Discurso durante a 10ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Solicita a transcrição, nos Anais do Senado, das matérias intituladas "9 lições para uma vida melhor", publicada no dia primeiro do corrente na revista ISTOÉ; e "Ao som da Amazônia, publicada no jornal Correio Braziliense de 4 do corrente, além de pronunciamento sobre a gripe aviária.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA. POLITICA CULTURAL. SAUDE.:
  • Solicita a transcrição, nos Anais do Senado, das matérias intituladas "9 lições para uma vida melhor", publicada no dia primeiro do corrente na revista ISTOÉ; e "Ao som da Amazônia, publicada no jornal Correio Braziliense de 4 do corrente, além de pronunciamento sobre a gripe aviária.
Publicação
Publicação no DSF de 07/03/2006 - Página 6884
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA. POLITICA CULTURAL. SAUDE.
Indexação
  • QUESTIONAMENTO, INEFICACIA, PROVIDENCIA, GOVERNO FEDERAL, PREVISÃO, CHEGADA, BRASIL, EPIDEMIA, DOENÇA ANIMAL, CONTAMINAÇÃO, FRANGO.
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), LANÇAMENTO, DISCO, GRUPO, MUSICA POPULAR, HOMENAGEM, FLORESTA AMAZONICA.
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ADVERTENCIA, NOCIVIDADE, EFEITO, EXCESSO, FADIGA, SAUDE, PESSOAS.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Encaminho à Mesa três curtos pronunciamentos. Num deles, lembro que, sobre a gripe aviária, que ameaça tornar-se pandemia, fiz requerimento de informações ao Ministro da Saúde no ano passado, indagando das providências que vejo pálidas, flébeis e frágeis para evitar algo que pode complicar terrivelmente a economia e a vida dos brasileiros.

O outro pronunciamento visa saudar o grupo musical formado por Luiz Bueno e Fernando Melo, que gravou o discoPrecioso”, por meio do qual homenageia, com som magistral, as águas, a floresta e a biodiversidade da minha belíssima Amazônia.

Finalmente, Sr. Presidente, o terceiro pronunciamento solicita a inclusão nos Anais de matéria das jornalistas Cilene Pereira e Mônica Tarantino, da revista IstoÉ, alertando para o perigo do stress, pois, no momento, temos muitos motivos para tanto: mensalão, corrupção, escândalos e mais escândalos. É bom parar um pouco e ver que é possível viver melhor. A matéria das duas jornalistas merece, pois, fazer parte dos Anais da Casa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEUS PRONUNCIAMENTOS.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“9 lições para uma vida melhor”, matéria da revista IstoÉ, de 1º de março de 2006.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faltam 18 meses para a gripe aviária virar uma pandemia mundial, com a ameaça de matar 50 milhões de pessoas.

Faltam 5 meses para o vírus chegar ao Brasil.

Apesar da séria ameaça, o Brasil limitou-se a algumas poucas medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, que proibiu a importação de produtos derivados de aves procedentes de países onde a gripe já existe, além do monitoramento de sobras de alimentos servidos a bordo de aviões procedentes das áreas afetadas. Também foram compradas 90 milhões de vacina (T amiflu)

            No mais, o Governo anda muito distante de qualquer outra providência mais efetiva, como, por exemplo, a montagem de uma equipe de técnicos para estudo e pesquisa e, quem sabe se preparar para lançar uma campanha nacional e ampla de vacinação de aves.

A Revista IstoÉ de 8 de maio deste ano publica um bom levantamento sobre a gripe aviária, com dados precisos da Organização Mundial de Saúde, mostrando as rotas da doença e informando que o Brasil não está livre de vir a ser afetado.

Diante dos riscos a que se expõe o País, encaminhei, no ano passado, requerimento de Informações ao Ministro da Saúde, para que o Senado se inteirasse acerca das providências do País para enfrentar o grave problema. De lá para cá, pouca coisa fez o Governo, pelo que trago novamente este alerta ao Plenário.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, registro com prazer a iniciativa do grupo musical Duofel, de São Paulo, que acolheu temas da Amazônia para as apresentações comemorativas do seu jubileu de prata, incluindo espetáculos ao vivo em Brasília e o lançamento de um cd com os motivos da floresta, as águas e a biodiversidade.

O grupo é formado por Luiz Bueno e Fernando Melo e o disco é denominado Precioso.

Estou anexando a este breve pronunciamento a matéria que, a respeito, foi publicada pelo jornal Correio Braziliense, edição de 4 de março de 2006, intitulada “Ao som da Amazônia”, para que, assim, passe a constar dos Anais do Senado.

Encerro, transmitindo cumprimentos ao Grupo Doufel, pela iniciativa, que contempla a região Amazônica.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.

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Matéria referida:

“Ao som da Amazônia.”

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faltam 18 meses para a gripe aviária virar uma pandemia mundial, com a ameaça de matar 50 milhões de pessoas.

Faltam 5 meses para o vírus chegar ao Brasil.

Apesar da séria ameaça, o Brasil limitou-se a algumas poucas medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, que proibiu a importação de produtos derivados de aves procedentes de países onde a gripe já existe, além do monitoramento de sobras de alimentos servidos a bordo de aviões procedentes das áreas afetadas. Também foram compradas 90 milhões de vacina (T amiflu)

            No mais, o Governo anda muito distante de qualquer outra providência mais efetiva, como, por exemplo, a montagem de uma equipe de técnicos para estudo e pesquisa e, quem sabe se preparar para lançar uma campanha nacional e ampla de vacinação de aves.

A Revista IstoÉ de 8 de maio deste ano publica um bom levantamento sobre a gripe aviária, com dados precisos da Organização Mundial de Saúde, mostrando as rotas da doença e informando que o Brasil não está livre de vir a ser afetado.

Diante dos riscos a que se expõe o País, encaminhei, no ano passado, requerimento de Informações ao Ministro da Saúde, para que o Senado se inteirasse acerca das providências do País para enfrentar o grave problema. De lá para cá, pouca coisa fez o Governo, pelo que trago novamente este alerta ao Plenário.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na semana passada, sugeri o início de um debate que possa apontar rumos para o Brasil, com análises serenas, mas altivas, sem qualquer gesto de passar carinhosamente a mão nos numerosos culpados da cena nacional, todos soltos e impunes e com um único pensamento, o de ficar por mais tempo.

Os corruptos de hoje nasceram sob a égide de um grupo que chegou ao Governo com a idéia, por enquanto, de fazer o que não deveria e de não fazer o que deveria fazer. É o caminho para implantar um ciclo autoritário de poder.

            Como cotidiano desta fase, absurdos se sucedem em meio a uma cara propaganda oficial que tenta mostrar um Brasil que não é o nosso, não é o Brasil do povo que nele vive nem é, tampouco, o Brasil com que sonhamos.

O Brasil com que sonhamos é, antes de tudo, um país sério, democrático e livre. A democracia custou muito ao povo e não será um grupo de aventureiros que haverá de substituí-la pelo autoritarismo.

Estamos vigilantes.

Como no cenário da Sra. Hendersen, prosseguiremos, apesar da borrasca que o grupo petista impõe ao País.

The show must go on.

Traduzo, adaptando: Continuaremos, apesar das ameaças.

Sr. Presidente, a história do autoritarismo e das ditaduras é muito igual no mundo inteiro. O Governo que se pretende autoritário faz as alianças mais absurdas e espúrias, procura cercear a livre manifestação e compra, com dinheiro público ou de origem duvidosa o apoio necessário a uma tal escalada.

            Há, todo dia, em todos os veículos de informação ao menos indícios de uma escalada de autoritarismo, com relatos dos riscos a que se expõe o Brasil a partir desses três últimos anos.

A revista Veja desta semana exibe alguns desses indícios, pondo a nu acordos e esquemas que se montam com impudência e descaramento, não raro em próprios públicos, agora revelados com fotos em cores: Lula conversa com Ratinho durante churrasco na Granja do Torto: tudo pago?

Na matéria de capa, um apêndice para esse esquema: Valério pode (.......) contar como o PT pagou parar Ratinho fazer elogios a Lula.

Logo a seguir, seguindo o combinado, o apresentador tentou minimizar críticas que, como Líder de oposição, fiz desta tribuna. Foi irônico, pensando que fazia graça, a ponto de propositadamente de fingir que seria um Senador de algum lugar, como se ele soubesse ironizar. Tudo bate.

A matéria de Veja traz na capa o título “O Mensalão II”, e, como títulos auxiliares:

Fitas explosivas

Propina para perdoar dívida com Itaipu

E

Dinheiro para Ratinho

elogiar Lula na TV

            Nas páginas internas, o título “Valério Ameaça Falar”.

Muitos supõem que os mais implicados nos escândalos nascidos com orientação direta de ante-salas do Palácio do Planalto estão calados pela força do dinheiro. São pagos para não falar.

            A reportagem é rica em pormenores e reproduz, inclusive, trechos de gravação com conversas do advogado Roberto Bertholdo, membro do Conselho de Administração da Itaipu Binacional.

Leio o trecho da gravação:

No decorrer de 2004, o advogado Roberto Bertholdo, membro do conselho de administração de Itaipu até fevereiro de 2005, foi grampeado por um ex-sócio. O ex-sócio, o também advogado Sérgio Renato Costa Filho, gravou cerca de 200 horas de conversa que ele próprio manteve com Bertholdo. VEJA teve acesso a uma parte das gravações. No trecho abaixo, Bertholdo faz menção a um acordo pelo qual o PT pagaria "cinco paus" ao apresentador Carlos Massa, o Ratinho, e conta que um dos negociadores era Delúbio Soares, então tesoureiro petista. A polícia acredita que "cinco paus" sejam 5 milhões de reais

Bertholdo - É só fazer um acordo entre o Ratinho e o PT.

Costa Filho - Ah, é?

Bertholdo - Aí, o Ratinho fala bem do PT até o final do ano.

Costa Filho - Como foi a conversa com o Ratinho? Vocês não foram lá para São Paulo?

Bertholdo - O Ratinho não tava lá. Nós conversamos com o Sérgio (personagem não identificado).

Costa Filho - Esse Sérgio que tá centralizando tudo?

Bertholdo - O PT topou pagar. Cinco paus.

(...)

Bertholdo - Na segunda-feira eu vou, eu e o Ratinho e o Borba (José Borba, então líder do PMDB na Câmara dos Deputados), no avião do Ratinho, pra pegar o Delúbio, que é o tesoureiro. Pra fazer um acerto de uns cinco paus.

Costa Filho - Hum-hum.

Estou anexando a este pronunciamento o inteiro teor dessa reportagem, que expõe o Governo Lula.

Não é só. A escalada do autoritarismo, estimulada pelo comportamento de Lula, mostra outro episódio dos meandros desse Governo, o famoso capítulo Okamoto. Está também em duas páginas e meia da revista Veja, com este título:

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Anexos.”


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/03/2006 - Página 6884