Discurso durante a 39ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da matéria intitulada "Ex-presidente disse à Istoé que"ética do PT é roubar"", publicada no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 7 de fevereiro corrente.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Registro da matéria intitulada "Ex-presidente disse à Istoé que"ética do PT é roubar"", publicada no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 7 de fevereiro corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 10/02/2006 - Página 3853
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), COMENTARIO, ENTREVISTA, PERIODICO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, DENUNCIA, GRAVIDADE, CORRUPÇÃO, FALTA, ETICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PRESIDENTE DA REPUBLICA.

            O SR FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, graças à percepção pioneira do Senador José Sarney, em 1996 nascia a TV Senado. São 10 anos de existência vitoriosa do canal de comunicação exclusivo desta Casa, um verdadeiro marco dos ideais do Parlamento brasileiro, ao contribuir decisivamente para a transparência, a democracia e a cidadania.

A TV Senado foi criada para fazer a divulgação institucional do Senado Federal e oferecer ao cidadão uma programação educativa e cultural de qualidade, diferenciada das emissoras comerciais. No início, a programação era transmitida apenas para assinantes de TV a cabo, mas, hoje, atinge um universo muito amplo de telespectadores. O sinal está disponível em todo o território brasileiro, levado pelas emissoras de TV a cabo, por antenas parabólicas de tipo analógico e digital e, mais recentemente, em sinal aberto de UHF. As transmissões simultâneas alcançam, pelo menos, as 8 milhões de antenas parabólicas instaladas no País e os mais de três milhões de televisores com TV por assinatura.

A programação inclui, prioritariamente, a cobertura, ao vivo, de todas as sessões plenárias do Senado Federal e do Congresso Nacional, bem como das reuniões das comissões permanentes e temporárias. Tal conteúdo trouxe uma realidade inteiramente nova para dezenas de milhares de espectadores, do Norte ao Sul do País, que puderam passar a acompanhar os trabalhos legislativos. Não faz pouco tempo, o jornal Folha de S.Paulo estampou, na sua primeira página, os fantásticos índices de audiência que a transmissão das Comissões Parlamentares de Inquérito vinha alcançando.

Com efeito, Sr. Presidente, a crise política fez a TV Senado multiplicar a sua audiência por mais de dez vezes, em um período de tempo de apenas cinco meses. Este dado, para mim, merece uma reflexão. Pode parecer, à primeira vista, que uma imagem pouco enobrecedora está sendo passada para os lares dos brasileiros. No entanto, uma análise mais detida evidencia que o Parlamento está contribuindo para um exercício fiscalizatório mais amplo por parte da sociedade brasileira, o que resulta, ainda, em um conhecimento mais aprofundado acerca do funcionamento básico da ação parlamentar.

Para dimensionar o que significa essa audiência, vale dizer que os sinais gerados pela TV Senado são distribuídos para todas as demais emissoras. Em conseqüência, a logomarca da TV Senado tem alcançado uma exposição maior que do que as de marcas de anunciantes da novela das oito da Rede Globo de Televisão, com audiência superior a 40 milhões de pessoas.

A parte cultural da programação também merece elogios. São três espaços fixos destinados à música de qualidade, popular ou erudita. Na área de literatura, há o programa “Leituras”, voltado para a análise e divulgação de obras literárias nacionais. Também há uma série sobre os grandes nomes da literatura brasileira, escritores do porte de Machado de Assis, José Lins do Rego ou Érico Veríssimo. Nos “Especiais da TV Senado” são apresentados e debatidos temas históricos, culturais, turísticos, além de programas sobre saúde.

Para este ano, a grade de atrações promete ganhar ainda mais em qualidade e variedade. Novos programas irão ao ar, como o “Ecosenado”, tratando de temas ligados à ecologia e ao desenvolvimento sustentável; o “Senado Agora”, com boletins informativos ao vivo; o “Alô Senado”, um canal aberto para o cidadão comunicar-se com os parlamentares; além da remodelação do “Jornal do Senado”, entre outras estréias.

Não é à toa que, atualmente, a TV Senado desfruta do reconhecimento da sociedade, expresso em manifestações de entidades de classe, organizações não-governamentais, universidades e imprensa, haja vista o grande número de ligações que recebe por telefone e endereço eletrônico, em sua maior parte com rasgados elogios e sugestões de novos programas.

E os planos não param por aí. Vários convênios e acordos já foram firmados, com países como Rússia e Estados Unidos, abrindo novas perspectivas de intercâmbio e posicionando o Senado Federal como um dos Legislativos mais modernos do mundo. Prova disso é que novos investimentos podem viabilizar o projeto de TV Internacional, que já entrou no ar em caráter experimental, numa parceria entre o Congresso Nacional, o Executivo (via Radiobrás) e o Judiciário. Veiculado inicialmente no idioma espanhol, há planos para veiculação também em língua inglesa, num futuro próximo.

Srªs e Srs. Senadores, saúdo, portanto, o diretor da TV Senado, Dr. James Gama; o diretor de jornalismo, Dr. Helival Rios; o diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal, Dr. Armando Rollemberg; e a cada um dos jornalistas que servem nesta Casa. Em especial, congratulo-me com o Diretor-Geral do Senado, Dr. Agaciel da Silva Maia; e com o Presidente do Senado Federal; Senador Renan Calheiros, pelo brilhante trabalho desenvolvido. Não poderia, por fim, deixar de reconhecer a grande dívida que todos nós temos com o ex-Presidente José Sarney, pela antevisão que propiciou aos parlamentares e ao povo brasileiro essa grande conquista que é a TV Senado.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo assunto é para registrar a matéria a matéria intitulada “Ex-presidente disse à IstoÉ que ‘ética do PT é roubar’”, publicada no jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de 7 de fevereiro do corrente.

A matéria trata da entrevista concedida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à revista IstoÉ na sua edição de 8 de fevereiro deste ano. Na entrevista, o ex-presidente fez duras críticas ao Partido dos Trabalhadores e ao presidente Lula, mostrando que a corrupção no atual governo é muito grave, pois tem organicidade e foi arquitetada, além de ter a chancela do PT.

Sr. Presidente, solicito que a matéria acima citada seja considerada parte deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente!

            Obrigado pela atenção!

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Ex-presidente disse à IstoÉ que ética do PT é roubar.”


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/02/2006 - Página 3853