O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Sem acompanhamento taquigráfico)

Senhor Presidente, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores,

Neste 25 de janeiro de 2006, neste janeiro que nos inspira, sempre, renovados sonhos, renovadas esperanças, a Universidade Federal de Alagoas comemora 45 anos de existência. É natural e justo, pois, que aproveitemos a data para louvar tudo o que tem sido feito por aquela instituição, nestas quatro décadas e meia, no campo do ensino, da pesquisa e da extensão.

Mas não quero falar, Senhoras e Senhores Senadores, apenas das conquistas acadêmicas e científicas. Acima de tudo, e é este o aspecto que gostaria de enfatizar inicialmente, os 45 anos de sucesso da UFAL nos dão uma lição inestimável: a lição de que, em qualquer setor da atividade humana, os melhores resultados são obtidos sempre que as pessoas, independentemente de posições ideológicas, políticas ou partidárias, se dão as mãos na busca do bem comum.

É isso, justamente isso, que aconteceu e segue acontecendo ao longo destes 45 anos: a convergência de esforços de toda a sociedade de Alagoas em prol, primeiro, da criação, e, posteriormente, da manutenção e do crescimento da UFAL. A direção da Universidade, seu corpo docente, o pessoal técnico administrativo, os 12 mil alunos, as lideranças políticas do Estado - aqui incluída a bancada no Senado e na Câmara -, a mídia, o povo alagoano em geral, todos, enfim, têm trabalhado, com a determinação e a pureza d’alma dos bem-intencionados, visando a um único objetivo: a consolidação da UFAL como instrumento de formação de seres humanos mais completos e de conquista de avanços científicos e tecnológicos.

De certa maneira, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, esse engajamento coletivo é a homenagem que nós, alagoanos, prestamos a Aristóteles Calazans Simões, fundador e primeiro reitor da Universidade. Tendo dirigido a instituição durante 10 anos, Aristóteles foi profético ao afirmar que “a UFAL trouxe todas as vantagens possíveis e imagináveis, principalmente para a cultura e o desenvolvimento econômico e social do Estado.”

Hoje, sabemos todos, a UFAL é uma entidade vitoriosa. São 35 cursos de graduação, distribuídos nas áreas das ciências exatas e tecnológicas, humanas e da saúde. Na pós-graduação, são 18 cursos de mestrado, 3 de doutorado e 28 de especialização. Programas de Monitoria do Estágio e de Bolsas de Estudo e de Trabalho destinadas aos estudantes carentes evidenciam a preocupação da UFAL com a formação do aluno e com sua inserção no mercado de trabalho. Mais de 600 convênios, firmados com instituições públicas e privadas, permitem a conexão da UFAL com a sociedade. E os Programas de Bolsas de Iniciação Científica e de Ensino e Treinamento estimulam o estudante para a pesquisa científica e para a carreira acadêmica.

Quanto à pesquisa científica, Senhoras e Senhores Senadores, há que destacar o papel da Universidade Federal de Alagoas no desenvolvimento de tecnologias alternativas de energia, especialmente aquelas que, explorando as potencialidades e as vantagens competitivas de nossa população e de nosso solo, desenvolvem economias locais e fortalecem identidades regionais.

O Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar, por exemplo, tem sua base nacional de estudos e pesquisas em nosso Estado. A própria UVAL registra, com a satisfação e o orgulho de quem está cumprindo seu dever, que “é de Alagoas que têm saído diversas variedades de cana-de-açúcar”. E completa a informação destacando que “só nos últimos 30 anos foram liberadas para o plantio mais de 50 variedades, ocupando cerca de dois milhões de hectares de canaviais no Brasil”.

Mas essa, repito, é apenas uma das incontáveis realizações da Universidade Federal de Alagoas. Haveria, Senhoras e Senhores Senadores, muitas outras a destacar. As pesquisas com o biodiesel, por exemplo, que cuidam da obtenção de uma fonte de energia renovável, ambientalmente correta, e ao mesmo tempo importante do ponto de vista estratégico. Ou o curso de graduação de Pedagogia a Distância, que vem atendendo 68 municípios alagoanos e já capacitou 1.200 professores do ensino fundamental, em ação pioneira na Região Nordeste. Ou as atividades de extensão promovidas na comunidade de Santa Lúcia e no conjunto residencial Denisson Menezes, a primeira voltada para a área da saúde e a segunda envolvendo ações de resgate da cidadania.

Também fundamental é o processo de interiorização da Universidade, previsto para chegar ao Agreste, ao Sertão, à Zona da Mata e ao Litoral. Um processo que já terá um grande avanço este ano, com o início das aulas em Arapiraca, em agosto.

Enfim, Senhoras e Senhores Senadores: se são muitos, ainda, os desafios a ser enfrentados e as vitórias a ser alcançadas - e a título de ilustração poderia ser citada a instalação de Escolas Técnicas supervisionadas pela UFAL anima-nos a convicção de que, se a sociedade alagoana mantiver o mesmo espírito de união e desprendimento manifestado até hoje, nenhum obstáculo se mostrará intransponível.

Aproveito este momento para cumprimentar, na pessoa da competentíssima Reitora Ana Dayse Rezende Dorea, as 15 mil pessoas, entre estudantes, di rigentes, professores e demais servidores, que fazem a grandeza da UFAL e, conseqüentemente, do nosso querido Estado de Alagoas.

Muito obrigado!