Discurso durante a 213ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cassação do mandato de Deputado José Dirceu.

Autor
José Agripino (PFL - Partido da Frente Liberal/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
LEGISLATIVO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Cassação do mandato de Deputado José Dirceu.
Aparteantes
Almeida Lima, César Borges, Jefferson Peres, Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 02/12/2005 - Página 42333
Assunto
Outros > LEGISLATIVO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, APROVAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, CASSAÇÃO, MANDATO PARLAMENTAR, JOSE DIRCEU, DEPUTADO FEDERAL, RESPONSAVEL, ARTICULAÇÃO, PAGAMENTO, MESADA, CONGRESSISTA, MANIPULAÇÃO, APOIO, PARTIDO POLITICO, FAVORECIMENTO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • COMENTARIO, REITERAÇÃO, MINISTERIO PUBLICO, ACUSAÇÃO, SECRETARIO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, IRREGULARIDADE, DINHEIRO, PREFEITURA, MUNICIPIO, SANTO ANDRE (SP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • ANALISE, SUPERIORIDADE, DENUNCIA, IRREGULARIDADE, COMPROMETIMENTO, MEMBROS, GOVERNO FEDERAL, QUESTIONAMENTO, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ALEGAÇÕES, INEXISTENCIA, PROVA.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, Srªs e Srs. Senadores, estamos, hoje, vivendo o day after de um dia que foi estressante, tenso e desagradável para nós, congressistas - desagradável mesmo -, porque cassar colega é sempre uma tarefa desagradável, mas é dever de ofício.

Eu não sou Deputado - nós somos Senadores -, mas me sinto aliviado pelo fato de uma das Casas do Congresso, a Câmara dos Deputado, ter ontem, na minha visão, cumprido com o seu dever. Fez uma opção clara: entre ficar com a pessoa com quem convive no dia-a-dia ou com a justiça, com o clamor das ruas, optou por ficar com a justiça, com o certo, com o correto.

Ontem, a Câmara do Deputados votou e aprovou o processo de cassação do Deputado José Dirceu, que voltou à Câmara dos Deputados depois de ter sido, durante quase três anos, o “vice-rei” da República. Ele era o superministro do Presidente da República e foi abatido por acusações seriíssimas, que indignaram o País e ocuparam as primeiras páginas dos jornais e capas de revistas durante meses, a começar pelo filmete de Waldomiro Diniz com Carlos Cachoeira, pedindo dinheiro, pedindo propina. Waldomiro Diniz era pessoa imediata do Ministro José Dirceu dentro do gabinete do Palácio do Planalto, funcionário de José Dirceu. Depois, houve a denúncia dos empréstimos de Delúbio Soares e Silvio Pereira, feitos para financiar compra de votos e Partidos, e que quem concedeu diz que eram do pleno conhecimento de José Dirceu, o que ele nega. Depois, veio um mundo de denúncias, Sr. Presidente, como até aquelas que diziam que nenhum negócio era fechado, nenhuma doação era feita sem o conhecimento prévio do gabinete do Ministro José Dirceu. Eram denúncias seriíssimas que produziam indignação na sociedade pelo fato de se entender que o esquema, apelidado de mensalão, tinha um “comandante” chamado José Dirceu. E este “comandante” - como ele disse em relação à Ministra Dilma Rousseff: “companheiro de armas” - é um guerrilheiro, de passado guerrilheiro; realmente, é um homem de luta, Senador Sibá Machado! Ele é realmente um homem de luta! Ele foi abatido com a faca na mão e continua com a faca na mão! Mas, a sociedade e o clamor pela justiça falaram mais alto, e, por 293 votos, na Câmara dos Deputados, ele foi cassado. E é preciso que se faça uma avaliação, no day after, sobre quem era José Dirceu, quais eram as vinculações dele com o Partido dos Trabalhadores, o que o Partido dos Trabalhadores está dizendo, se o apoiou ou não o apoiou; enfim, por que ele saiu da Presidência da República?

Senador César Borges, o Secretário Particular do Presidente, o Sr. Gilberto Carvalho, está enredado no escabroso caso do assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. Mas, continua lá a se encontrar muitas vezes por dia com o Presidente! E é acusado. Ainda ontem as acusações foram renovadas pela Polícia, pelo Ministério Público de São Paulo, que voltou a dizer que confia nos depoimentos, e que o Sr. Gilberto Carvalho era estafeta do dinheiro que era extorquido da Prefeitura de Santo André e levado para o Sr. José Dirceu. Isto foi repetido: “Levado para o Sr. José Dirceu” que, dava o destino que ele queria. Mas ele continua firme na Presidência! José Dirceu foi defenestrado pelas evidências. Foi Roberto Jefferson quem disse: “Zé, sai daí, senão você vai culpar um inocente”. Ele saiu, mas não foi por que quisesse, não; saiu porque não tinha mais como ficar. Não tinha como ficar.

Agora, Senador César Borges, aqueles que o defenestraram - o Presidente da República, os do PT, ontem na Câmara - fizeram discursos, Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, de louvação a ele. Eu vi o Presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o Líder do PT na Câmara, Deputado Henrique Fontana, pedindo, pelo amor de Deus, o voto contra a cassação de José Dirceu! As manchetes, as notícias na Internet dizem: “Lula diz que Câmara cassou Dirceu sem provas”. Sem provas? E por que ele demitiu José Dirceu? Por que José Dirceu deixou a Casa Civil? Agora diz que “a Câmara o cassou sem provas!” Então, Sua Excelência é obrigado a defenestrar José Dirceu, pelas evidências todas, e agora diz que a Câmara o cassou sem provas? Qual é a de Lula? Sua Excelência queria o quê? Que o Congresso Nacional, em dissintonia com a opinião pública, mantivesse o mandato de José Dirceu, diferente do que Sua Excelência fez, obrigado pela pressão da opinião pública? Era isso o que Lula queria? O que pretendem Lula e o PT? Assumam! Eu quero que eles assumam a amizade e os malfeitos!

Senador César Borges, dei-me ao trabalho de assistir - e fiz bem - ao filme “Entre Atos”. O vi e revi muitas vezes. Senador Paulo Paim, já fiz três campanhas majoritárias como candidato a Governador, três campanhas como candidato a Senador e várias outras apoiando candidatos a Prefeito amigos meus, e sei que o círculo em que se faz campanha eleitoral é o das pessoas em quem você mais confia. É a sua patota. É a gente com quem você vai governar se chegar lá. Foi assim comigo. Creio que foi assim com o Senador César Borges, que já foi Governador da Bahia. E procuro me cercar dos meus melhores amigos.

Senador César Borges, Senador Augusto Botelho, Senador Almeida Lima, Senador Flexa Ribeiro, anotei as figuras preeminentes, as que mais aparecem no filme: é a patota. Em primeiro lugar, a respeitável figura da esposa de Sua Excelência o Presidente, D. Marisa. Fora de questão. Depois, quem mais aparece é o Sr. José Dirceu. Aparece, Senador Sibá Machado, de forma sempre muito afirmativa. De todos, quem parece mais mandar na campanha, nos princípios, nas atitudes, é o Sr. José Dirceu. Depois, Duda Mendonça; depois, Gilberto Carvalho; depois, Gushiken; depois, Palocci; depois, Sílvio Pereira; depois, Paulo Rocha; depois, Mercadante, Luiz Dulce, o filho do Presidente, Fabinho, e Delúbio Soares. Veja que turma, Senador César Borges! Vejam que turma!

José Dirceu, ontem, cassado. Duda Mendonça está enredado com o dinheiro no exterior, na conta Dusseldorf, o que se afastou do esquema do PT; todo enredado. Gilberto Carvalho, o homem, estafeta do dinheiro de Santo André, acusado, é mantido Secretário Particular. Gushiken, rebaixado; repleto de complicações em nível de denúncias que envolvem tráfico de influência nos Fundos de Pensão. Palocci, nem preciso falar: ele virá aqui para explicar a “República” de Ribeirão Preto. Sílvio Pereira, aparece quantas vezes, no jatinho, ao lado de Lula, com atitude respeitosa e íntima? Quantas vezes? Já defenestrado, Secretário Executivo do Partido que era, entre outras coisas, pelo mimo recebido de um amigo, um Land Rover. Delúbio Soares - a emblemática figura de Delúbio Soares. Está lá, aparece nas comemorações do resultado do segundo turno, aparece com um largo sorriso. Paulo Rocha, o homem que o recebe, que o leva no aeroporto, que o recebe no aeroporto, faz a festa no Estado do Pará, em Belém. Não é a Senadora Ana Júlia; é o Deputado Paulo Rocha! Está aí: já pediu demissão, já renunciou ao mandato. Com relação ao Senador Aloizio Mercadante e ao Ministro Luiz Dulce, não tenho considerações a fazer. E vem mais, Senador Jefferson Peres: o filho, Fabinho, aparece com muita freqüência; o Fabinho, da Gamecorp, que ainda vai dar muito que falar! E, por último, Ricardo Kotscho, que já pediu para sair; era o Secretário de Imprensa e tinha uma enorme influência sobre Lula; pediu para sair e disse que saía por decepção. Frei Beto, consultor espiritual, aparece no filme até dando uma bênção, em um dado momento. Este já saiu por decepção com o Governo. Francisco Graziano, que era Ministro, deixou de sê-lo, e agora é só da área de ação especial, aparece com muita freqüência.

Senador Jefferson Péres, veja que patota da pesada! Que patota da pesada! E Lula, hoje, diz que “a Câmara cassou o José Dirceu sem provas”. Depois de o Presidente ter demitido José Dirceu, Sua Excelência queria que a Câmara não fizesse nada? Que entrasse em confronto com a opinião pública? Queria que a banda boa do Congresso não botasse para fora a banda podre? “Faça o que digo, mas não faça o que faço” - é isso que Sua Excelência quer? É isso que Lula quer?

Concedo um aparte ao Senador Jefferson Péres.

O Sr. Jefferson Péres (PDT - AM) - Senador José Agripino, ontem foi cassado o ex-ministro todo-poderoso do atual Governo. Vários auxiliares próximos e amigos do Presidente já foram afastados. As provas contundentes estão aí. Havia um enorme esquema de corrupção, coordenado lá do Planalto. E o Presidente da República continua lá, impávido, falastrão como sempre, a dizer que não houve nada, que nada está provado. Senador José Agripino, como fiquei invejoso ontem de um país parlamentarista: o Canadá! Descobriu-se o envolvimento de membros do governo com corrupção eleitoral. O Governo caiu. O Primeiro-Ministro caiu e foram convocadas novas eleições. Senador José Agripino, há seis meses este Governo teria caído, e já estaríamos elegendo um novo. Que pena que o povo brasileiro não tenha votado pelo Parlamentarismo! Mas meus parabéns pelo seu pronunciamento.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Agradeço a V. Exª, Senador Jefferson Péres, sempre importante com suas observações.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador José Agripino...

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Ouço com muito prazer o meu estimadíssimo e querido amigo, Senador Mão Santa.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador José Agripino, V. Exª é professoral. Lembra Franco Montoro. Mas quero somar, dizendo que, para onde vamos, levamos a nossa formação profissional. Sou médico e li uma tese de psicologia da culpa. Segundo o autor, o culpado nunca reconhece a culpa - para entender o discurso de José Dirceu. Ele defendia a tese, analisando duas personalidades, os maiores bandidos da história da América: Al Capone e Two Gun. Al Capone dizia que ele era um benfeitor, que ele alegrava Chicago, cassinos e tal, que era um injustiçado. E o outro era Two Gun. Tinha dezenas de mortes, e ele dizia: “Mas só matei quem não prestava”. Quer dizer Al Capone, Two Gun e agora José Dirceu. A mesma coisa.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Agradeço o aparte de V. Exª e concedo, com muito prazer, o aparte ao Senador Almeida Lima e, em seguida, ao Senador César Borges, com aquiescência da Presidência.

Senador César Borges, por favor.

O Sr. César Borges (PFL - BA) - Senador José Agripino, V. Exª, sempre com muita precisão, relata os fatos a que o Brasil desejava assistir, como aconteceu ontem com a cassação de alguém que tem toda a culpa. Eu acho que precisamos evoluir um pouco no raciocínio para não cometermos uma injustiça com o Presidente Lula, porque, assim como Delúbio Soares, dessa lista que V. Exª fez, retirada do filme Entreatos, numa hierarquia quase entre os últimos lugares, que foi responsabilizado como sendo o articulador de toda essa questão que infelicita o País, do valerioduto, dessa lambança toda - e nós sabemos que o Delúbio é apenas um executor, mesmo assim, de baixo nível, pois houve um autor intelectual -, isso nos leva ao raciocínio de que não pode ter sido também apenas o ex-Deputado e ex-Ministro José Dirceu o responsável por toda essa articulação. Por essa proximidade que V. Exª coloca, o Presidente Lula tem conhecimento desses fatos, tinha conhecimento. Não é possível que a essa proximidade toda ele não soubesse como sua campanha se desenrolava, de onde vinham os recursos! É disso que precisa o País saber, porque o Presidente Lula posa, mais uma vez, com total descompromisso com a verdade: que nada foi provado, que não há provas, que são denúncias vazias, denuncismo, quando todo o País sabe do comprometimento de toda a entourage que fez a campanha de 2002 e que o elegeu. Quero apenas parabenizá-lo e dizer que, fatalmente, temos de chegar à conclusão de que não é possível injustiçar o Presidente Lula. Ele não pode ser um Presidente que não mandasse em absolutamente nada, que não soubesse de nada, que, ao arrepio dele, tudo estivesse acontecendo no próprio Palácio do Planalto, em sua própria campanha, e que disso ele não tivesse conhecimento. Ele seria totalmente despreparado para exercer o cargo ao qual chegou. E não é à toa que chegou à Presidência da República. Então, eu acho que é uma conseqüência natural que cheguemos a esse raciocínio. É uma contribuição que eu gostaria de prestar ao raciocínio e ao discurso de V. Exª. Muito obrigado.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Senador César Borges, V. Exª conhece o ditado: “Diz-me com quem andas que eu te direi quem és”. A patota de Lula é esta aqui: as pessoas que fizeram a campanha eleitoral com ele foram aquelas com quem convivia no dia-a-dia, que lhe davam os conselhos, com quem ele tinha intimidade, com quem fala toda hora, a quem se abraça efusivamente, fraternalmente. É essa.

Será que José Dirceu fazia algo que Lula não sabia? Duda Mendonça recebia dinheiro de onde Lula não sabia? Que Gilberto Carvalho fazia algo que Lula não determinava? Que Luiz Gushiken operava algo que Lula não sabia? Que o Ministro Palocci tinha um passado que Lula desconhecia e operava algo que Lula não sabia? Que Silvio Pereira era o que é, capaz de receber um Land Rover? Que Delúbio Soares faria o que fez? Será que isso tudo passa pela cabeça do Presidente?

O que mais me estranha, Senador Garibaldi Alves, é que sai José Dirceu e o Presidente fala esta pérola: “Lula diz que Câmara cassou Dirceu sem provas”. Será que ele está com medo do que José Dirceu possa dizer agora, cassado? Será que está tirando uma carta de seguro? Será que há uma orquestração do PT inteiro para segurar os seus que estão desmoronando e até Lula chega em socorro? O que há? Eu tenho o direito de pensar em tudo. Em tudo o que se pensa, nada é correto. Infelizmente, nada, nenhum raciocínio é correto.

            Ouço com muito prazer o Senador Almeida Lima.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. PRESIDENTE (Senador Romeu Tuma. PFL - SP) - Peço a V. Exª que seja breve, porque já foi prorrogado o tempo do Senador José Agripino. Além disso, o Senador Almeida Lima está inscrito para falar.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Já concluirei, Sr. Presidente.

O Sr. Almeida Lima (PMDB - PI) - Senador José Agripino, tenho certeza de que V. Exª me permitirá fazer a leitura rápida da letra de uma música de autoria de Paula Toller e George Israel, da Banda Kid Abelha. Diz assim a letra:

Nada sei dessa vida

Vivo sem saber

Nunca soube, nada saberei

Sigo sem saber

Que lugar me pertence

Que eu possa abandonar

Que lugar me contém

Que possa me parar

Sou errada, sou errante

Sempre na estrada

Sempre distante

Vou errando enquanto o tempo me deixar

Nada sei desse mar

Nado sem saber

De seus peixes, suas perdas

De seu não respirar

Nesse mar

Os segundos insistem em naufragar

Esse mar me seduz

Mas é só pra me afogar

Sou errada, sou errante

Sempre na estrada

Sempre distante

Vou errando enquanto o tempo me deixar passar

Vou errando enquanto o tempo me deixar passar.

É o Kid Abelha quem canta essa letra numa música belíssima. Era esse o aparte que pretendia oferecer ao pronunciamento de V. Exª, pois me parece que se encaixa muito bem nesse “não sei, não vi, não sei o que acontece” de Sua Excelência, o Presidente Lula. Muito obrigado.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Obrigado, Senador Almeida Lima.

Para concluir, Sr. Presidente Romeu Tuma, estamos nesse day after, como disse no começo da minha fala, de um jogo que não pode ser de faz-de-conta. Não vamos admitir que pessoas que têm claríssima culpa se façam de vítimas ou de inocentes. Ontem foi um dia de afirmação para o Congresso Nacional. Os Deputados mostraram que ali tem gente que sabe votar. Os que votaram pela cassação não têm de explicar nada. Quem tem de se explicar são aqueles que fizeram a defesa candente de um cidadão que foi cassado pelas evidências que todo o País conhece e que Lula diz tratar-se de provas que não existiam contra José Dirceu. Fique Lula com sua opinião. A maioria da Câmara ficou com outra opinião, pela cassação de José Dirceu.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/12/2005 - Página 42333