Discurso durante a 210ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração dos trinta e três anos da Associação dos Juízes Federais do Brasil - AJUFE.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos trinta e três anos da Associação dos Juízes Federais do Brasil - AJUFE.
Publicação
Publicação no DSF de 29/11/2005 - Página 41369
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, JUIZ FEDERAL, COMENTARIO, OBJETIVO, ENTIDADE, SIMILARIDADE, PROGRAMA PARTIDARIO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, ASSOCIAÇÃO DE CLASSE, BUSCA, SOLUÇÃO, PROBLEMA, INTERESSE NACIONAL, DEFESA, DIREITOS HUMANOS, JUSTIÇA SOCIAL, EXERCICIO, CIDADANIA, ETICA, POLITICA.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Sem apanhamento taquigráfico.) - Meritíssimo Senhor Doutor Jorge Antônio Maurique, Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil e demais membros da Ajufe aqui representada na pessoa do seu Presidente; Meritíssimo Senhor Doutor Sérgio Murilo Wanderley Queiroga, Delegado Seccional do nobre Estado da Paraíba, a quem cumprimento com carinho especial, demais membros da Mesa, ao homenagear os 33 anos da Ajufe, nesta Sessão Especial, minhas primeiras palavras são no sentido de acolher e reafirmar as justas considerações tecidas pelos oradores que me antecederam.

Como Líder da maior Bancada do Senado da República, o PMDB, não posso deixar de registrar a minha emoção ao rememorar momentos cruciais da história do Brasil, quando, nestes últimos 33 anos, estivemos juntos, desfraldando as mesmas bandeiras na busca de maneiras novas para trilhar os caminhos ásperos da construção da democracia.

Foram muitos os momentos em que partilhamos os mesmos sonhos e defendemos as mesmas causas na luta por um Brasil melhor.

Na raiz das mudanças pretendidas, sempre o mesmo apelo humanista: a construção de uma sociedade mais fraterna, mais justa e mais feliz, uma sociedade solidária onde alguns iguais não sejam sempre mais iguais que os outros.

Nela, a distribuição da justiça deixa de ser uma utopia no sentido filosófico do termo e se transforma, nas palavras do mestre Celso Furtado, na fantasia realizada, conquista coletiva que expressa a vitória da civilização sobre a barbárie.

Portanto, é impossível referir-se à trajetória da Ajufe dissociando-a dos principais temas que afligem a sociedade brasileira, como a violência, a desigualdade social, a crise ética e moral e os direitos humanos.

Na extensa agenda política e social das contradições do nosso modelo de desenvolvimento, a Ajufe pautou-se sempre pela coragem moral e cívica de se posicionar a favor da reafirmação da cidadania plena, em que pese as conhecidas limitações e restrições objetivas com que lidam os nossos magistrados no seu atribulado e nem sempre fácil dia-a-dia.

E esta tradição de luta e de contemporaneidade com os problemas nacionais que se reafirmou mais uma vez, de maneira clara, explícita e incisiva na Carta de São Paulo, durante o 22º Encontro Nacional, ocorrido entre 16 e 18 de novembro do corrente.

Nessa carta à Nação, a Ajufe, traduzindo o sentimento da grande pátria brasileira, reafirma o seu compromisso com a ética e os direitos humanos como condição fundamental para ampliação dos espaços democráticos e da cidadania.

Ao finalizar o meu modesto pronunciamento, gostaria de somar a minha voz a dos meus nobres Pares para externar aos nossos magistrados, especialmente aos juízes e juízas federais do Brasil, o justo reconhecimento e as sinceras congratulações do PMDB, do povo da Paraíba e do Senado Federal.

Muito obrigado.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/11/2005 - Página 41369