O SR. ANTERO PAES DE BARROS (PSDB - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Está bem. Eu vou encaminhar o assunto.

Eu fico triste. Com muita sinceridade, fico triste. Se partisse de uma figura menos querida, isso não me assustaria tanto. Mas fico triste quando o Senador Tião Viana propõe isso.

Senador Tião, o que o PT deveria fazer era propor a esse caseiro o que propôs àquele cidadão dos Correios que achou os dez mil e os devolveu. Esse cidadão não é para ser investigado, mas é para ser condecorado!

Não existe nada, absolutamente nada na lei que autorize o Senado da República a endossar a violência do PT, a violência de setores do Governo que invadiram a conta do caseiro. Por que isso? Quebrar o sigilo bancário do caseiro? Está quebrado! Está quebrado o sigilo do Sr. Francenildo. Ou não está?

Ele deu o depoimento de manhã e, no outro dia, estava nas redações dos jornais.

O Sr. Antonio Carlos Magalhães (PFL - BA) - Eles só arrombam porta aberta.

O SR. ANTERO PAES DE BARROS (PSDB - MT) - Estava na redação dos jornais. Querer fazer troca disso? O cidadão é simples e é honrado. O Sr. Paulo Okamotto não é simples e tem o que esconder. É diferente.

Perguntaram para o garoto, e ele explicou rapidamente a questão das suas contas. Tenho dificuldades de fazer essa violência contra os humildes. Essa violência é injustificável. Proporia que se quebrasse o sigilo de nós todos da Oposição, do Senado inteiro, para verificar se foi alguém que contribuiu. Por que fazer essa violência contra o rapaz que teve a coragem cívica, diante de uma CPI, com todas as luzes, de dizer que existia, sim, a República de Ribeirão? Por que, em vez de condecorá-lo, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva manda invadir a conta do caseiro? Ou isso também o Lula não sabia? Ou isso também ele não sabe? Não dá para aceitar isso. 

Sr. Presidente, vou reapresentar a quebra de sigilo do Sr. Paulo Okamotto na CPI, enquadrando-o conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal - no prazo e para quebrar.

Inclusive, essa é uma prática antiga do PT. Lembro o episódio do Ibsen Pinheiro, quando o Sr. Waldomiro Diniz foi lá, todo serelepe, entregar o sigilo que acabou resultando na cassação do Sr. Ibsen Pinheiro. Depois, a história documentou, pela reportagem da revista Istoé. Então, não dá autorização ao PT, porque agia assim quando estava na Oposição, de entender que agora é a Oposição quem está irrigando essa questão do caseiro.

Vou diariamente pedir ao meu chefe de gabinete para informar a minha conta. Só tenho uma conta, que é no Banco do Brasil, e vou diariamente mandar a conta para o Márcio Thomaz Bastos, porque já sabe mesmo. Hoje, liguei para o Banco para pegar o saldo, que é de R$ 13.547,00. Todo dia darei o saldo aqui para o Sr. Márcio Thomaz Bastos. Incrivelmente, é credor.

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