O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Senador Cristovam Buarque, agradeço a V. Exª a generosidade de conceder-me alguns minutos para vir à tribuna fazer um lamento. Gostaria de não estar aqui neste instante.

Vou falar ao povo do meu Estado, do Estado do Pará, por meio da TV Senado, da Rádio Senado, lamentar a partida de um grande amigo - diria que meu irmão -, que foi Presidente da Federação das Indústrias do Pará, Presidente do Centro das Indústrias do Estado do Pará, Vice-Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Danilo Remor.

Sr. Presidente, Danilo foi um homem de bem, um homem que viveu pouco, cinqüenta e nove anos, mas toda a sua existência foi voltada para fazer o bem e trabalhar no sentido de produzir o desenvolvimento, sempre visando ao coletivo, nunca ao pessoal.

            Aqueles que tiveram o privilégio de conviver com Danilo sabem que foi um pai de família exemplar. Como líder empresarial, Danilo tinha as três qualificações que o distinguiam na sua liderança. Era eminentemente conciliador, buscava na conciliação a solução dos impasses. Era articulado, era ouvido tanto no segmento que liderava, empresarial, como no segmento político, no segmento laboral, e era, como todo líder tem que ser, Senador Cristovam, respeitado e amado. Como amigo, ele ocupava um espaço nas pessoas que privavam da sua amizade que, eu diria, um espaço ...

(interrupção do som.)

O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA) - ... que ficará vazio porque é insubstituível. Danilo se foi.

            Ele tem o reconhecimento, eu diria não só do Pará, não só da região Amazônica, mas de toda a Nação brasileira. Recebi de companheiros de todos os Estados da Federação brasileira sentimentos de pesar. O Presidente da CNI, Deputado Armando Monteiro, esteve em Belém no seu féretro. Foi, sem sombra de dúvida, um defensor - e continuará sendo porque aqueles que aqui permanecem seguirão seus sonhos, tentarão torná-los realidade. E todas as vezes, Presidente Cristovam Buarque, Senador Mão Santa, que aqui neste Parlamento, na CNI, na FIEP, em qualquer reunião que se falar sobre hidrovia Araguaia-Tocantins, asfaltamento da BR-163, asfaltamento da Transamazônica, eclusas, alça viária, dólar, Ibama, todas essas questões que afligem a Nação brasileira e, mais diretamente, o nosso Estado, Danilo estará presente, Danilo estará dizendo aos nossos ouvidos como temos que seguir a sua liderança, como temos que manter a chama viva para que possamos tornar realidade todos os seus sonhos.

Sr. Presidente, o nome de Danilo Remor está inserido na história do nosso Estado devido a tudo o que ele fez. Eu tive a honra de tê-lo como 1º Vice-Presidente, quando fui Presidente da Federação das Indústrias, por oito anos. Era um companheiro leal, desprovido de qualquer vaidade. Sempre se diz que é uma felicidade ter um vice como aqui é sempre lembrado o Senador Marco Maciel. Quero dizer que tive a felicidade de ter Danilo Remor como Vice e de me suceder à frente da Federação. Todos temos que partir um dia. É desígnio de Deus. Não podemos discutir isso, só podemos lamentar e rezar para que a sua alma tenha o descanso eterno.

Aqui quero prestar as minhas homenagens à família enlutada, à viúva Clarisse e aos filhos Adriano e Marcelo, e dizer que eles muito têm de orgulhar do seu pai, que nasceu de uma família humilde. Gaúcho de nascimento, veio há mais de trinta anos para o Pará, Sr. Presidente, onde constituiu o seu local por opção de vida e o amou, até o final de seus dias, como se lá tivesse nascido, e defendeu os interesses do nosso Estado.

Ao finalizar, proponho ao Senado - farei isso por meio de um requerimento - que encaminhe à família enlutada, à viúva e aos seus filhos, um voto de pesar. Farei isso com o meu companheiro de Bancada, Senador Luiz Otávio, que também partilhava da amizade com o amigo e irmão Danilo Remor.

E, para finalizar, peço a Deus que seja bondoso com a alma do seu filho Danilo Remor, que dê a ela a luz e a paz eterna.

Obrigado.