Discurso durante a 34ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a violência no estado do Pará, ocorrida hoje, levada a cabo pelo MST. (como Líder)

Autor
Juvêncio da Fonseca (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Juvêncio Cesar da Fonseca
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA AGRICOLA. MOVIMENTO TRABALHISTA.:
  • Considerações sobre a violência no estado do Pará, ocorrida hoje, levada a cabo pelo MST. (como Líder)
Aparteantes
Eduardo Azeredo, Flexa Ribeiro, Tasso Jereissati.
Publicação
Publicação no DSF de 05/04/2006 - Página 10965
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA AGRICOLA. MOVIMENTO TRABALHISTA.
Indexação
  • PROTESTO, CONDUTA, GOVERNO FEDERAL, ESPECIFICAÇÃO, UTILIZAÇÃO, VIOLENCIA, POLICIA FEDERAL, INVASÃO, HOSPITAL, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO PARA (PA), OBJETIVO, BUSCA, IRREGULARIDADE, PAGAMENTO, MEDICO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EXAME, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REPUDIO, MOVIMENTO TRABALHISTA, SEM-TERRA, UTILIZAÇÃO, VIOLENCIA, TENTATIVA, OBSTACULO, DESENVOLVIMENTO, ATIVIDADE AGRICOLA, BRASIL, ACUSAÇÃO, NEGLIGENCIA, GOVERNO FEDERAL.
  • CRITICA, AUTORITARISMO, GOVERNO FEDERAL, INEFICACIA, POLITICA AGRICOLA, REFORÇO, ECONOMIA NACIONAL.
  • PROTESTO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, INDIO, BLOQUEIO, RODOVIA, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), SEMELHANÇA, CONDUTA, MOVIMENTO TRABALHISTA, SEM-TERRA.

O SR. JUVÊNCIO DA FONSECA (PSDB - MS. Pela Liderança do PSDB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, V. Exª é liberal, democrata. Isso é muito importante para a Mesa e para que aqueles que talvez tenham menos projeção política não sejam cortados

pela Mesa. V. Exª nos dá essa garantia, e isso é importante.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Quanto à projeção, não está se referindo a V. Exª.

O SR. JUVÊNCIO DA FONSECA (PSDB - MS) - Não. De forma nenhuma.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - V. Exª é maior do que o Mato Grosso do Sul e do que o Brasil. V. Exª representou muito bem este Senado na justa homenagem ao nosso Senador Ramez Tebet. Fiquei orgulhoso com a sensibilidade do pronunciamento de V. Exª.

O SR. JUVÊNCIO DA FONSECA (PSDB - MS) - Obrigado, Senador Mão Santa.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, incumbiu-me o nosso Líder Arthur Virgílio de registrar aqui um fato. Mesmo estando ao lado do corpo de sua mãe, S. Exª não deixa de trabalhar e delegou-me esta tarefa que faço com muito orgulho.

Antes, junto minhas palavras àquelas de pesar ditas aqui hoje, em razão do passamento da sua genitora.

Uso da palavra para fazer o registro de mais um capítulo da violência que se vai ampliando no Governo do Presidente Lula. Desta vez, no Estado do Pará.

Pela manhã, o Senador recebeu um telefonema do Governador Simão Jatene informando que houve uma operação policial no Hospital Abelardo Santos, no Distrito de Coaracy, em Belém. Pela descrição, a operação mais parecia uma ação de bandidos mascarados, apreendendo computadores e lacrando salas e armários. Da invasão não foi avisado nem mesmo o Governador Jatene, embora o hospital pertença à rede da Secretaria de Saúde do Estado do Pará. Os policiais federais chegaram abruptamente e, posteriormente, alegaram que estavam em busca de documentos relativos a uma auditoria realizada há seis anos, em 2000, com base em denúncia de que o hospital havia efetuado irregularmente 102 pagamentos a médicos que ali serviam. De lá para cá, embora a Secretaria de Saúde do Estado tivesse levado a denúncia ao conhecimento do SUS, nada mais se falou nem mesmo por iniciativa do órgão que realizou a auditoria.

Não entro no mérito dos motivos alegados para a invasão, mas tenho o dever de alertar o Governo Lula da crescente escalada de violência que caracteriza a administração petista. Esquece o Presidente Lula que violência gera violência. Quanto mais cresce a violência, mais cresce a resistência.

Fica aqui o nosso protesto. O Governo Lula está ampliando um regime de terror no Brasil. A quem convém a violência?

Em razão desse registro, não me furto de rememorar o que disse aqui hoje, na parte da manhã...


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/04/2006 - Página 10965