Discurso durante a 210ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem aos artistas plásticos que expõem suas obras no Senado Federal. Transcrição do artigo "Justiça do Trabalho e Preconceito Racial", do presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Dr. José Nilton Pandelot. Congratulações à torcida do Grêmio porto-alegrense pela ascensão à primeira divisão do futebol nacional.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. ESPORTE.:
  • Homenagem aos artistas plásticos que expõem suas obras no Senado Federal. Transcrição do artigo "Justiça do Trabalho e Preconceito Racial", do presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Dr. José Nilton Pandelot. Congratulações à torcida do Grêmio porto-alegrense pela ascensão à primeira divisão do futebol nacional.
Publicação
Publicação no DSF de 29/11/2005 - Página 41458
Assunto
Outros > HOMENAGEM. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. ESPORTE.
Indexação
  • HOMENAGEM, ARTISTA, AUTOR, OBRA ARTISTICA, EXPOSIÇÃO, SENADO.
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), AUTORIA, PRESIDENTE, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, MAGISTRADO, JUSTIÇA DO TRABALHO, REFERENCIA, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
  • EXPECTATIVA, APROVAÇÃO, ESTATUTO, COMBATE, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, CAMARA DOS DEPUTADOS.
  • CONGRATULAÇÕES, TIME, FUTEBOL, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Ramez Tebet, uso da tribuna para uma comunicação parlamentar muito rápida. Quero homenagear, neste pronunciamento, os artistas que expõem suas obras aqui no Senado da República e dizer que coube a mim apresentar o nome de um mineiro, que, hoje, para nossa satisfação, está radicado lá no meu Rio Grande. Refiro-me ao artista plástico Zupo, que, em 1986, obteve o primeiro lugar no concurso de murais para o Centro Cultural de Vitória.

Ele foi para a Índia em 1988 e ganhou lá um grande prêmio de um mestre indiano que acabou escolhendo quatro de suas pinturas para ilustrar dois livros. Suas pinturas foram expostas na Bélgica, na Holanda e também no Japão.

Voltando ao Brasil, radicou-se em Porto Alegre, no bairro Belém Novo, próximo ao querido rio Guaíba, onde mora e trabalha.

A obra que escolheu para essa exposição, intitulada Índios, tem muito a ver com a nossa caminhada, já que sempre trato das questões relacionadas com os discriminados. Sr. Presidente, esse quadro reflete parte das obras realizada pelos próprios índios.

Entendo que a melhor forma de homenagear todos os artistas plásticos é falar um pouco também de outro artista, gaúcho nascido em Restinga Seca, chamado Iberê Camargo, artista de rigor e sensibilidade!

Iberê Camargo dizia:

A arte foi sempre uma obsessão, pois nunca toquei a vida com a ponta dos dedos. Tudo o que fiz, fiz sempre com paixão.

Disse também Iberê Camargo, em certo momento da sua vida:

Só a imaginação pode ir mais longe no mundo do conhecimento. Os poetas e os artistas intuem a verdade. Não pinto o que vejo, mas o que sinto.

Sr. Presidente, eu gostaria que esse pronunciamento fosse considerado lido na íntegra, numa homenagem aos artistas plásticos que estão expondo suas obras aqui no Parlamento.

Também, Sr. Presidente, eu gostaria que V. Exª registrasse nos Anais da Casa o brilhante artigo escrito pelo Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Anamatra -, o Juiz José Nilton Pandelot, sobre a Justiça do Trabalho e o preconceito racial.

Eu gostaria também de dizer que estou muito animado com a possibilidade de a Câmara dos Deputados aprovar ainda nesta semana o Estatuto da Igualdade Racial, como também outro projeto que combate os preconceitos, que é o PL nº 309.

Sr. Presidente, finalizando, quero dizer que, nesta caminhada em defesa dos índios, dos negros, do salário mínimo, dos idosos, aposentados ou não, recebi uma carta que achei muito bonita, que passo a ler neste momento. Diz o seguinte:

Cada pessoa, em sua existência, pode ter no mínimo duas atitudes: uma delas é construir, a outra é plantar. Os construtores podem demorar anos em suas tarefas, concluem a obra e ficam a admirar.

Resumindo, diz que aqueles que plantam estão sempre inovando, enfrentando as tempestades, as mudanças nas estações, e raramente descansam.

E aí, ao contrário daquele que fez a construção, eles vivem num cuidar permanente dos jardins que ele aqui diz que são os jardins da vida. Os jardineiros se reconhecerão sempre, porque sabem que na história de cada planta está o crescimento da terra e dos homens e mulheres.

Sr. Presidente, para terminar, embora isso tenha gerado polêmica na última vez que falei, só quero dizer que estou muito feliz porque o Grêmio porto-alegrense saiu da série “b” e foi para a série “a”, numa estupenda vitória. Apesar de quatro jogadores terem sido expulsos e ter havido dois pênaltis contra, ele ainda conseguiu ganhar. Então parabéns ao Grêmio! E, àqueles que dizem que sou Colorado doente, digo que estou muito triste porque o Caxias, que é o time da minha cidade e pelo qual torço, está na terceira divisão. Então faço aqui essa homenagem ao Grêmio porto-alegrense.

Concedo um aparte ao Senador Cristovam Buarque.

O Sr. Cristovam Buarque (Bloco/PT - DF) - Senador, eu ia fazer um aparte sobre o seu discurso, mas, como torcedor do Náutico, quero protestar contra o seu tripudiar sobre nós.

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS) - Foi um jogo muito sofrido, foi difícil ganhar com apenas sete jogadores em campo. No último segundo da partida, aquele belíssimo gol feito pelo jovem, nos levou para a primeira divisão. Essa é uma alegria enorme que os gaúchos têm de manifestar da tribuna com todo respeito e carinho...

(interrupção do som)

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS) - ... ao Náutico.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR PAULO PAIM EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I, § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Justiça do Trabalho e preconceito racial”

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR PAULO PAIM.

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O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por iniciativa do Senado Federal, através de seu Presidente, Senador Renan Calheiros, até o dia 02 de dezembro, no Salão Negro do Congresso Nacional, estamos presenciando a exposição Artistas Plásticos Brasileiros.

Exposição conta com telas de artistas de todos os Estados da federação e do Distrito Federal, indicados pelos Senadores.

A intenção do Senado é mostrar a diversidade cultural do País e, por intermédio do talento dos artistas plásticos nacionais, expor um pouco da riqueza artística de cada região, de cada Estado, que estará representada por idéias transformadas em arte.

Coube a este Senador, apresentar o nome de um mineiro e que hoje para a satisfação do Rio Grande do Sul está radicado na capital dos gaúchos. Falo aqui do artista plástico Zupo.

O pai de Sara e Arsha estudou Belas Artes na Universidade Federal de Minas Gerais e na Federal do Espírito Santo. Em 1986, ganha primeiro lugar no concurso de murais para o centro cultural de Vitória.

Foi para a Índia em 1988, permanecendo lá um ano. Osho, um mestre indiano, escolhe quatro de suas pinturas para ilustrar dois de seus livro.

Mostra suas pinturas na Bélgica e na Holanda, onde morou por 3 anos. Também expôs no Japão.

Voltando ao Brasil, como já disse, se fixa em Porto Alegre, no bairro Belém Novo, próximo ao Rio Guaíba, onde mora e trabalha.

A obra que ele escolheu para participar desta exposição é uma pintura que tem o título de In-dios.

Como o observador participa também do processo já que ele está vendo a obra e pode refletir com que o artista quer passar, a minha impressão é que ele faz uma exaltação aos povos indígenas mas com uma certa reflexão sobre a situação dos índios brasileiros. Situação esta de total desatenção por parte do Poder Público.

Sr. Presidente, aproveito este momento para fazer uma homenagem a todos os artistas plásticos que estão expondo aqui no Congresso. E a melhor forma que encontrei para saudar estes brasileiros que transpiram sentimentos é relembrar um dos grandes nomes da arte do século vinte. Um gaúcho nascido no longínquo rincão de Restinga Seca e que nos deixou há onze anos. Iberê Camargo, artista de rigor e sensibilidade.

Iberê Camargo dizia que: “a arte foi sempre uma obsessão, pois nunca toquei a vida com a ponta dos dedos. Tudo o que fiz, fiz sempre com paixão”.

O grau de sensibilidade que ele passava para todos nós, e ai eu possuo uma certa identificação, por que em certos momentos arrisco sempre que possível escrever alguns versos... E desta forma Iberê Camargo dizia que "Só a imaginação pode ir mais longe no mundo do conhecimento. Os poetas e os artistas intuem a verdade. Não pinto o que vejo, mas o que sinto."

Esta é minha homenagem a esses artistas que estão expondo aqui no Congresso e parabéns a iniciativa do Senador Renan Calheiros.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/11/2005 - Página 41458