Discurso durante a 43ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reitera intenção de se candidatar ao governo do Distrito Federal.

Autor
Paulo Octávio (PFL - Partido da Frente Liberal/DF)
Nome completo: Paulo Octávio Alves Pereira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA.:
  • Reitera intenção de se candidatar ao governo do Distrito Federal.
Aparteantes
Aelton Freitas, Gilvam Borges, José Agripino, Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 21/04/2006 - Página 12836
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • INFORMAÇÃO, VIDA PUBLICA, ORADOR, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, CRESCIMENTO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA FRENTE LIBERAL (PFL), DISTRITO FEDERAL (DF), OCORRENCIA, DIFICULDADE, ESCOLHA, CANDIDATO, GOVERNADOR, COMENTARIO, CONSULTA, MEMBROS, COMISSÃO EXECUTIVA, MAIORIA, REJEIÇÃO, NOME, JOSE ROBERTO ARRUDA, DEPUTADO FEDERAL, CANDIDATURA, GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL (GDF), DIVERGENCIA, PEDIDO, DISSOLUÇÃO, DIRETORIO PARTIDARIO, DEFESA, ENTENDIMENTO.
  • JUSTIFICAÇÃO, VANTAGENS, CANDIDATURA, ORADOR, ELEIÇÕES, GOVERNADOR, DISTRITO FEDERAL (DF), DEFESA, ENTENDIMENTO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA FRENTE LIBERAL (PFL).

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Paulo Paim, Srªs e Srs. Senadores, assomo à tribuna hoje para prestar esclarecimentos a respeito de notícias divulgadas na imprensa, nas últimas duas semanas, que representam divagações sobre o Partido que presido aqui em Brasília.

Primeiramente, quero deixar claro que tenho muito orgulho de ter-me filiado ao PFL, pela primeira vez, há 20 anos, quando da fundação do Partido, em 1986, a convite do nosso estimado Presidente de honra, Deputado Osório Adriano, que conduziu, por muitos e muitos anos, o Partido da Frente Liberal aqui no Distrito Federal.

Iniciei minha vida pública, efetivamente, no bojo da campanha de Presidente à República, em 1989. Nessa época, foi a primeira vez, Senador Paulo Paim, que depositei meu voto para Presidente. Votei para Presidente da República aos 39 anos de idade, pela primeira vez.

Entusiasmado pela aurora de democracia que o Brasil vivia naquele momento, resolvi também entrar na vida pública. Fui candidato a Deputado Federal, em 1990, ao lado do Governador Roriz e da Vice-Governadora Márcia Kubitschek, mãe da minha mulher, Anna Christina, e fizemos uma campanha vitoriosa: Roriz foi eleito em primeiro turno e eu fui o Deputado Federal mais votado em 1990. Aí começou a minha vida pública.

Fui eleito em 1990, fiquei afastado da política por alguns anos - de 1994 a 1998 -, e voltei, em 1998, como Deputado Federal, eleito pelo Partido da Frente Liberal. Fui também o mais votado da minha coligação naquele momento, quando fizemos uma coligação aqui, em Brasília, com o PSDB. Tentamos acompanhar, à época, o Senador Arruda em uma eleição ao governo de Brasília. Não fomos vitoriosos no governo, mas fui o mais votado Deputado Federal da coligação.

No ano 2000, assumi a Presidência do Partido da Frente Liberal, e tenho feito um esforço enorme para conduzir os destinos do Partido. Desde esse tempo, o Partido tem crescido muito. Hoje, Senador Paulo Paim, chegamos a 35 mil filiados em Brasília. O Partido, hoje, tem seis Deputados Distritais e três Deputados Federais. O Presidente da Câmara Legislativa pertence ao Partido, o Deputado Fábio Barcellos, assim como o Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Deputado Leonardo Prudente, e o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Deputado Brunelli; e a Líder do Governo Abadia, que já era Líder no Governo Roriz, também pertence ao nosso Partido, a ilustre Deputada Eliana Pedrosa.

Estamos fazendo com que o Partido cresça na cidade, que promova reuniões constantes e que marque presença. Tanto é que, hoje, em todas as pesquisas de opinião realizadas, o Partido ocupa os dois primeiros lugares. Isso mostra efetivamente o meu trabalho, um trabalho feito com muito esforço e com muita dedicação. Creio que os Senadores aqui presentes sabem como é difícil construir um partido, como é difícil presidir um partido e como é difícil fazer um partido crescer.

Hoje, eu diria que tenho muito orgulho do nosso PFL, porque ele cresceu muito aqui, em Brasília, nos últimos anos, desde que efetivamente dediquei grande parte da minha vida aos destinos dessa agremiação.

No ano de 2001, houve uma crise no Senado e daqui desligou-se um Senador de Brasília. Momento difícil! Fui o único político que esteve neste plenário buscando dar apoio ao então Senador Arruda, um apoio necessário a um homem que estava num momento muito difícil da sua vida. Convidei-o, inclusive, após o seu desligamento do PSDB, a ingressar no PFL. E temos procurado ter uma convivência harmoniosa, porque entendo que, acima de nós, está sempre o Partido. Em 2002, fomos candidatos - ele, a Deputado Federal; eu, a Senador - e os dois foram eleitos com uma grande votação, o que fez ainda mais crescer o Partido.

Nas últimas semanas, a convivência no Partido, apesar de harmoniosa entre os dois políticos, tornou-se mais difícil, pelo passar do tempo, pela indefinição, pela dificuldade em se definir um candidato. Preocupada com isso, a Executiva do Partido reuniu-se há duas semanas no sentido de buscar um indicativo que pudesse orientar, balizar a escolha do nosso Partido, assim como tem feito também o nosso Presidente Bornhausen. Nas consultas que fez aos Parlamentares para escolher o vice, do PFL, à chapa de Geraldo Alckmin, o PFL fez consulta, em Brasília, aos membros da Executiva. O resultado dessa consulta, divulgado há duas semanas, mostrou que doze membros da Executiva optaram pelo meu nome; e cinco membros optaram pelo nome do Deputado Arruda. Processo democrático, legítimo; processo normal, natural, limpo, cristalino, transparente, assinado - foi feita uma ata da reunião, de forma bem clara.

Infelizmente, alguns membros do Partido, descontentes, talvez, com o resultado da consulta feita aos membros da Executiva, resolveram entrar com um pedido de dissolução do Diretório na Executiva Nacional, motivados, talvez, pelo sentimento de descontentamento, por não ter sido vitorioso o candidato que apoiavam na consulta. Com isso, então, estabeleceu-se um momento difícil para o Partido, porque, logicamente, a imprensa começou a tratar o assunto de uma forma muito contundente, como se o Partido tivesse dificuldades em Brasília, como se tivesse irregularidades, situação essa que, logicamente, esclareceremos totalmente em tempo oportuno.

Mas o que queremos, no Partido, por meio dos diálogos que temos tido com o Presidente Nacional, Jorge Bornhausen; aqui, em Brasília, com o Deputado Osório Adriano e com o próprio Deputado José Arruda, é justamente o entendimento. Entendemos que o Partido, para ter uma candidatura forte ao Governo de Brasília, precisa estar unido. O que quero, como Presidente do Partido, é exatamente essa união. Em alguns momentos, entendo que essa união parece até difícil, mas quero dizer que vou perseverar nela, porque a minha política sempre foi a da construção, a política do trabalho, a política de resultados, a polícia da não-difamação. Jamais subi a esta tribuna, Senador Paulo Paim, para difamar, para caluniar, para injuriar qualquer outro político.

Entendo que o Brasil tem de mudar, e que nós, políticos, temos uma importância enorme no que diz respeito aos destinos do nosso País. Portanto, seguramente, temos de ter uma conduta que possa ser um espelho para os jovens brasileiros, que, muitas vezes, entendem os políticos de uma forma diferente. Temos de levantar a estima do brasileiro e, por isso mesmo, tenho muito cuidado na minha vida pública com o meu comportamento, com as minhas ações políticas, porque entendo que sou um referencial para milhares de jovens que vivem nesta cidade.

O Sr. Gilvam Borges (PMDB - AP) - Senador Paulo Octávio, V. Exª me permite um aparte?

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Com o maior prazer.

O Sr. Gilvam Borges (PMDB - AP) - Senador Paulo Octávio, quando V. Exª assoma à tribuna desta Casa, V. Exª o faz com autoridade moral, intelectual, de quem vence pela capacidade de trabalho e pelo compromisso social. Eu o conheço desde 1990, quando fomos colegas na Câmara dos Deputados. Portanto, não poderia deixar de aparteá-lo para lhe dizer que Brasília também se confunde com a sua própria história; uma história de labor, de muito trabalho, como os grandes programas sociais que V. Exª empreendeu nesta capital. Nos canteiros de obras de suas empresas, todos os trabalhadores participavam de grandes programas sociais, de alfabetização e outros. V. Exª nunca almejou apenas o lucro, mas o progresso, o desenvolvimento desta cidade. Onde se vê Paulo Octávio, vêem-se obras refinadas, perfeitas. Assim tem sido a sua vida, não só com a sua família, que é um exemplo - V. Exª é um freqüentador da Igreja, um homem temente a Deus -, mas também como o empresário de sucesso e como o homem público que é. V. Exª demonstra a sua capacidade de liderança quando estabelece estreita conversação com os seus possíveis concorrentes e busca, da melhor maneira possível, uma ampla frente onde todos possam estar bem colocados, em defesa de Brasília. Portanto, V. Exª tem moral para assumir a tribuna e defender os mais variados temas nacionais e, também, da sua querida Brasília. Portanto, Senador Paulo Octávio, receba os meus cumprimentos pelo brilhante pronunciamento. Aparteei o Senador José Agripino para lhe falar do seu perfil de grande tribuno e de homem didático. V. Exª soma o perfil do executivo ao do tribuno, pois fala muito bem, porém o Senador José Agripino tem um estilo especial e é, realmente, um grande professor. V. Exª tem sido um exemplo de Senador da República e tem o nome lembrado pela população brasiliense justamente pelo seu trabalho e os seus cabelos grisalhos, somados a uma grande experiência, um grande acervo. Parabéns, Senador Paulo Octávio. Esta augusta Casa orgulha-se de tê-lo em seus quadros, pois sua reputação dá brilho ao Senado Federal.

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Agradeço-lhe, Senador Gilvam Borges. Realmente, estes cabelos grisalhos são fruto dos últimos 16 anos de vida pública. Fomos colegas na Câmara dos Deputados, na legislatura de 1991 a 1995, e foi um prazer enorme tê-lo como companheiro. Agradeço-lhe e fico lisonjeado com as referências ao meu nome.

O trabalho continua, a nossa luta continua e a defesa por Brasília é intransigente.

Nobre Líder, Senador José Agripino, concedo um aparte a V. Exª.

O Sr. José Agripino (PFL - RN) - Senador Paulo Octávio, cumprimento V. Exª pelo pronunciamento que faz, em tom moderado e equilibrado. Acompanho as dificuldades que o nosso Partido está vivendo no Distrito Federal, onde tem duas expressões políticas muito fortes - V. Exª e o Deputado Arruda - que pleiteiam a indicação legitimíssima ao Governo de Brasília. Temos amplas chances de eleger o Governador de Brasília - quando falo “nós”, refiro-me ao Partido da Frente Liberal -, mas preciso fazer um testemunho: a história do PFL em Brasília foi escrita por muitos, mas a começar por V. Exª. Sou testemunha disso porque a quantos eventos compareci - eventos partidários de filiação, de reuniões, de agregação partidária - promovidos por V. Exª. A quantos e há quanto tempo. V. Exª tem o sentimento do espírito partidário pefelista claro, que merece todo o nosso respeito. Temos um ícone, dentro do nosso Partido, chamado Osório Adriano, que é fundador, vem de muito tempo e é um grande conciliador. Estamos vivendo um momento de divergências, mas tenho certeza, em função do discurso que pronuncia - mais uma vez agregador, firme na sua determinação, no seu propósito, no seu desejo, mas conciliador -, que V. Exª tem consciência de que, para ser candidato a Governador, deve contar com todo o Partido, de que não pode abrir flancos e nem destruir pontes que não possam ser novamente transpostas. V. Exª tem a consciência plena de que para se chegar a um Governo de um Estado ou do Distrito Federal é preciso ter a capacidade de agregação e de tolerância, é preciso ter a capacidade de somar, de se entender, de conciliar, e está colocando isso de forma muito clara no seu pronunciamento, no momento em que o PFL de Brasília vive um momento de tensão. Então, até pelo momento de tensão e pela qualidade do seu discurso, eu o cumprimento como Líder e pela sua maturidade política, sua disposição de conciliação, pela sua determinação, sim, mas pela sua disposição de conciliação e pela sua visão sistêmica. V. Exª mostra, claramente, que já adquiriu preparo para ser Líder e ser Governador. V. Exª pensa de forma global, não pensa pequeno, pensa grande, pensa do tamanho do PFL do Distrito Federal.

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Agradeço o aparte de V. Exª, nobre Líder, Senador José Agripino, que pensa tão grande o nosso PFL e de uma forma tão grandiosa o nosso Brasil. Muito obrigado. Seu aparte só enriquece o meu pronunciamento e me dá muita força, porque, mesmo tendo sido escolhido pela Executiva do Partido, mesmo tendo sido apontado pela maioria dos seus diretorianos, não estou impondo a minha candidatura. Como eu disse hoje, na reunião da Executiva, ao nosso Presidente Jorge Bornhausen e a todos, precisamos, sim, do aconselhamento, do entendimento, do diálogo.

Política é conversa. Política é diálogo. Política é conversa. Hoje mesmo, expus isso claramente também ao Líder do PFL na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que fez uma crítica infundada e hoje mesmo, num telefonema que trocamos, falou-me que se retrataria, porque não foi justa - não gostei da colocação do Líder -, talvez feita devido à má informação.

Ontem, um dos nossos filiados entrou com um pedido de expulsão do Partido do Deputado José Roberto Arruda, naturalmente pela insatisfação diante das suas declarações infelizes quanto aos que estariam apoiando o meu nome. Talvez pela má informação o Deputado Rodrigo Maia tenha sido infeliz em sua declaração, mas certamente, pelo bom senso, S. Exª, que tem a missão importante de ser Líder na Câmara, já deve ter estabelecido a verdade. É o que espero.

Eu não poderia deixar de subir a esta tribuna para contestar as declarações feitas pelo Líder e dizer que tenho muita força de vontade, muita determinação, que quero ser candidato, pelo PFL, ao Governo de Brasília e que vou lutar com minhas forças, como tenho feito em toda a minha vida, para ter a grande honra de ser o candidato do Partido. Entendo que fiz muito pelo PFL e que tenho o apoio necessário e os melhores indicadores nas pesquisas. Vou lutar.

São naturais o processo e o momento de tensão que vivemos, mas é nesses momentos que se conhecem as qualidades dos bons políticos. Como dizia Tancredo Neves, Senador Aelton Freitas: “Paciência, paciência, paciência é uma característica do político que quer ser vitorioso.”.

Concedo um aparte ao Senador Aelton Freitas.

O Sr. Aelton Freitas (Bloco/PL - MG) - Senador Paulo Octávio, vim correndo do meu gabinete ao ouvir seu discurso e não podia deixar de aparteá-lo, pois admiro a sua pessoa, o empresário e o mineiro que é. Nada melhor do que um dia após o outro. Tenha um pouco de paciência e de compreensão, pois Deus escreve certo por linhas tortas. O futuro espera muito de V. Exª, assim como Brasília e este País. Contamos com V. Exª. O tempo é senhor da razão. Quero dar o testemunho de que V. Exª está entre os melhores Parlamentares desta Casa. Estamos aqui para lhe dar força, apoio e para lhe dizer que pode contar sempre conosco. Sabemos o que está acontecendo, temos visto na imprensa, e eu não poderia deixar de lhe trazer meu abraço e meu apoio. Conte sempre com seu companheiro Aelton.

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Muito obrigado, Senador Aelton Freitas, que tão bem representa o nosso Estado de Minas Gerais.

Senadora Lúcia Vânia, que assume a Presidência, nossos Estados são vizinhos e lutamos pelo entorno de Brasília e pelo crescimento de Goiás. Quero dizer que estaremos firmes. Tenho a concepção, pelo amor que tenho a Brasília, pela paixão que tenho por esta cidade, de que, aos 56 anos, julgo-me no momento certo para pleitear a administração de Brasília. Vou lutar muito por isso porque entendo que é o momento chegado. O político tem de saber o seu momento.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Paulo Octávio, V. Exª me concede um aparte?

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Senador Mão Santa, com o maior prazer.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Paulo Octávio, amanhã é 21 de abril. O dia 21 de abril significa muito na nossa História: o Mártir da Independência, Tiradentes; o nascer de Brasília; o sofrimento de Tancredo Neves. Mas quero dizer que Brasília encanta todos nós. V. Exª tem 56 anos, dos quais 46 foram vividos aqui, em Brasília. E ninguém mais hoje se assemelha à imagem de Juscelino Kubitschek do que V. Exª, com o otimismo empreendedor, a crença na política, buscando, na política, a estatura de um homem amplamente realizado, empresário, não só em Brasília, mas no País todo. Quero dar o testemunho de que V. Exª chancela um dos prédios mais encantadores da capital do Piauí: o do Tribunal Federal. Quando Governador, cedi o terreno àquela instituição. Hoje, sem dúvida alguma, é uma das maiores riquezas. Quer dizer, árvore boa dá bons frutos. V. Exª tem tantas realizações neste País. É um grande presente para Brasília ter homens como V. Exª para, com justiça, substituir o otimismo e dinamismo do Governador Roriz. Não apenas o povo de Brasília, mas o povo do Brasil, especialmente do Piauí. Somos a segunda colônia do Brasil. Trezentos mil piauienses ajudaram a erguer esta capital. Apenas os mineiros vieram em número maior do que o nosso. O povo do Piauí tem em V. Exª o símbolo, o reencarnar de Juscelino Kubitschek.

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF) - Senador Mão Santa, justamente na véspera do aniversário da cidade, V. Exª, que é médico, como JK, e admirador do ex-Presidente, muito me sensibiliza. Realmente, foram os piauienses que fizeram esta cidade, ajudaram muito na sua construção. Hoje há 280 mil piauienses em Brasília. Realmente, é extraordinário. Talvez muito mais do que em muitas grandes cidades do próprio Piauí. V. Exª é um ícone, um nome muito lembrado aqui em todas as rodas da cidade por representar tão bem o povo deste Estado extraordinário que é o Piauí.

Portanto, Srª Presidente, ao encerrar meu pronunciamento, quero dizer que sou - volto a repetir - um homem de entendimento, de conversa. Política é feita com diálogo, com entrosamento. Quero isso no meu partido. Vamos buscar o entendimento. Mesmo já tendo sido indicado pela executiva, mesmo tendo a maioria do diretório do partido, como está consignado, vamos buscar o entendimento. Entendo que este é o caminho de uma jornada vitoriosa e é o que quero dentro do meu partido: sairmos juntos, Deus queira, com o PSDB, com o PMDB, com o Governador Roriz e com Maria de Lourdes Abadia, para trilharmos o caminho da vitória nas eleições. Temos de ter calma, muito entendimento e muito diálogo.

É isso que venho dizer desta tribuna hoje, porque, muitas vezes, em momentos de tensão, alguns desavisados acabam atrapalhando o processo democrático, e o processo de entendimento é a marca do nosso partido, o Partido da Frente Liberal. Não podemos, portanto, abrir mão desse entendimento.

Agradeço ao Senador Paulo Paim e à Senadora Lúcia Vânia pela consideração e pelo tempo que me foi concedido.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/04/2006 - Página 12836