Discurso durante a 40ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do jurista Miguel Reale.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Pesar pelo falecimento do jurista Miguel Reale.
Publicação
Publicação no DSF de 18/04/2006 - Página 12050
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MIGUEL REALE, JURISTA, INTELECTUAL, PROFESSOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sou autor de, pelo menos, um dos requerimentos que manifestam pesar pelo falecimento do jurista Miguel Reale.

            Fui colega de Ministério, no governo passado, do seu filho, jurista igualmente brilhante, Miguel Reale Júnior, e ressalto alguns pontos da vida do imortal Professor Miguel Reale. Por exemplo, o fato de ter sido ele Reitor da Universidade de São Paulo quando começava a viger o Ato Institucional nº 5, tendo se portado com equilíbrio, como alguém que conhecia todo o quadro ditatorial a sua volta, mas que sabia, como ninguém, defender as prerrogativas da reitoria que exercia e a autonomia da universidade que representava.

            Se eu tivesse que compará-lo com outros vultos da ciência jurídica brasileira, o faria trazendo à baila nomes como Pontes de Miranda, Clóvis Bevilacqua, nomes desse porte, nomes desse jaez, figuras e vultos dessa magnitude.

            Portanto, Sr. Presidente, na hora em que se discute requerimentos - e pelo menos um deles é de minha autoria -, homenageando o Ministro Miguel Reale, transmito aqui o mais afetuoso e mais caloroso abraço a toda família Reale, na pessoa de seu filho, Miguel Reale Júnior, dizendo algo que, sem dúvida, não servirá de consolo - acabei, eu próprio, de perder a minha mãe há tão pouco tempo. Não serve de consolo, mas certas figuras são mesmo imortais, seja pelo que realizaram por todos, seja pelo que realizaram por alguns. Minha mãe, pelo que realizou por poucos; e Miguel Reale, pelo que conseguiu realizar por tantos neste País. Mas que é imortal, é imortal. E o Brasil vai, a partir de agora, saber saudá-lo e saber reverenciá-lo pelo muito que representou no panorama intelectual de nossa Pátria, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/04/2006 - Página 12050