O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço inicialmente os esclarecimentos aqui dados pelo Senador Eduardo Suplicy, que, definitivamente, entram no debate...

(Interrupção do som.)

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - ...Sr. Anderson Gonçalves, vulgo Jack; ele, que tomou a iniciativa de investigar a denúncia feita por S. Sª e que foi citado por S. Sª. E tomo a iniciativa de testemunhar que é homem que merece nosso apreço e nossa fé - a minha, merece.

V. Exª nunca tergiversou com a palavra dada. E é muito importante que V. Exª tenha tomado a iniciativa de falar das coisas graves, porque, Senador Eduardo Suplicy, o Sr. Anderson Gonçalves foi ouvido ontem - e o Senador Efraim vai dizer aqui o porquê -, pois o requerimento foi apresentado, e foi aprovada, ouvido o Plenário, a audiência, de imediato. Foi consultado o Plenário. Não foi um desrespeito a V. Exª, mas sobre isso vai falar o Senador Efraim Morais. S. Exª fará como que uma reportagem do depoimento do Sr. Anderson.

Senador Suplicy, V. Exª é peça fundamental, já que tomou a iniciativa, sabendo das conversas ouvidas pelo Anderson no Bingo Taquaral, de Campinas. Era importante ter ouvido o depoimento, mas V. Exª vai ler atentamente as notas taquigráficas, porque foram ditas coisas muito sérias, que têm de ser esclarecidas. E a mais grave de todas, na minha opinião, não é a questão de onde está o segurança. É claro que, se essa é uma questão importante para V. Exª, vamos esclarecê-la, vamos ver onde está esse segurança, o que ele diz e testemunha.

Mas a coisa mais grave dita tem de ser esclarecida; foi objeto de uma voluntária autorização por parte do Anderson de quebra do seu sigilo telefônico e de quebra do sigilo telefônico do pai dele, Anderson, para coonestar o fato que ele declarou, de ter recebido ligações telefônicas do Senador Eduardo Suplicy no hotel em que estava. E, por isso, porque recebeu telefonemas do Senador Suplicy no trabalho que tinha no hotel do qual foi demitido...

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Isso é verdade.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Também teria recebido telefonemas?

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC. Fazendo soar a campainha.) - Não cabe aparte, Senador Suplicy.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Isso é verdade. Eu conversei com ele.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN) - Perfeito. Chegarei ao fato mais grave. O fato mais grave não foi o telefonema de V. Exª, mas, sim, o do então Ministro Márcio Thomas Bastos, que teria sido anunciado: “Vai ligar o Sr. Márcio Thomas Bastos”. E, a essa altura, ele era já Ministro de Estado, tinha tido uma participação no fato anos antes.

O Sr. Anderson disse que, durante mais de um ano, por dois anos ou três anos, teve uma espécie de acompanhamento por pessoas do PT. Deixou claro que o PT impedia que ele prestasse depoimento. Ontem, no depoimento, ele disse que pediria proteção ao Serviço de Proteção a Testemunhas. Era um homem assustado.

O fato mais importante, em decorrência da quebra do sigilo telefônico, que ele autorizou, é confrontar as ligações, para ver se é verdade o que ele disse. Senador Efraim Morais, o que ele disse é seriíssimo, é gravíssimo. O escritório de Márcio Thomas Bastos, encomendado pelo PT para protegê-lo, terminou, dois anos depois, produzindo telefonema do Ministro Márcio Thomas Bastos.

É verdade isso? Eu não sei se é verdade. Eu não sei se é verdade, mas existe uma coisa chamada quebra de sigilo telefônico, que ele autorizou, o que vai mostrar se houve ou não o telefonema. Se houve o telefonema, este tem de ser esclarecido. E, para isso, tenho certeza de que a participação sempre honesta do Senador Suplicy vai ser de fundamental importância.

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