planalto.
Nesse Governo, o único instrumental utilizado que não possuia qualquer traço de rudimentar foi o que operou o mais sofisticado esquema de corrupção já montado no País.