O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nos últimos anos, os grandes acontecimentos políticos e sociais foram influenciados pelos meios de comunicação, avalia o arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira.

É verdade, tanto que o próprio Arcebispo amazonense dedica uma parte de seu tempo à Internet, revelando-se, diz o jornal Correio Amazonense, uma pessoa antenada com os problemas do mundo moderno.

Por isso, na entrevista que concedeu ao jornal do Amazonas, Dom Luiz sugere: Precisamos aceitar e entender as diferenças para crescer como indivíduos e como sociedade.

Ao tratar dos chamados ícones da comunicação, como, entre outros, o padre Sérgio Lúcio, de Manaus, o Arcebispo lembra que os ícones não são impostos; o povo é que faz de alguém um ícone, o que, para ele, é um fenômeno natural na comunicação social. Ele acha que isso é bom, pois as pessoas que o povo elege como ícones são pessoas com o dom de comunicar, em benefício do povo.

Sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, Dom Luiz observa que, ao escolhê-lo, a CNBB procurou atender aos pedidos que chegam à Igreja, no caso, em 2006, a atenção a pessoas com deficiência.

Explicou, a propósito, que o tema Fraternidade e Pessoas com deficiência foi escolhido em 2004, como sempre com dois anos de antecedência. O assunto, no seu entender, é relevante, diante das estatísticas do IBGE que acusa a existência no Brasil de 27 milhões de pessoas com alguma deficiência. Se a elas forem anexadas suas família, temos um universo de 100 milhões de pessoas envolvidas de alguma forma com essa questão.

Encerro esse assunto, aplaudindo as palavras do Arcebispo de Manaus.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de dizer também, como segundo assunto, que esta é uma notícia auspiciosa para o Amazonas: a Prefeitura Municipal de São Paulo, por orientação do Prefeito José Serra, deverá adotar o mouse ocular, equipamento cujo projeto, e alta tecnologia, foi concebido inteiramente no Pólo Industrial e Manaus, em 2004.

Inventado pelo engenheiro eletricista Manuel Cardoso, o mouse ocular decodifica os movimentos e as piscadas do globo ocupar do deficiente, transformando-os em comandos para o computador.

O revolucionário mouse vai começar a ser produzido no PIM pela CCE, que já formalizou proposta ao Conselho de Administração da SUFRAMA, como confirma a Superintendente Flávia Grosso.

Na próxima sexta-feira, data da reunião do CAS, a proposta será levada a exame, como informa a Dra. Flávia Grosso. “Nessa reunião - diz ela - estaremos aprovando esse projeto, que, além de ter sido concebido no Amazonas,ensejará a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência. É uma comprovação de que o futuro chegou para o Pólo Industrial de Manaus.”

Por iniciativa da Fundação Paulo Feitoza, parceira da invenção do engenheiro Manuel Cardoso, até agora foram produzidos 25 mouses oculares, 15 deles em operação no País, graças a convênios da FPF com hospitais.

O Presidente da Fundação, Rogério Caetano, é entusiasta do equipamento e salienta seu grande alcance social. Ele disse ao jornal A Crítica, que o mouse ocular é como uma injeção de vida nas pessoas.

Felicito o inventor desse avançado equipamento, a industria CCE e a Superintendente da Suframa, Dra. Flávia Grosso, por mais esse iniciativa, que coloca o PIM e o meu Estado em posição de vanguarda no cenário tecnológico nacional.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o último assunto é para dizer que as pequenas cidades do interior do meu Estado, o Amazonas, sofrem com o crescimento da violência e não dispõem de policiais em número suficientes para conter as ações de bandidos que ali agem.

            Como explica o Prefeito de Maués, Sidney Leite, também Presidente da Associação de Municípios do Amazonas,

a situação preocupa e já é, infelizmente, fato rotineiro na totalidade das pequenas cidades amazonenses.

            Sidney chegou à conclusão de que uma das causas do aumento da violência nos pequenos municípios é a falta de policiais em todos eles. Os efetivos atuais são insuficientes, diz o Prefeito de Maués, com quem concorda o Prefeito de Urucará, a 261 quilômetros de Manaus. Ali, o delegado é um sargento da PM. Por isso, quando ele viaja, a cidade fica sem delegado, entregue à violência.

Os dois prefeitos foram entrevistados essa semana pelo jornal Correio Amazonense e ambos disseram que a as delegacias do interior do Amazonas ficaram esvaziadas porque muitos delegados passaram em concursos públicos para outras carreiras, como a magistratura. E, além disso, são numerosas as transferências para a Capital.

Diante do quadro, narrado pelos prefeitos, dirijo apelo ao Governador Eduardo Braga, no sentido de uma ação mais enérgica que possa reduzir a violência no Amazonas.

A propósito, o presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia Civil do AM, Hilton Ferreira, faz apelo semelhante ao Governador, inclusive sugerindo que, nos próximos concursos públicos, as inscrições sejam regionalizadas, a fim de que os aprovados sejam nomeados para as cidades em que se inscreveram.

É o apelo que dirijo ao Governador Eduardo Braga.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.