Discurso durante a 205ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a publicação "Balanço Social 2004", divulgada pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - FENASEG.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • Considerações sobre a publicação "Balanço Social 2004", divulgada pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - FENASEG.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2005 - Página 40657
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, RESPONSABILIDADE, NATUREZA SOCIAL, EMPRESA.
  • COMENTARIO, BALANÇO, PUBLICAÇÃO, FEDERAÇÃO NACIONAL, EMPRESA DE SEGUROS, BRASIL, DEMONSTRAÇÃO, EVOLUÇÃO, SETOR, INVESTIMENTO, TRANSFORMAÇÃO, SOCIEDADE, APOIO, INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, um dos critérios mais importantes para a avaliação qualitativa das empresas, como também dos diversos setores da economia, é sua forma de lidar com uma questão vital nos dias de hoje: a responsabilidade social. Não basta, apenas, lucrar. É preciso investir na transformação da sociedade, apoiando e estimulando iniciativas que tenham no desenvolvimento de pessoas e de comunidades o seu maior compromisso.

É gratificante poder constatar que a responsabilidade social tem sido um compromisso inarredável das empresas de seguros, previdência e capitalização do Brasil. Tal afirmação - que faço com toda a tranqüilidade, e sem medo de errar - encontra o mais completo respaldo na publicação “Balanço Social 2004”, divulgada, recentemente, pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização, a Fenaseg.

A Fenaseg é a entidade representativa de um dos setores mais pujantes da economia brasileira, detentor de resultados cada vez mais expressivos. Em 2004, as 130 empresas de seguros, 29 entidades abertas de previdência complementar e 16 empresas de capitalização apresentaram um volume de receitas brutas da ordem de 60 bilhões de reais. Por intermédio desse montante, que cresceu mais de 16% em relação a 2003, o setor contribuiu com 3,4% para a formação do PIB brasileiro.

A evolução da atividade permitiu que o mercado de seguros acumulasse, em 2004, nos três segmentos que o compõem, um montante global de investimentos superior a 141 bilhões de reais em patrimônio, reservas e poupança, o que representou um crescimento de 21,6% em relação ao ano anterior. Os números falam por si e não deixam vestígio de dúvida a respeito do dinamismo e do sucesso do mercado de seguros em nosso País.

Tamanho montante de recursos não trouxe benefícios apenas para as empresas. Beneficiou, também, toda a sociedade brasileira. No ano passado, o mercado de seguros, em seus três segmentos, devolveu à sociedade nada menos que 37,7 bilhões de reais em pagamentos de indenizações e benefícios, em resgates e remuneração complementar de planos previdenciários e em resgates e sorteios de títulos de capitalização.

Além disso, as atividades do setor propiciaram aos cofres públicos o recolhimento de recursos da ordem de 4,3 bilhões de reais, entre contribuições, impostos e taxas. Um montante de arrecadação tributária dessa magnitude reforça a importância do mercado segurador para o nosso País, além de atestar o excelente retorno que os investimentos em seguros, previdência e capitalização geram para a sociedade brasileira.

Tal retorno se reflete, também, no número de empregos gerado pelo setor. No ano de 2004, as empresas do mercado de seguros empregaram, de forma direta, mais de 39 mil e 500 pessoas. O volume das despesas com pessoal foi de mais de 2,6 bilhões de reais, entre salários, benefícios e encargos. Computados os corretores de seguros, pode-se afirmar que o setor emprega mais de 215 mil profissionais! É uma constatação simples de se fazer: quem, hoje, pode afirmar que não conhece um corretor de seguros?

Entre todos os benefícios gerados pelo setor, merecem destaque os vinculados ao conceito de responsabilidade social, que vem norteando todas as atividades relacionadas ao mercado segurador no Brasil. Diversas empresas e sindicatos contribuem, anualmente, para a realização de atividades na área de cultura, educação, saúde, lazer, esporte e assistência social, o que demonstra a intensa preocupação dos empresários com o desenvolvimento do nosso País.

Em 2004, foram investidos mais de 118 milhões de reais em projetos sociais. Isso aconteceu porque, para o mercado segurador, apostar em responsabilidade social é apostar no sonho do crescimento sustentável do Brasil, é apostar no sonho de um futuro mais seguro e promissor para todos os brasileiros, e não só para uns poucos privilegiados!

A própria Fenaseg tem dado um exemplo maravilhoso de responsabilidade social. Desde 2003, a entidade vem investindo em programas de incentivo e apoio, nas áreas de educação e saúde, à comunidade carente da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Os programas já beneficiaram mil e trezentas pessoas, entre jovens e idosos, que hoje vivenciam, na prática, o conceito de inclusão.

Fica para toda a classe empresarial brasileira o exemplo da Fenaseg e das empresas do setor de seguros, previdência e capitalização! Investir em responsabilidade social não é desperdício de recursos. Muito pelo contrário, é um investimento extremamente produtivo, pois contribui para o bem-estar da sociedade como um todo. E os benefícios econômicos oriundos do bem-estar social são incomensuráveis!

Parabéns à Fenaseg e ao mercado segurador pela belíssima iniciativa! Sem dúvida, esse é o modelo de classe empresarial que queremos para o nosso Brasil!

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2005 - Página 40657