O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PSDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a revista Veja da semana passada revelou que um alto funcionário do Ministério da Justiça estava na casa do ex-ministro Antonio Palocci quando o ex-presidente da CEF lhe entregou o extrato bancário do caseiro Francenildo. A presença do funcionário do Ministério da Justiça na casa de Palocci levantou a suspeita de envolvimento do Ministro Márcio Thomaz Bastos naquele episódio.

Pois bem. A mesma revista Veja, agora em sua edição de 12 de abril do corrente, publicou matéria intitulada ”O ministro foi cúmplice”, mostrando que “Veja descobriu que, sete dias depois do convescote inicial na casa de Palocci, o próprio Márcio Thomaz Bastos foi à residência oficial do ex-ministro da Fazenda com uma missão ainda mais imprópria: descobrir uma maneira de encobrir a participação da cúpula do governo no crime”. Ainda segundo a matéria, “Márcio Thomaz Bastos tem o dever de proteger os direitos dos cidadãos. Mas ajudou Palocci a encobrir o crime de violação do sigilo do caseiro Francenildo”.

A matéria faz, também, um paralelo do episódio com o caso Watergate que, em 1974, levou o presidente dos Estados Unidos da América, Richard Nixon, à renúncia.

Sr. Presidente, solicito que a matéria acima citada seja considerada parte deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo assunto é para comentar o artigo intitulado “O rei solitário”, de autoria do jornalista Celso Ming, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de 29 de março do corrente.

O artigo resume o que foi para o governo a demissão do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci: “Lula é um rei cada vez mais solitário. Perdeu quase todos os companheiros que tinham certa experiência em administração pública”. E continua: “O PT recrutou professores de corrupção entre os agentes ligados a empreiteiras de lixo e empresas de transporte municipal. O resultado disso é o exercício tosco da coisa, que larga digitais por onde passa e desestabiliza a administração pública”.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para requerer que o referido artigo seja considerado como parte integrante deste pronunciamento para que, assim, passe a integrar os Anais do Senado Federal.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR JOÃO BATISTA MOTTA EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“O Ministro foi cúmplice.”

“O rei solitário.”

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