Discurso durante a 40ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas à cartilha de homenagem aos negros, lançada pelo Governo Federal. Análise dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio de 2005. Candidatura própria do PMDB à Presidência da República.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. EDUCAÇÃO. ELEIÇÕES. :
  • Críticas à cartilha de homenagem aos negros, lançada pelo Governo Federal. Análise dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio de 2005. Candidatura própria do PMDB à Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 11/02/2006 - Página 4535
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. EDUCAÇÃO. ELEIÇÕES.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, EMISSORA, TELEVISÃO, SENADO, COMENTARIO, AUMENTO, POPULARIDADE, ORADOR, TERRITORIO NACIONAL.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, LANÇAMENTO, DOCUMENTO, NEGRO, EXCLUSÃO, VULTO HISTORICO, POETA, ESTADO DO PIAUI (PI), PAULO PAIM, SENADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).
  • ELOGIO, ESCOLA PARTICULAR, ESTADO DO PIAUI (PI), AVALIAÇÃO, AMBITO NACIONAL, ENSINO MEDIO, APREENSÃO, SITUAÇÃO, ESCOLA PUBLICA, BRASIL, PERDA, QUALIDADE, ENSINO, OMISSÃO, GOVERNO FEDERAL.
  • AVALIAÇÃO, AUTORITARISMO, JOSE DIRCEU, EX MINISTRO DE ESTADO, GOVERNO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), TENTATIVA, ATRAÇÃO, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA.
  • REITERAÇÃO, COMPROMISSO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), AUTONOMIA, CANDIDATURA, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, que preside esta sessão do Senado de sexta-feira, 10 de fevereiro, Senadoras, Senadores, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, a rádio AM e a FM, a televisão e o jornal.

Ontem, eu estava presidindo a sessão e vi que muitos se manifestaram para homenagear os dez anos da TV Senado. Essa televisão é um forte instrumento para firmar a democracia em nosso País. Todos nós sabemos da dependência da comunicação em relação aos poderosos. São empresas privadas, particulares, que visam primeiramente ao lucro. Não as condeno por isso, mas daí decorre, muitas vezes, o cerceamento da verdade. Vergonhoso o episódio Boris Casoy, a quem a Pátria deve muito; está na mente dos brasileiros a sua frase “Isto é uma vergonha”, que tem ajudado a melhorar o Brasil.

A imprensa livre, falada, televisiva, está aqui no Senado, é a verdade. Hoje quero crer que, sem dúvida alguma, ela é a mais ouvida.

Senador Paim, eu vou citar um fato. Lá do Piauí fui Prefeito e Governador do Estado, mas não tinha a projeção nacional que tenho hoje. Eu fui a Campos do Jordão com a minha Adalgisa naquele verão. Cristão, católico que sou, fomos à missa no domingo. Ao sair, encontrei quatro pessoas - um médico, um ex-deputado do Pará, um corretor e um professor universitário - que me perguntaram: “O senhor é o Senador Mão Santa?” Quer dizer, a TV Senado nos dá visibilidade.

Paim, as minhas primeiras palavras são de solidariedade a V. Exª. Todo o País está decepcionado, principalmente o Rio Grande do Sul. Este Governo, na pressa, no despreparo e na incompetência, acaba de lançar uma cartilha de homenagem aos negros muito importantes para o Brasil.

Olhem o Rio Grande do Sul! Gilberto Gil, aprenda! Se há um curvar, uma genuflexão devida ao negro e à sua história é lá. Aprenda história, Gilberto: a Revolução Farroupilha durou dez anos, Bento Gonçalves, os lanceiros negros sacrificados pelo porvir da República e pela independência dos negros. Na cartilha não está incluída essa extraordinária figura do Senado, o nosso Senador Paulo Paim. Lá está o Deputado Federal que foi Governador, Alceu Collares, figura notória do Rio Grande no Sul. E há mais ainda, ó Gilberto Gil!

Estou orgulhoso porque, outro dia, li uma crônica em que Rita Lee dizia que gostava de nos ouvir. Esse homem de uma extraordinária inteligência, Lobão, no Canal 21, entrevistava o Heráclito: “Ó do Piauí!” - porque nós levamos a verdade.

E mais ainda: o Piauí repudia a não-inclusão do poeta Da Costa e Silva, do Piauí. Da Costa e Silva em nosso hino: “Piauí, terra querida, filho do sol do Equador”. Senador Paulo Paim, ele fez concurso para o Itamaraty, tirou o primeiro lugar, mas foi rejeitado na entrevista com o Barão do Rio Branco - figura que, para mim, era um paradigma até eu saber desse fato, que me foi contado pelo filho dele, da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva. Escrevendo a página mais vergonhosa de sua vida, o Barão do Rio Branco virou para ele e disse: “Não vou convocá-lo porque você é negro, feio e parece um macaco”. Referia-se a Da Costa e Silva, cujo filho, Alberto, é da Academia Brasileira de Letras, foi do Itamaraty - entrou o filho quase como uma vingança -, e dois netos dele estão lá. Queremos também o nosso poeta Da Costa e Silva nessa cartilha.

Ô Gilberto Gil, Paulo Paim significa para o nosso Brasil, na luta dos negros, o mesmo que Martin Luther King para os Estados Unidos. Queria, então, aproveitar este momento para falar, primeiro, orgulhoso, Senador Paulo Paim, do Piauí, que é essa grandeza - fomos nós que expulsamos os portugueses em batalha sangrenta. Compreendemos, porém, que foi o Rio Grande do Sul, lá na Guerra dos Farrapos - dez anos, os lanceiros negros, Bento Gonçalves -, que deu o primeiro impulso ao ideal da independência, ao ideal da República. Sabemos que Minas contribuiu com Tiradentes, contra a derrama - era um imposto alto, a derrama era um quinto; hoje está muito pior, o Lula cobra 50%. De doze meses que trabalha, o brasileiro ou a brasileira paga cinco de imposto - e os juros altos?! Então, meio ano é para Lula. Ô Lulinha Paz e Amor, ignorância audaciosa! Cada brasileiro e cada brasileira trabalham doze meses, mas seis vão para pagar impostos ou juros, a metade, mas não têm segurança, não têm educação e não têm saúde.

Sou orgulhoso do Piauí. Primeiro, atentai bem: as melhores escolas particulares do Brasil. O Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - é uma boa coisa! A Administração manda: planejar, coordenar e fazer o controle - Henri Fayol. Então, vamos controlar como está esse ensino: o Enem. Então, eles fizeram prova no Brasil todo. Atentai bem: das quatro melhores escolas particulares do Brasil em 2005, o primeiro lugar é o Colégio Vértice, de São Paulo, que é privado, particular. Paulo Paim, a média foi 78,6. O segundo é um colégio de Goiás, cuja média é de 77,05. E a terceira melhor escola particular é o Colégio Anglo-Brasileiro, na Bahia - ó Rui Barbosa -, com média de 75,63.

Senador Paulo Paim, lamento, mas o Piauí passou o Rio Grande do Sul. E, se houver medalha da valia da gente do Brasil, darei a medalha de ouro para o Piauí e a de prata para o Rio Grande do Sul, em homenagem a V. Exª e à história de todos os gaúchos.

Aqui, não está a do Rio Grande do Sul, mas a do Piauí está aqui: Instituto Dom Barreto, do Piauí, em todo esse Brasil, é a quarta escola privada em nota. Isso traduz a inteligência, a competência e a bravura do povo do Piauí, que representamos aqui, eu e o Senador Alberto Silva, com uma longevidade abençoada, ungido por Deus, e esse bravo e extraordinário homem do Parlamento, o Senador Heráclito Fortes, que ontem, pela inteligência, me antecedeu nesse assunto.

Senador Paulo Paim, o mais importante é que, entre as 50 escolas, o Piauí ainda tem outras duas: Santa Maria Goretti - de uma professora da minha cidade, Parnaíba, Professora Técia Leal - e São Francisco de Sales, diocesano dos padres. Essas duas estão entre as melhores.

Senador Paulo Paim, estou eufórico quanto isso, mas estou triste com relação à educação nas escolas públicas. Lula fica aí viajando... Mas a educação é fundamental. E o resultado está bom, Senador Paulo Paim. Aplausos para essas escolas! Aplausos para o Piauí, para o Dom Barreto, para a Santa Maria Goretti, para o São Francisco de Sales! Mas, Senador Paulo Paim, olha aí a tristeza! A média entre as escolas particulares é de 55,72. E a das públicas, a do “Lulinha paz e amor”? É a ignorância audaciosa do PT! As particulares, as privadas estão boas. Quem é rico vai ter direito ao saber. Sócrates já dizia: “Só há um grande bem, o saber; só há um grande mal, a ignorância”. É a ignorância audaciosa do PT!

Os ricos estão bem encaminhados, Senador Paulo Paim. E os pobres? A média nas escolas públicas do Lula, desse Ministrinho aí, desse mocinho, com cabelinho de pastinha, é de 4. Então, as escolas públicas “estão no pau”, estão reprovadas! Quando eu estudava, só se passava com média 5. Não sei onde esse mocinho, com cabelinho de pastinha, que ninguém conhece... Senador Paulo Paim, está aqui: é pau, é pau, é pau! Sei que Sua Excelência, o Presidente, pouco estudou, pouco passou, pouco aprendeu. Nas escolas públicas, a média é de 4; no interior, deve ser de 2, de 1, de 0. Brasília é esta ilha da fantasia do poder!

Então, a educação “está no pau”. O Governo do PT “pegou pau” na educação do povo, do pobre, pois média 4, no meu tempo, era pau.

Atente bem, Senador Paulo Paim: as escolas de São Paulo são as primeiras; a primeira é de lá. V. Exª sabe qual é a média da matrícula cobrada para o estudante? Atente bem, ó PT, míope, cego! É de R$1,7 mil. Essa é a média cobrada pela escola particular, em São Paulo, para os ricos. Os pobres “estão no pau”, pois o PT acabou com a igualdade. A educação é que dá igualdade para o povo; o saber e a educação devem ser como o sol: igual para todos. Aqui, as escolas públicas “receberam pau”, foram reprovadas. É a isso que Lula, com esse Ministrinho que ninguém conhece, está levando os pobres do Brasil, enganando-os. Se as escolas públicas “estão no pau”, pela avaliação feita por eles, que perspectiva tem um pobre de se tornar doutor? Nas boas escolas, nas particulares, a média do preço da matrícula é de R$1,7 mil. É essa a média, mesmo com um salário desses, Senador Paim!

Então, é a isso que temos de assistir. O primeiro lugar nas escolas privadas é de São Paulo. V. Exªs sabem o valor da mensalidade? É de R$1,7 mil. Isso é uma imoralidade!

Senador Paulo Paim, esta Casa deve ser e tem de ser a voz do povo. A democracia só funciona com o povo. Foi o povo que fez a democracia. O PT, não! O PT enxovalhou a democracia e trouxe a corrupção à democracia, que aprendi de Ulysses. Ó Senador Paim, Ulysses dizia: “A corrupção é o cupim da democracia”. É um mar de corrupção. É uma vergonha!

Mas não é todo o PT, não. Isso foi bom, porque deu a igualdade. No PT, há pessoas extraordinárias. O Líder do PT nesta Casa, Senador Aloizio Mercadante, é um homem de bem, bem-formado, bem-educado, é um homem de saber. Já faz mais de três anos que estamos aqui fazendo o debate qualificado. Nunca houve um estremecimento, porque defendemos uma tese, e ele tem aceitado a minha verdade.

V. Exª é uma riqueza do PT, da democracia e do Brasil. Tenho até inveja de dizer que V. Exª é da raça negra. V. Exª é da raça Homo sapiens, ser humano superior, que só os filósofos entendem. Ó, Marina Silva, aprenda isso! Marininha, aprenda, pelo amor de Deus! Sófocles disse: “Muitas são as maravilhas da natureza, mas a mais maravilhosa é o ser humano, o Homo sapiens, a espécie”. Homem e mulher se unem com amor para perpetuar essa espécie.

Então, V. Exª é isso, V. Exª é riqueza nossa. Sou professor de Biologia e de Zoologia. Fico até chateado quando buscam algo sem significado nenhum para nos separar. Quando vejo o Senador Paulo Paim, busco aquilo que engrandece a raça humana, as virtudes do respeito ao trabalho e ao trabalhador, do respeito aos velhos, enfim, as virtudes, o fazer bem. São essas as teses filosóficas.

Mas estamos aqui para isso, para tentar acordar o Lula, que anda viajando no mundo. Lula, seu Governo “pegou pau” em educação! O resultado é do Enem. Seu Governo foi reprovado, pois algumas escolas públicas não valem nada; a média é de 4. Há as cidades poderosas, como São Paulo, como Brasília. Mas vá às escolas públicas... Média 4 é pau, Lula! É pau, Lula! É pau! Estou aqui, Lula. Aqui cheguei com as pernas do estudo e do trabalho e a força da independência do Piauí.

Então, Ministrinho, cuide, que V. Exª “pegou pau”. Lamento terem substituído um Cristovam Buarque, que tinha a luz do saber, que não era cego para ver essas coisas.

Sr. Presidente Paulo Paim, peço sua generosidade para concluir um assunto muito importante.

Tudo tem a ver com tudo! Somos uma democracia! Ô Paulo Paim, este País tem de lhe render uma homenagem. O Senado não funcionava às segundas e Sextas-feiras. Hoje é sexta-feira, 10 de fevereiro, e aqui estamos. Isso ocorreu, Senador, porque V. Exª chegou a Vice-Presidente desta Casa e estava aqui às segundas e Sextas-feiras para abrir as sessões. Mostramos para o País que esta Casa tinha de debater os principais temas. Foi aqui, sob o comando de V. Exª, que isso nasceu. Seu valor é tão grande que não se limita a um partido, ao PT. V. Exª é do Parlamento, é um instrumento da democracia. V. Exª vinha aqui, como Vice-Presidente da Casa, e abria a sessão. Éramos poucos, poucos a denunciar as vergonhas. Lembro-me de Efraim Morais, Antero Paes, Arthur Virgílio, Mão Santa, Heloísa Helena - que era do PT e que quiseram levar à fogueira, de onde a tiramos.

V. Exª deu essa contribuição. Se este Senado hoje merece respeito, se ele está atuante, é porque V. Exª deu o exemplo. Padre Antonio Vieira disse que palavra sem exemplo é tiro sem bala. O exemplo arrasta, e V. Exª nos arrastou ao trabalho e à luta.

Mas quero dizer o seguinte: “Atentai bem, Dirceu, o PMDB é a chave da reeleição!” Isso aqui é uma ignomínia. Desta tribuna, fui o primeiro a chamar José Dirceu de Zé Maligno, denunciando-o. Ele tinha um plano, não de governo, mas um plano de poder igual ao de Cuba. Herói ele nunca foi. Herói foi Gabeira, que teve a coragem de seqüestrar o embaixador norte-americano e libertou alguns presos políticos, entre eles Dirceu, que foi a Cuba e alimentou-se da formação ditatorial de Fidel Castro - que completa cinqüenta anos de ditadura e que matou muita gente.

Atentai bem! José Dirceu, com essa formação, veio e se instalou. Oito anos para Lula, com sua história política e sindical, seria fácil, mas eles precisariam de um partido forte. Ele aqui é réu confesso. Começou a cooptar, a comprar o PMDB. E o PMDB - quero dizer para José Dirceu e para Lula -- não vai faltar à Pátria e à democracia. Hoje, temos um grande comandante, Michel Temer, única e ímpar liderança do Partido. Os demais, que estão negociando, ô Lulinha, têm menos força no PMDB do que ele. O único, o nosso Presidente, que tem unidade de comando e direção, é, sem dúvida, Michel Temer, que leva o Partido a não faltar com a democracia e com o povo, como Ulysses Guimarães que, em 1974, neste Congresso, enfrentou e afrontou a candidatura da ditadura de Geisel. Então, não poderíamos faltar. Sob o comando de Michel Temer, o maior dos Presidentes em toda a nossa história, o PMDB cresce no Senado, na Câmara e no coração do povo, como uma esperança.

Entre um projeto neoliberal do PSDB e outro paraguaio, uma imitação paraguaia neoliberal, de Lula, estamos no meio. E está na Bíblia: a verdade está no meio. O PMDB busca a valorização do trabalho e do trabalhador, que vieram antes e fazem a riqueza, e conta com a história nacionalista de Getúlio Vargas, nossa inspiração, de João Goulart, e com a história desenvolvimentista de Juscelino, cassado no nosso Partido neste Senado.

Então, não faltaremos ao povo e à democracia. Aí estão, Senador Paulo Paim, dois extraordinários candidatos à Presidência da República, com suas características: juventude, esperança. Um, testado nas urnas, teve brilhante votação, quase chegou ao segundo turno, quando era de um partido pequeno: Garotinho. É um homem cristão, que governa com sua esposa um dos Estados que hoje mais cresce na história política do Brasil, o Rio de Janeiro. E o outro, do Rio Grande do Sul, tem ao seu lado a bela história dos gaúchos e o comando de Pedro Simon. São dois extraordinários candidatos. Não abrimos mão da candidatura própria, da participação do PMDB.

José Dirceu, réu confesso, diz até onde já deixou negociado. Olhem a vergonha! Deixou bem encaminhado com o PMDB do Amazonas, do Pará, de Alagoas, de Minas Gerais, do Espírito Santo, de Goiás, do Paraná e de Santa Catarina. Já bem negociado, bem comprado, bem encaminhado.

Mas no Piauí é diferente. O PMDB tem história de grandeza igual à do Brasil. O PMDB terá candidatura própria ao Senado: fará voltar o Senador Alberto Silva. Dizem que ele está com idade avançada. Nem tanto. Rui Barbosa recebeu da Bahia 32 anos de mandato. Agora que nós, do Piauí, demos dezesseis anos a Alberto Silva. Por que não vamos dar mais? Vamos. E teremos candidatura própria ao Governo do Estado. O meu nome está na disputa.

Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, falo com convicção que aqui estou porque, em 1994, o nosso Partido teve um candidato à Presidência. Mesmo não tendo êxito na sua candidatura, Quércia foi o pai da eleição de nove Governadores. Uma candidatura própria aumenta e faz crescer - hipertrofia, hiperplasia -, e dá poderes ao partido. Nove, um terço dos Governadores! E, desses nove, Senador Marcelo Crivella, cinco estão aqui como Senadores, eleitos pelo sacrifício, pela luta e pelo ideal do grande comandante Quércia. Aqui estão Garibaldi Alves Filho, José Maranhão, Maguito Vilela, Valdir Raupp e Mão Santa. Todos nós chegamos aqui como filhotes do apoio e da luta da candidatura própria a Presidente, por isso nós a defendemos.

E o PMDB não se vende. O PMDB não será rabo do PT. O PMDB pertence ao povo e à democracia.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/02/2006 - Página 4535