Discurso durante a 53ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da entrevista concedida pelo Senador Eduardo Suplicy, intitulada "PT precisa reconhecer seus erros", publicada na revista ISTOÉ, edição de 10 do corrente. Participação no segundo Seminário de Profissionais e Estudantes de Contabilidade, realizado entre os dias 25 a 28 de abril, em Manaus. (como Líder)

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. EXERCICIO PROFISSIONAL. SOBERANIA NACIONAL.:
  • Registro da entrevista concedida pelo Senador Eduardo Suplicy, intitulada "PT precisa reconhecer seus erros", publicada na revista ISTOÉ, edição de 10 do corrente. Participação no segundo Seminário de Profissionais e Estudantes de Contabilidade, realizado entre os dias 25 a 28 de abril, em Manaus. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2006 - Página 15208
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. EXERCICIO PROFISSIONAL. SOBERANIA NACIONAL.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ENTREVISTA, EDUARDO SUPLICY, SENADOR, PUBLICAÇÃO, PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), NECESSIDADE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), RECONHECIMENTO, ERRO.
  • HOMENAGEM, DIA, CONTABILISTA, ELOGIO, REALIZAÇÃO, SEMINARIO, CONTABILIDADE, ESTADO DO AMAZONAS (AM), REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, IMPORTANCIA, CONHECIMENTO, REGIÃO AMAZONICA, COMBATE, CONTRABANDO, BIODIVERSIDADE.
  • SUSPEIÇÃO, ATUAÇÃO, ESTRANGEIRO, AQUISIÇÃO, SUPERIORIDADE, AREA, ESTADO DO AMAZONAS (AM).

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para fazer o registro da entrevista concedida pelo Senador Eduardo Suplicy, intitulada “PT precisa reconhecer seus erros, publicada na revisa ISTOÉ, em sua edição de 10 de maio de 2006.

            Durante a entrevista, o Senador petista diz que enfrenta os chefes do Partido e que faltou confiança a Lula para lidar com o Congresso. Para o Senador Suplicy - e aí S. Exª é ameno, chama de erros o que eu chamaria de crimes -, o “PT precisa reconhecer seus erros”.

            Peço, portanto, Sr. Presidente, que a referida entrevista seja parte integral dos Anais do Senado Federal e já havia peticionado nesse sentido junto com o Senador José Agripino, Líder do PFL.

            Do mesmo modo, Sr. Presidente, aproveitando o tempo que me resta nesta comunicação de liderança, refiro-me ao fato de que os contabilistas do Amazonas comemoraram, na última semana de abril, o transcurso da data dessa importante categoria profissional. Não foram apenas festas. Sua Presidenta, a contadora Lucilene Florêncio Viana, promoveu de 25 a 28 daquele mês, o II Seminário de Profissionais e Estudante de Contabilidade.

            Nada mais oportuno, sobretudo nessa fase tão conturbada da vida brasileira, marcada pela corrupção de certos dirigentes governamentais e partidários.

            O contabilista é um profissional relevante para orientar, no serviço publicou ou na iniciativa privada, o correto cumprimento das obrigações legais.

Compareci ao Seminário com muita alegria e recordei-me de algo que, há algum tempo, ouvi de um dirigente da Administração do Senado, que declarara sua satisfação pela criação de cargos de contador na estrutura do Senado, admitindo-os, depois, pela via do concurso público.

O que ouvi, nessa ocasião, refletia a convicção de que os contabilistas representam para a Administração do Senado o mesmo que os Senadores significam para os trabalhos de elaboração legislativa e de fiscalização dos atos do Governo.

A comemoração do Dia do Contabilista, constatei pelo programa do Seminário, demonstra realmente que a atuação contabilista não se resume à infra-estrutura que assegura o bom funcionamento de empresas privadas e empresas públicas.

Agradam-me, e muito, os títulos das palestras que ali foram proferidas. Não me foi possível acompanhar as do último dia do encontro, o que lamento. Perdi boa oportunidade de aprender um pouco mais.

A palestra para nós, amazônidas, é particularmente significativa: Contabilidade Ambiental: uma contribuição para o desenvolvimento sustentável, que foi desenvolvimento por Gardênia Maria de Carvalho.

O tema é atualíssimo e tão importante como o chamado Razão, termo empregado pelos contadores para - não sei se ainda persiste - definir o livro de escrituração contábil que agrupa em contas os diferentes itens dos processos contabilistas, como Caixa, Duplicatas a receber e outros ou, para resumir, os lançamentos do Diário.

Pergunto: por que é importante discorrer, debater e transmitir o conteúdo da palestra sobre aspectos contábeis e sua vinculação com o meio ambiente e o correto aproveitamento da biodiversidade da Floresta Amazônica?

É importante sim, sobretudo porque a Amazônia é a região mais estratégica do Brasil. Repito: o futuro do Brasil passa pela Amazônia!

O Amazonas, que conta hoje também com um notável pólo de alta tecnologia, enfrenta duas realidades. Uma, uma certa cobiça internacional - e não sou xenófobo -, não propriamente como manobra absurda para tornar a Região um patrimônio universal ou coisa que o valha, algo como destacar essa imensa porção do nosso território, que deixaria de ser Brasil, no que não creio; e a biopirataria, esta, sim, uma ameaça! Já tentaram até patentear o nome de uma fruta do meu Estado, o cupuaçu, o que significa uma clara tentativa de se oficializar a biopirataria.

Nossa biodiversidade ainda não é conhecida em toda a sua fantástica dimensão, a começar porque, se há quem não conheça bem a Amazônia, lamento dizer que esse alguém é o próprio Brasil, parte expressiva da população brasileira. É urgente que o Brasil conheça a Amazônia, que a conheça bem, com a exatidão a que estão habituados os contabilistas quando mexem com números, com contas, com cifras e com percentuais.

Até aqui, apenas avaliamos muito por alto o significado das essências que se extraem da nossa espetacular flora amazônica. E só avaliamos essa riqueza diante, por exemplo, de algum fato, como o de uma ilustre turista brasileira que, na elegante Rua 57, lado leste de Nova York, entrou numa loja de cosméticos. Ali - o relato é dela - comprou um batom e um creme de maquiagem, os dois produzidos na França. Em ambos, nos rótulos, uma indicação que, se nos alegra, informava que o produto era manipulado com essência da flora da Amazônia do Brasil - essence de la flore de l’Amazonie du Brésil.

Relembro esse pequeno aspecto para ilustrar que a realidade da Amazônia é, infelizmente, muito mais conhecida lá fora do que aqui.

Nesta semana mesmo, da tribuna do Senado, denunciei a estranha compra de uma área de 1,6 mil hectares em Itacoatiara e em Manicoré, no meu Estado. O comprador foi um magnata sueco-britânico, o Sr. Johan Eliash, cujo negócio, na Inglaterra, é o comércio de artigos de esporte. Pois bem, esse senhor, que, supostamente, vai-se casar com uma socialite paulista, de nome quatrocentão, fez uma compra que o Ibama coloca sob suspeição. Não contente, quer ir além e tenta atrair outros investidores da Europa e até já fez a conta do montante necessário para comprar toda a Floresta Amazônica: US$50 bilhões.

Não sei o que esse bilionário pretende com esse olho grande sobre a Amazônia, mas já requeri a convocação da Ministra do Meio Ambiente e do Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para que compareçam ao Senado e dêem as explicações que todos nós, amazônidas e brasileiros, merecemos e exigimos.

Volto aos contabilistas e ao tema que ouvi no Seminário, para aplaudir a iniciativa. Ela será útil, sem dúvida. Faço votos para que iniciativas dessa natureza se repitam.

Meus cumprimentos ao Conselho Regional de Contabilidade do Amazonas e a todos os contabilistas do meu Estado.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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           Matéria referida:

           “PT precisa reconhecer seus erros”.

           (Entrevista do Senador Eduardo Suplicy concedida à ISTOÉ, no dia 10/05/2006.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2006 - Página 15208