Pronunciamento de Arthur Virgílio em 17/11/2005
Discurso durante a 202ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Critica a forma unilateral com que o governo Lula deu por encerradas as negociações com os professores das Universidades Federais do País, que estão em greve há 90 dias.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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MOVIMENTO TRABALHISTA.:
- Critica a forma unilateral com que o governo Lula deu por encerradas as negociações com os professores das Universidades Federais do País, que estão em greve há 90 dias.
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/11/2005 - Página 39937
- Assunto
- Outros > MOVIMENTO TRABALHISTA.
- Indexação
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- CRITICA, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO (MEC), AUTORITARISMO, NEGOCIAÇÃO, GREVE, PROFESSOR, UNIVERSIDADE FEDERAL.
- COBRANÇA, ETICA, DIALOGO, GOVERNO, PROFESSOR UNIVERSITARIO, GREVISTA.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, é a quinta ou sexta vez que volto a este assunto, mas o fato é que, de forma unilateral, o Governo Lula, representado pelo Ministro da Educação, deu por encerradas as negociações com os professores das Universidades Federais do País, que estão em greve há 90 dias.
Não estou aqui para dizer que uma reivindicação deva ser atendida, porque não conheço os números. Estou dizendo que é um absurdo este Governo, que falava em negociação até quando ela não era necessária, dizer que, neste momento, não é necessária uma negociação com os grevistas das Universidades Federais. Não estou entrando no mérito, não sei se tem razão, se é para ser atendido, se não é, se é para ser atendido in totum ou em parte, ou até se não é para ser atendido em nada.
Estou estranhando esse caráter autoritário de um Governo que consegue ser fraco e autoritário ao mesmo tempo e que dá, de maneira unilateral, por encerrado o processo de negociação, mostrando, por outro lado, o seu desprezo para com os professores, alunos e funcionários das universidades federais.
Quero, na verdade, Sr. Presidente, cobrar deste Governo, em tom de exigência, que não se rebaixe a ponto de ter medo do diálogo com educadores; pode não atendê-los até, mas dialogar é uma obrigação deste Governo. Ele está faltando com todas as obrigações: a ética e o diálogo com os professores federais.
Muito obrigado.