Pronunciamento de Maguito Vilela em 04/04/2006
Discurso durante a 34ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem a Jataí/GO pelo transcurso dos 51 anos da visita do então candidato a presidente da República, Juscelino Kubitschek, quando afirmou que construiria a capital federal no Planalto Central.
- Autor
- Maguito Vilela (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
- Nome completo: Luiz Alberto Maguito Vilela
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
:
- Homenagem a Jataí/GO pelo transcurso dos 51 anos da visita do então candidato a presidente da República, Juscelino Kubitschek, quando afirmou que construiria a capital federal no Planalto Central.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/04/2006 - Página 10976
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, MUNICIPIO, JATAI (GO), ESTADO DE GOIAS (GO), OPORTUNIDADE, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, VISITA, JUSCELINO KUBITSCHEK, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMPROMETIMENTO, CONSTRUÇÃO, TRANSFERENCIA, CAPITAL FEDERAL, DISTRITO FEDERAL (DF).
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, CIDADÃO, MUNICIPIO, JATAI (GO), ESTADO DE GOIAS (GO), RESPONSAVEL, INTERPELAÇÃO, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, TRANSFERENCIA, CAPITAL FEDERAL.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, agradeço a compreensão do ilustre Senador Pedro Simon e também ao ilustre Senador Garibaldi Alves Filho por ter-nos cedido este espaço.
Sr. Presidente, para mim, é importante prestar hoje mais uma homenagem à minha cidade, Jataí, no sudoeste goiano. Exatamente hoje, dia 4 de abril, estamos comemorando 51 anos da célebre pergunta do Toniquinho JK, Antônio Soares Neto, a Juscelino Kubitschek.
Há 51 anos, exatamente no dia 4 de abril de 1955, Juscelino descia em Jataí, onde faria um grande comício na Praça Tenente Diomar Menezes. Uma chuva torrencial que caiu sobre a cidade e impediu que o maior estadista brasileiro fizesse o seu pronunciamento. Mas Juscelino, com a sua determinação, com a sua firmeza, disse que iria fazê-lo. E o fez, realmente, em uma oficina mecânica da Studebaker, local ainda intacto na cidade de Jataí.
Foi durante esse pronunciamento, aproximadamente às 11h30min, que o Toniquinho (Antônio Soares Neto) fez aquela célebre pergunta: se Juscelino, quando eleito, cumpriria os Dispositivos Transitórios da Constituição brasileira que determinavam a transferência da Capital para o Planalto Central. Juscelino parou por um instante, pensou e respondeu ao Toniquinho - que estava no meio da multidão - que, se eleito, cumpriria a Constituição. A partir daquele dia histórico, 4 de abril de 1955, Juscelino comprometeu-se, não só com Toniquinho e com Jataí mas com todo o Brasil, a transferir a Capital, o que realmente fez, cumprindo com sua palavra.
É importante que o político cumpra com sua palavra; que assuma compromissos e depois os cumpra religiosamente, rigorosamente.
Coincidentemente, Sr. Presidente, o Toniquinho (Antônio Soares Neto) é meu cunhado, marido de minha irmã mais velha. Toniquinho completou, agora, 81 anos de existência. Está extremamente bem fisicamente, lúcido e, inclusive, escrevendo um livro em que vai contar toda a realidade ocorrida no dia 4 de abril de 1955. Toniquinho é uma das pouquíssimas testemunhas vivas desse acontecimento, e será importante para o Brasil que deixe escrito em suas memórias tudo o que aconteceu, com a máxima fidelidade possível.
Já ouvi vários pronunciamentos no Senado da República, já li alguns livros sobre a história da mudança da capital, assisti à minissérie JK, e todos, sem exceção, erraram em alguma coisa. Na minissérie, por exemplo, o principal ator chama o Toniquinho de “Branquinho da Farmácia”. Ele nunca atendeu por esse apelido e nunca teve farmácia. Quer dizer, foi um erro que a história não pode registrar. Já li livros em que o nome do Toniquinho, que é Antonio Soares Neto, está como Antonio Soares Carvalho.
Enfim, Toniquinho é a pessoa preparada, extremamente lúcida, competente, a pessoa talhada para escrever, com toda a fidelidade, o que aconteceu naquele 4 de abril de 1955, em Jataí, em uma oficina mecânica da Studebaker, quando Juscelino fez um pronunciamento na carroceria de um desses caminhões Studebaker, e assumiu esse compromisso.
A minha cidade, Jataí, comemora hoje os 51 anos da célebre pergunta feita a Juscelino Kubitschek. Jataí, no sudoeste goiano, naquela época, era uma cidade pequena e, hoje, é uma cidade de médio porte, com 120 mil eleitores. Sem dúvida alguma, Jataí comemora hoje os 51 anos da visita do maior estadista brasileiro àquela cidade.
Por que Juscelino escolheu Jataí? Porque ela era o maior reduto pessedista do Brasil naquela época. A História também não retrata com fidelidade esse aspecto. Por que Juscelino escolheria uma cidade pequena do sudoeste goiano ao invés de escolher uma cidade de Minas Gerais, seu Estado, ou outra cidade qualquer, uma capital como São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte? Por que escolher Jataí? Porque, proporcionalmente, ela era o maior reduto pessedista do Brasil. É importante que a História registre esse fato.
Foi por isso, Sr. Presidente, que fiz questão de vir a esta tribuna comemorar, com a minha cidade de Jataí e com meus conterrâneos, os 51 anos desse feito histórico que foi a pergunta de Antônio Soares Neto, o Toniquinho, que esteve recentemente aqui conosco, relatando esse fato.
Sr. Presidente, agradeço muito a oportunidade que V. Exª nos deu. Agradeço também ao Senador Garibaldi Alves Filho e ao Senador Pedro Simon.
Tratarei novamente do assunto, desta tribuna, com maiores detalhes ainda.
Muito obrigado.
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