Discurso durante a 15ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio ao pronunciamento do Senador Álvaro Dias, a respeito da prisão do Sr. Lino Oviedo no Paraguai. Defesa da vinda do Presidente Lula, no próximo dia 15 de fevereiro, ao Congresso Nacional.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA. CONGRESSO NACIONAL.:
  • Apoio ao pronunciamento do Senador Álvaro Dias, a respeito da prisão do Sr. Lino Oviedo no Paraguai. Defesa da vinda do Presidente Lula, no próximo dia 15 de fevereiro, ao Congresso Nacional.
Publicação
Publicação no DSF de 03/02/2006 - Página 2989
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA. CONGRESSO NACIONAL.
Indexação
  • APOIO, OFICIAL GENERAL, PRISÃO, PAIS ESTRANGEIRO, PARAGUAI.
  • REITERAÇÃO, SUGESTÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMPARECIMENTO, CONGRESSO NACIONAL, LEITURA, MENSAGEM PRESIDENCIAL, ABERTURA, SESSÃO LEGISLATIVA.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mão Santa, eu quero externar o meu apoio ao pronunciamento do Senador Alvaro Dias, diante da presença do filho do General Lino Oviedo, que se encontra à disposição da Justiça no Paraguai aguardando julgamento.

Quando Presidente da Comissão de Relações Exteriores, eu tive a oportunidade de receber a visita do General Lino Oviedo. Naquela ocasião, ele expôs a sua vontade de regressar ao Paraguai e se colocar à disposição da Justiça. Ele foi detido lá e está aguardando o julgamento.

Envio, então, a minha saudação ao General Lino Oviedo, por intermédio de seu filho, e também expresso o meu apoio ao pronunciamento do Senador Alvaro Dias.

Sr. Presidente, uso a palavra pela ordem para reiterar a sugestão que formulei ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de, no próximo dia 15 de fevereiro, comparecer pessoalmente ao Congresso Nacional, por ocasião da leitura da Mensagem anual, para expor a situação do Brasil e seus planos para seu quarto ano de mandato.

Lembro que o Presidente esteve aqui em 15 de fevereiro de 2003, quando houve grande repercussão e atenção à sua presença e à sua fala. Em 2004 e 2005, Sua Excelência apenas enviou a sua Mensagem pelo Ministro-Chefe da Casa Civil, lida pelo 1º Secretário do Congresso Nacional. Não se prestou a devida atenção à Mensagem e mesmo a repercussão nos meios de comunicação foi muito menor do que quando da presença do Presidente.

Ainda na noite de 31 de janeiro, pudemos observar a extraordinária repercussão, por exemplo, do que foi a Mensagem, sobre o Estado da União, formulada pelo Presidente George Walker Bush, feita em horário nobre nos Estados Unidos, por volta das nove e pouco até dez e pouco na zona leste, e das sete e pouco até oito e pouco na zona oeste, transmitida ao vivo por todos os meios de comunicação, cerca de uma hora de pronunciamento.

Mais do que isso, Sr. Presidente, esse encontro é um momento muito positivo, o ponto mais alto da relação entre a Presidência da República e o Congresso Nacional. Quando o Presidente veio, o plenário do Congresso estava lotado. Na ocasião, o Presidente tem a oportunidade de cumprimentar os Deputados e Senadores, de olhar nos olhos dos Parlamentares. O Presidente da República, nesses últimos anos, pelo que eu lembre, não tem tido a oportunidade de se encontrar com a Senadora Heloísa Helena. Ele teria, então, a oportunidade de olhar nos olhos da Senadora. O Presidente olharia nos olhos do Senador Mão Santa, que votou no Presidente quando ele foi candidato e que aqui tem, muitas vezes, expresso a sua objeção, a sua crítica ao Presidente, fazendo-o como representante do Estado do Piauí. O Senador Alvaro Dias, certamente, vindo aqui o Presidente, como todos os nossos colegas, iria ouvi-lo com atenção e respeito.

Conversei ontem com o Ministro Jaques Wagner, que me contou que alguns dos assessores do Presidente ficaram preocupados: “Imagine, o Presidente com alguns dos Senadores que têm sido tão agressivos na sua forma de ser...” Eu conversei com diversos deles aqui, que me disseram: “Se o Presidente vier, é claro que ele vai ser respeitado”. Então, quero reiterar a sugestão que fiz ao Presidente Renan Calheiros. Convide o Presidente, encoraje-o a vir, o que será muito positivo para a Nação brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/02/2006 - Página 2989