Discurso durante a 212ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento do acadêmico mineiro Oscar Dias Corrêa, ex-deputado estadual e federal, ex-ministro da Justiça e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

Autor
Sergio Guerra (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PE)
Nome completo: Severino Sérgio Estelita Guerra
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento do acadêmico mineiro Oscar Dias Corrêa, ex-deputado estadual e federal, ex-ministro da Justiça e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 01/12/2005 - Página 42039
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, OSCAR DIAS CORREA, JURISTA, EX-DEPUTADO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), HISTORIA, PARTIDO POLITICO, UNIÃO DEMOCRATICA NACIONAL (UDN), EX MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), EX MINISTRO, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB - PE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fui acordado hoje, logo nas primeiras horas do dia, com a notícia do falecimento do ex-Deputado e ex-Ministro Oscar Dias Corrêa. Sou amigo de sua família: de seu filho Oscar, de sua filha Ângela e de Ricardo Fernandes, casado com ela. Dr. Oscar era amigo do meu pai e do meu irmão, o ex-Deputado Federal José Carlos Guerra.

Sempre tive por ele uma admiração enorme. Era um desses políticos raros que, a cada dia, são mais raros: primeiro, pela sua convicção, pois ele acreditava no que dizia; segundo, pela sua coerência, porque era imensamente coerente e, em alguns momentos, até quixotesco; e terceiro, pelo seu brilho e inteligência. Na verdade, um dos homens mais competentes que conheci. Excelente homem público, grande advogado, pai de família exemplar, um brasileiro que o País perde, seguramente, em razão do seu valor e da sua competência, nos quadros que formam - eu não diria a elite, porque é uma visão simplificada - um certo núcleo que deve parametrizar um país.

Um país deve ter símbolos, referências e homens públicos que signifiquem algo, pela sua vida, pelo seu exemplo, pela sua palavra e pelo seu pensamento. Oscar Dias Corrêa é desses homens cuja coerência, firmeza e convicção são referências para que este País não se desestruture e não se perca na mediocridade, na falta de convicção - assim como tantos brasileiros no Senado, a exemplo de Antonio Carlos Magalhães e outros grandes homens. Gente desse tipo pode e deve continuar a falar neste País, estabelecendo caminhos e fazendo valer a sua experiência para que haja uma condução, uma rota que construa um país de fato, que respeite a grande Nação, que é o Brasil, e melhore a condição do seu povo.

            Sinto a morte do Dr. Oscar, homem de outra geração. Sei - sou de uma família de udenistas - que homens como aquele não vão repetir-se com facilidade. Eles fazem falta ao Brasil, dominado por um palavrismo inconseqüente. Falam-se palavras que nada têm a ver com os fatos e fazem-se promessas que não são cumpridas. Não há responsabilidade pública. Isso tudo é o contrário de Oscar Corrêa, cujo compromisso era com o País, com as leis e com a democracia.

Em nome de meus companheiros e da minha própria família, eu gostaria de passar essa mensagem à família da grande figura pública que foi Oscar Dias Corrêa.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/12/2005 - Página 42039