Discurso durante a 212ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento do acadêmico mineiro Oscar Dias Corrêa, ex-deputado estadual e federal, ex-ministro da Justiça e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento do acadêmico mineiro Oscar Dias Corrêa, ex-deputado estadual e federal, ex-ministro da Justiça e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 01/12/2005 - Página 42040
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, OSCAR DIAS CORREA, JURISTA, PROFESSOR UNIVERSITARIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ), EX-DEPUTADO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), PARTIDO POLITICO, UNIÃO DEMOCRATICA NACIONAL (UDN), EX MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), EX MINISTRO, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sinto muito a perda do Dr. Oscar, que foi meu companheiro na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mas, antes de termos essa amizade consolidada e sermos companheiros, foi ele, como diretor, que fez comigo o contrato inicial como auxiliar de professor na Universidade e incentivou-me a fazer o concurso. Prestei concurso na Universidade Federal, na Escola de Economia.

Ele, com aquela sua bondade, com aquela simplicidade, era um homem incrível, porque todo mundo sabia da sua sapiência, do seu currículo, que era incrível, mas ele era de uma simplicidade e de uma modéstia que encantava a todos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Faculdade de Economia, ali na Praia Vermelha. Tornamo-nos amigos e, cada vez mais, eu o admirava.

É uma perda muito grande para o País, seja pelo Parlamentar que foi, seja pela coerência que ele tinha, uma coerência incrível - foi um dos poucos que vi renunciar a um mandato que estava garantido -, seja porque nem como Ministro ele se impunha ostensivamente; ele se impunha pela sabedoria, pela correção, pela modéstia, por tudo isso que todos conhecíamos dele.

Tive com ele depois, quando voltou a advogar, depois de aposentado da Universidade, após ter sido Ministro, e ele continuava uma pessoa encantadora. Lamento muitíssimo. Devo muito a ele, não só, como disse, pela minha primeira inserção na universidade como também pelo incentivo para que eu fizesse concurso. Como professor, a convivência com ele sempre foi proveitosa para mim, pelos seus conselhos, pela sua orientação.

Ele, então diretor da universidade onde fiz os cursos de Administração e Economia, teve para comigo o cuidado, o zelo de orientar-me, um jovem migrante paraibano. Graças a ele, consegui tornar-me professor do quadro da Universidade e, mais que isso, receber muitos bons conselhos, pois não há fortuna no mundo que pague as orientações, os conselhos que me deu e a forma como me ajudou. Por isso, a minha solidariedade. E mais do que isso: faço questão de subscrever todas as homenagens, mais que justas, que Oscar Corrêa recebe deste Senado da República. O País, com certeza, perde um grande cidadão.

Durante o discurso do Sr. Ney Suassuna, o Sr. Edison Lobão, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Renan Calheiros, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/12/2005 - Página 42040