Discurso durante a 225ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Análise sobre os trabalhos realizados no Congresso Nacional durante o ano de 2005. Votos de Feliz Natal.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Análise sobre os trabalhos realizados no Congresso Nacional durante o ano de 2005. Votos de Feliz Natal.
Aparteantes
Flexa Ribeiro, Heloísa Helena, José Maranhão.
Publicação
Publicação no DSF de 16/12/2005 - Página 45064
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • BALANÇO, CONCLUSÃO, ANO, COMPROMISSO, CONTINUAÇÃO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, BUSCA, ATENDIMENTO, NECESSIDADE, POVO, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DA PARAIBA (PB), PRESTAÇÃO DE CONTAS, MANDATO, APOIO, Biodiesel, AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO (ANP), PROSPECÇÃO, PETROLEO, LITORAL, EXPANSÃO, CAMPUS UNIVERSITARIO, INTERIOR, MELHORIA, RODOVIA, IMPLEMENTAÇÃO, FRUTICULTURA.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Serei breve.

Sr. Presidente, todos nós sabemos que, na classificação biológica, nós somos animais racionais. É essa racionalidade que nos permite uma série de coisas extraordinárias. Por exemplo, como dizia Cazuza, o tempo não pára. Ele é contínuo, ele é inexorável. A cada minuto, está lá o ponteiro batendo e o tempo passando. Mas nós, homens, com a nossa racionalidade, fazemos de conta que ele é alguma coisa que pode ser segmentada: termina um ano, começa outro ano. E por que fazemos isso? Para que possamos continuar a ter esperança e fazer de conta que está tudo começando de novo. Nós fazemos isso exatamente para poder, no ano velho, fazer um balanço do que fizemos: quais foram as nossas boas ações, quais foram as ações que não deveriam ter sido executadas, quais foram os nossos sucessos e quais foram os nossos insucessos.

Esse artifício nos permite, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fazer esse raciocínio, esse balanço e, principalmente, até nos imbuirmos de que podemos planejar tudo de novo. Aí vem, no Ano Novo, o que vamos fazer, como vamos agir, quais serão os nossos objetivos, quais serão as prioridades desses objetivos; enfim, nesse jogo nós temos como ver o passado e projetar o futuro.

Estamos de novo numa data, numa época em que vivemos exatamente este fenômeno: acaba o ano de 2005 e, quando fazemos o balanço ou em nossa vida ou no nosso trabalho, no caso, no nosso Congresso, o que fizemos de produtivo? O que foi que produzimos? Nós temos alguma culpa ou nos sentimos culpados por termos deixado de fazer alguma coisa? O que podíamos ter feito mais? E de tudo aquilo que não fizemos, o que podemos fazer para o próximo ano?

E aí, com toda certeza, Senador Heráclito, nós vamos pegar o papelzinho e escrever as nossas possibilidades, as nossas alternativas, os nossos desejos e assim por diante.

A Senadora Heloísa Helena mostra ali uma foto maravilhosa da Rainha do Maracutu, que gostei muito.

A Srª Heloísa Helena (P-SOL - AL) - Lá em Alagoas, o Senador Teo e o Rudnei, guerreiros de Alagoas. É tudo folclore.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Eu depois vou passar às mãos dela um foto muito bonita. Ela ganhou, ontem, uma peixeira de presente de Natal. Está muito bonita a foto e ela está muito sorridente.

A Srª Heloísa Helena (P-SOL - AL) - É sempre um risco eu perto de você, Ney, com esse instrumento da cozinha.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pontiagudo. (Risos.)

Então, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acaba o ano, hora de balanço; começa o ano, hora de desejos e projeções.

Entre as necessidades humanas, temos alimento, vestuário, habitação, saúde e educação. E eu continuo a achar que, nessa seqüência, a educação nunca tem a prioridade que deveria ter, porque ela é a única necessidade humana que, quando satisfeita, modifica todas as demais, fazendo-as mais racionais, mais produtivas, porque quem tem educação, com certeza, alimenta-se melhor; quem tem educação, com certeza, veste-se melhor; quem tem educação, com certeza, cuida melhor da sua habitação e, inclusive, faz melhor o planejamento da própria saúde.

É dentro desse prisma de necessidades que entendo que nosso trabalho aqui exige mais dedicação do que nunca. O que somos nós? Somos representantes do povo dos nossos Estados e somos funcionários desse povo. São eles que nos dão este emprego e esta representação. Tenho dito isso com freqüência na minha Paraíba. Lá, tenho dito sempre, Sr. Presidente, que sou empregado daquele povo. Eles são os meus patrões. É por isso, Senador Flexa Ribeiro, que, todos os dias, utilizo pelo menos 50 rádios da Paraíba para dizer o que fiz no dia anterior. Presto contas ao povo da Paraíba diariamente: com que Ministro fui falar, o que fiz, que Prefeito recebi, o que estou pensando, por que estou lutando. E estou sempre procurando agir de forma a melhorar a qualidade de vida do meu povo. Estou aqui, nesta Casa, para tentar melhorar a qualidade de vida do povo da Paraíba e do Brasil.

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Por favor!

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - Quero fazer justiça ao trabalho de V. Exª no Senado, defendendo, permanentemente, de forma obstinada, os interesses da sua Paraíba. A divulgação do seu trabalho, que V. Exª faz por meio das rádios, creio que chega antes da divulgação em nível nacional, em que defende os interesses daquele Estado. Quero, aqui, congratular-me com o povo paraibano, pelo seu trabalho e pela sua dedicação no Senado Federal. E que esse espírito natalino, que V. Exª tão bem mencionou no princípio, permaneça com todos nós ao longo de todos os dias do próximo ano! Que 2006 seja um ano muito feliz e pleno de saúde e de luz para todos nós!

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Se Deus assim o quiser!

Digo mais, Sr. Senador: além de cumprir minha obrigação de prestar contas diariamente ao povo paraibano, penso sempre no que se pode fazer para modificar o que não está bom. O dia-a-dia não vai mudar se não formos os agentes da modificação. Por isso, o Senador José Maranhão e eu temos lutado sempre, unidos, para levar para a Paraíba dias melhores. Como? Por meio do biodiesel.

Neste ano que acaba, eu mesmo meti a mão no bolso, comprei dez toneladas de mamona e as doei, para que começássemos a gerar biodiesel nas cidades que estavam iniciando a plantação de mamona. Fiz a doação das sementes.

Nesse sentido, também lutei junto a nossa Agência Nacional de Petróleo. Foi feita a prospecção, descobrimos petróleo em Souza e descobrimos petróleo no litoral norte da Paraíba.

Na semana passada, Senador José Maranhão, ligou-me o Dr. Forman, da Agência Nacional de Petróleo, dizendo: “Estou aqui assinando o ato e mandando para o Conselho Nacional da Energia a inclusão da Paraíba na oitava rodada de venda de áreas para prospecção de petróleo”. Se Deus quiser, vamos ter petróleo! O meu Estado vai mudar, se Deus quiser!

Tanto eu quanto o Senador Maranhão temos lutado para melhorar as universidades, pela extensão dos campi, indo para o Vale do Mamanguape, para o litoral sul ou para o interior - há duas universidades federais -, indo para o Cariri, indo para o sertão, porque somente por meio da educação conseguiremos mobilizar a nossa juventude, para que ela conte com mais tecnologia e com mais capacitação e possa auferir mais resultados e melhores salários.

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - V. Exª me permite um aparte?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pois não, nobre Senador Maranhão.

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Senador Ney Suassuna, eu estava acompanhando o seu discurso do meu gabinete e apressei-me em vir até aqui exatamente para juntar ao seu pronunciamento o meu testemunho pessoal do trabalho extraordinário que V. Exª vem fazendo.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Com a participação de V. Exª sempre!

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Muito obrigado. É generosidade do caro amigo. É extraordinário o trabalho que V. Exª vem fazendo ao longo de todo o seu mandato. Hoje, a Paraíba reconhece em V. Exª um dos mais legítimos representantes do nosso Estado no Senado da República. V. Exª não se limitou ao trabalho parlamentar nas Comissões Técnicas, nas Comissões Especiais ou no plenário. V. Exª estendeu também o seu trabalho junto aos Ministérios da República, aos órgãos da Administração Direta e Indireta do País, sempre levando as reivindicações da Paraíba, seja dos campi universitários, a que V. Exª já se referiu, da Universidade Federal, da Universidade de Campina Grande, seja de outros órgãos do nosso Estado. Felicito-o dizendo que V. Exª deve estar muito tranqüilo, porque pode, ao final de mais um período legislativo, ir para casa gozar o merecido recesso de consciência tranqüila pelo dever cumprido. Parabéns a V. Exª!

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Muito obrigado, nobre Senador. Os dizeres de V. Exª engrandecem meu discurso.

Continuo dizendo que nós, neste ano, lutamos pelo biodiesel, lutamos pela educação, lutamos pelo petróleo, estamos lutando pela melhoria das estradas da Paraíba, principalmente as federais, e, por último, pela implementação na Paraíba da fruticultura e da agricultura de elementos mais nobres.

V. Exª fez o Canal da Redenção, que está lá, que é uma maravilha, mas que está largado, abandonado. Não consigo entender: é uma área que poderia estar rendendo muito - V. Exª já deixou licitados até mesmo os lotes, já deixou tudo pronto -e não implementamos isso. É uma tristeza para mim, mas, se Deus quiser, vamos voltar...

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Sem querer interrompê-lo, Senador, mas já o interrompendo, eu diria que uma das coisas que mais me doem na alma é ver que obras redentoras como essa - a palavra “redenção” está no próprio nome, Canal da Redenção - estão inteiramente abandonadas, sucateadas. Ali, naquele pólo de irrigação, Várzeas de Souza, assim como nas várzeas do arroz, assim como no Projeto de Irrigação Piancó I, II e III, que implantamos na Paraíba, já poderíamos ter colhido a sexta safra de frutas para abastecer os mercados do País e, sobretudo, para gerar emprego e renda à população mais carente do nosso Estado. V. Exª tem toda a razão quando se refere ao estado de desprezo e de abandono em que essas obras se acham, lamentavelmente.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - É verdade. Lamento mesmo, Sr. Senador Maranhão!

Encerrando o meu pronunciamento, Sr. Presidente, e agradecendo mesmo a compreensão de V. Exª, eu queria dizer que, ao terminar o ano, estamos prestando contas do que passou, mas estamos planejando muitas coisas, para sermos mais eficientes no próximo ano. Se Deus quiser, vamos conseguir isso!

Mas eu queria, ao encerrar, desejar a todos um feliz Natal! Deixo um abraço muito grande a todos os amigos. Aqui, tenho amigos muito queridos e represento todos eles na figura do meu querido amigo Romeu Tuma. Sempre, nesta época, trocamos presentes.

O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Muito obrigado.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Tenho muita honra de tê-lo como amigo. Ao citá-lo, estou fazendo apenas de V. Exª, que é esse meu amigo tão querido, o representante de todos esses amigos queridos do Senado.

Que 2006 seja um ano politicamente menos instável e menos aguerrido que este! Que Deus salve todos nós e salve principalmente o nosso querido País!

Obrigado.

 

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Serei breve.

Sr. Presidente, todos nós sabemos que, na classificação biológica, nós somos animais racionais. É essa racionalidade que nos permite uma série de coisas extraordinárias. Por exemplo, como dizia Cazuza, o tempo não pára. Ele é contínuo, ele é inexorável. A cada minuto, está lá o ponteiro batendo e o tempo passando. Mas nós, homens, com a nossa racionalidade, fazemos de conta que ele é alguma coisa que pode ser segmentada: termina um ano, começa outro ano. E por que fazemos isso? Para que possamos continuar a ter esperança e fazer de conta que está tudo começando de novo. Nós fazemos isso exatamente para poder, no ano velho, fazer um balanço do que fizemos: quais foram as nossas boas ações, quais foram as ações que não deveriam ter sido executadas, quais foram os nossos sucessos e quais foram os nossos insucessos.

Esse artifício nos permite, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fazer esse raciocínio, esse balanço e, principalmente, até nos imbuirmos de que podemos planejar tudo de novo. Aí vem, no Ano Novo, o que vamos fazer, como vamos agir, quais serão os nossos objetivos, quais serão as prioridades desses objetivos; enfim, nesse jogo nós temos como ver o passado e projetar o futuro.

Estamos de novo numa data, numa época em que vivemos exatamente este fenômeno: acaba o ano de 2005 e, quando fazemos o balanço ou em nossa vida ou no nosso trabalho, no caso, no nosso Congresso, o que fizemos de produtivo? O que foi que produzimos? Nós temos alguma culpa ou nos sentimos culpados por termos deixado de fazer alguma coisa? O que podíamos ter feito mais? E de tudo aquilo que não fizemos, o que podemos fazer para o próximo ano?

E aí, com toda certeza, Senador Heráclito, nós vamos pegar o papelzinho e escrever as nossas possibilidades, as nossas alternativas, os nossos desejos e assim por diante.

A Senadora Heloísa Helena mostra ali uma foto maravilhosa da Rainha do Maracutu, que gostei muito.

A Srª Heloísa Helena (P-SOL - AL) - Lá em Alagoas, o Senador Teo e o Rudnei, guerreiros de Alagoas. É tudo folclore.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Eu depois vou passar às mãos dela um foto muito bonita. Ela ganhou, ontem, uma peixeira de presente de Natal. Está muito bonita a foto e ela está muito sorridente.

A Srª Heloísa Helena (P-SOL - AL) - É sempre um risco eu perto de você, Ney, com esse instrumento da cozinha.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pontiagudo. (Risos.)

Então, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acaba o ano, hora de balanço; começa o ano, hora de desejos e projeções.

Entre as necessidades humanas, temos alimento, vestuário, habitação, saúde e educação. E eu continuo a achar que, nessa seqüência, a educação nunca tem a prioridade que deveria ter, porque ela é a única necessidade humana que, quando satisfeita, modifica todas as demais, fazendo-as mais racionais, mais produtivas, porque quem tem educação, com certeza, alimenta-se melhor; quem tem educação, com certeza, veste-se melhor; quem tem educação, com certeza, cuida melhor da sua habitação e, inclusive, faz melhor o planejamento da própria saúde.

É dentro desse prisma de necessidades que entendo que nosso trabalho aqui exige mais dedicação do que nunca. O que somos nós? Somos representantes do povo dos nossos Estados e somos funcionários desse povo. São eles que nos dão este emprego e esta representação. Tenho dito isso com freqüência na minha Paraíba. Lá, tenho dito sempre, Sr. Presidente, que sou empregado daquele povo. Eles são os meus patrões. É por isso, Senador Flexa Ribeiro, que, todos os dias, utilizo pelo menos 50 rádios da Paraíba para dizer o que fiz no dia anterior. Presto contas ao povo da Paraíba diariamente: com que Ministro fui falar, o que fiz, que Prefeito recebi, o que estou pensando, por que estou lutando. E estou sempre procurando agir de forma a melhorar a qualidade de vida do meu povo. Estou aqui, nesta Casa, para tentar melhorar a qualidade de vida do povo da Paraíba e do Brasil.

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Por favor!

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - Quero fazer justiça ao trabalho de V. Exª no Senado, defendendo, permanentemente, de forma obstinada, os interesses da sua Paraíba. A divulgação do seu trabalho, que V. Exª faz por meio das rádios, creio que chega antes da divulgação em nível nacional, em que defende os interesses daquele Estado. Quero, aqui, congratular-me com o povo paraibano, pelo seu trabalho e pela sua dedicação no Senado Federal. E que esse espírito natalino, que V. Exª tão bem mencionou no princípio, permaneça com todos nós ao longo de todos os dias do próximo ano! Que 2006 seja um ano muito feliz e pleno de saúde e de luz para todos nós!

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Se Deus assim o quiser!

Digo mais, Sr. Senador: além de cumprir minha obrigação de prestar contas diariamente ao povo paraibano, penso sempre no que se pode fazer para modificar o que não está bom. O dia-a-dia não vai mudar se não formos os agentes da modificação. Por isso, o Senador José Maranhão e eu temos lutado sempre, unidos, para levar para a Paraíba dias melhores. Como? Por meio do biodiesel.

Neste ano que acaba, eu mesmo meti a mão no bolso, comprei dez toneladas de mamona e as doei, para que começássemos a gerar biodiesel nas cidades que estavam iniciando a plantação de mamona. Fiz a doação das sementes.

Nesse sentido, também lutei junto a nossa Agência Nacional de Petróleo. Foi feita a prospecção, descobrimos petróleo em Souza e descobrimos petróleo no litoral norte da Paraíba.

Na semana passada, Senador José Maranhão, ligou-me o Dr. Forman, da Agência Nacional de Petróleo, dizendo: “Estou aqui assinando o ato e mandando para o Conselho Nacional da Energia a inclusão da Paraíba na oitava rodada de venda de áreas para prospecção de petróleo”. Se Deus quiser, vamos ter petróleo! O meu Estado vai mudar, se Deus quiser!

Tanto eu quanto o Senador Maranhão temos lutado para melhorar as universidades, pela extensão dos campi, indo para o Vale do Mamanguape, para o litoral sul ou para o interior - há duas universidades federais -, indo para o Cariri, indo para o sertão, porque somente por meio da educação conseguiremos mobilizar a nossa juventude, para que ela conte com mais tecnologia e com mais capacitação e possa auferir mais resultados e melhores salários.

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - V. Exª me permite um aparte?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pois não, nobre Senador Maranhão.

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Senador Ney Suassuna, eu estava acompanhando o seu discurso do meu gabinete e apressei-me em vir até aqui exatamente para juntar ao seu pronunciamento o meu testemunho pessoal do trabalho extraordinário que V. Exª vem fazendo.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Com a participação de V. Exª sempre!

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Muito obrigado. É generosidade do caro amigo. É extraordinário o trabalho que V. Exª vem fazendo ao longo de todo o seu mandato. Hoje, a Paraíba reconhece em V. Exª um dos mais legítimos representantes do nosso Estado no Senado da República. V. Exª não se limitou ao trabalho parlamentar nas Comissões Técnicas, nas Comissões Especiais ou no plenário. V. Exª estendeu também o seu trabalho junto aos Ministérios da República, aos órgãos da Administração Direta e Indireta do País, sempre levando as reivindicações da Paraíba, seja dos campi universitários, a que V. Exª já se referiu, da Universidade Federal, da Universidade de Campina Grande, seja de outros órgãos do nosso Estado. Felicito-o dizendo que V. Exª deve estar muito tranqüilo, porque pode, ao final de mais um período legislativo, ir para casa gozar o merecido recesso de consciência tranqüila pelo dever cumprido. Parabéns a V. Exª!

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Muito obrigado, nobre Senador. Os dizeres de V. Exª engrandecem meu discurso.

Continuo dizendo que nós, neste ano, lutamos pelo biodiesel, lutamos pela educação, lutamos pelo petróleo, estamos lutando pela melhoria das estradas da Paraíba, principalmente as federais, e, por último, pela implementação na Paraíba da fruticultura e da agricultura de elementos mais nobres.

V. Exª fez o Canal da Redenção, que está lá, que é uma maravilha, mas que está largado, abandonado. Não consigo entender: é uma área que poderia estar rendendo muito - V. Exª já deixou licitados até mesmo os lotes, já deixou tudo pronto -e não implementamos isso. É uma tristeza para mim, mas, se Deus quiser, vamos voltar...

O Sr. José Maranhão (PMDB - PB) - Sem querer interrompê-lo, Senador, mas já o interrompendo, eu diria que uma das coisas que mais me doem na alma é ver que obras redentoras como essa - a palavra “redenção” está no próprio nome, Canal da Redenção - estão inteiramente abandonadas, sucateadas. Ali, naquele pólo de irrigação, Várzeas de Souza, assim como nas várzeas do arroz, assim como no Projeto de Irrigação Piancó I, II e III, que implantamos na Paraíba, já poderíamos ter colhido a sexta safra de frutas para abastecer os mercados do País e, sobretudo, para gerar emprego e renda à população mais carente do nosso Estado. V. Exª tem toda a razão quando se refere ao estado de desprezo e de abandono em que essas obras se acham, lamentavelmente.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - É verdade. Lamento mesmo, Sr. Senador Maranhão!

Encerrando o meu pronunciamento, Sr. Presidente, e agradecendo mesmo a compreensão de V. Exª, eu queria dizer que, ao terminar o ano, estamos prestando contas do que passou, mas estamos planejando muitas coisas, para sermos mais eficientes no próximo ano. Se Deus quiser, vamos conseguir isso!

Mas eu queria, ao encerrar, desejar a todos um feliz Natal! Deixo um abraço muito grande a todos os amigos. Aqui, tenho amigos muito queridos e represento todos eles na figura do meu querido amigo Romeu Tuma. Sempre, nesta época, trocamos presentes.

O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Muito obrigado.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Tenho muita honra de tê-lo como amigo. Ao citá-lo, estou fazendo apenas de V. Exª, que é esse meu amigo tão querido, o representante de todos esses amigos queridos do Senado.

Que 2006 seja um ano politicamente menos instável e menos aguerrido que este! Que Deus salve todos nós e salve principalmente o nosso querido País!

Obrigado.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/12/2005 - Página 45064