Discurso durante a 17ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo ao Ministro dos Transportes, ao Presidente do DNIT e ao Presidente da República em favor da recuperação da BR-364, rodovia federal que corta todo o Estado de Rondônia, e se encontra em situação lastimável.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Apelo ao Ministro dos Transportes, ao Presidente do DNIT e ao Presidente da República em favor da recuperação da BR-364, rodovia federal que corta todo o Estado de Rondônia, e se encontra em situação lastimável.
Publicação
Publicação no DSF de 16/03/2006 - Página 8137
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, MEDIDA DE EMERGENCIA, GOVERNO FEDERAL, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, RODOVIA, ESTADO DE RONDONIA (RO), ESPECIFICAÇÃO, PERIODO, CHUVA, DIFICULDADE, MANUTENÇÃO, APREENSÃO, PARALISAÇÃO, TRAFEGO, REGISTRO, GESTÃO, ORADOR, DIRETOR, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR).

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para fazer um apelo ao Ministro dos Transportes, ao Diretor-Geral do DNIT, Dr. Mário Barbosa, e também ao Presidente da República sobre a situação da BR-364, nossa rodovia federal, que corta todo o Estado de Rondônia, que vai da divisa do Estado do Mato Grosso até a divisa com o Peru, passando por Rondônia e pelo Estado do Acre, e mais um braço, que é a BR-425, que vai de Abunã a Guajará-Mirim. A situação da 429, que vai de Presidente Médici a Costa Marques, também é lastimável, assim como da BR-425, que vai de Ariquemes a Campo Novo.

Sabemos que, neste período, nossas estradas federais, principalmente no norte do Brasil, na Amazônia, sofrem um impacto muito forte das chuvas. É o período chuvoso, o inverno amazônico, e fica difícil, às vezes, para o DNIT ou para as empresas contratadas pelo órgão fazerem a manutenção dessas rodovias.

Por outro lado, Sr. Presidente, o transporte não pode parar. As pessoas que andam de ônibus, que andam de táxi, que andam em seus carros particulares também não podem parar. Só que, lamentavelmente, a situação hoje está chegando a ponto de quase interromper, muitas vezes interrompendo, trechos dessas BRs, como a 429, que, recentemente, esteve interrompida entre São Miguel e Costa Marques por problema de atoleiros, porque ainda é uma estrada de chão.

Mas falo aqui mais especificamente da BR-364, que é a espinha dorsal do Estado de Rondônia, por onde é transportada grande parte da produção de soja do Estado do Mato Grosso, do sul do Estado de Rondônia, além de ser por onde é transportada grande parte da matéria-prima que vai para a Zona Franca de Manaus, para o pólo industrial de Manaus, que sai do Estado de São Paulo ou dos portos brasileiros - porque muitos desses componentes são importados -, também passa pela BR-364, que vai até o porto de Porto Velho para ser embarcada para o pólo industrial de Manaus. Então, essa BR é a vida de Rondônia e hoje está, em alguns pontos, quase intransitável.

Já reclamei pessoalmente ao Diretor-Geral do Dnit, Dr. Mauro Barbosa, da situação calamitosa em que se encontra a nossa BR-364. Os acidentes ocorrem com freqüência, principalmente à noite, quando se dá o encontro dos carros, até por causa da chuva. Sempre está chovendo nesse período e o reflexo dos faróis dos carros acaba atrapalhando o motorista. Quando esse cruzamento se dá numa região esburacada, é quase inevitável um acidente. Falta reflexo ao motorista na hora, que acaba jogando o carro fora da estrada ou em cima do outro veículo em sentido contrário.

Pude presenciar, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, recentemente, numa viagem de Porto Velho à Cidade de Cacoal, a quinhentos quilômetros da nossa Capital, dois acidentes com vítimas fatais. Então, não é só o problema do prejuízo causado pela demora no transporte, os danos aos veículos que lá transitam, mas também o prejuízo à vida. E esse prejuízo é irrecuperável, esse prejuízo é o mais lamentável de toda essa situação, porque pessoas perdem a vida, familiares perdem seus entes queridos.

Por isso, venho a esta tribuna hoje, Sr. Presidente, fazer este apelo dramático às autoridades da área de transportes, apelo ao Diretor da Unit de Rondônia, ao Diretor-Geral do Dnit em Brasília, Dr. Mauro Barbosa, e ao Ministro dos Transportes, no sentido de que destinem verbas o mais rápido possível, já que estamos hoje trabalhando com a operação tapa-buracos, em caráter emergencial, para dar um paliativo às BRs federais em todo o Brasil. Então, eu vou pedir: não se esqueçam de Rondônia, pelo amor de Deus! Não se esqueçam das BRs federais de Rondônia. Vamos atacar, o mais rápido possível, esse problema. Se não houver contratos com empresas terceirizadas, contratem o Exército brasileiro, contratem o 5º BEC de Rondônia, para fazer uma operação emergencial lá, já que Rondônia ficou fora da operação emergencial tapa-buracos.

Assim, peço que resolvam esse problema, ou através do Exército Brasileiro, ou através de empresas contratadas emergencialmente, ou através de empresas cujos contratos não receberam ainda ordem de serviço. Se isso existir, que essa ordem seja dada o mais rápido possível, principalmente no que se refere à BR-364, no trecho de Vilhena a Porto Velho, de Porto Velho à divisa do Estado do Acre; de Abunã a Guajará-Mirim, na BR-425; à BR-429, como já falei, de Presidente Médici a Costa Marques, e a BR-421, de Ariquemes a Campo Novo.

Era esse o meu apelo, o meu pronunciamento, Sr. Presidente.

Muito obrigado pela compreensão.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/03/2006 - Página 8137