Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do texto da coluna diária "Panorama Econômico", escrito por Miriam Leitão e publicado no jornal O Globo, edição de 10 do corrente.

Autor
Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA.:
  • Registro do texto da coluna diária "Panorama Econômico", escrito por Miriam Leitão e publicado no jornal O Globo, edição de 10 do corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2006 - Página 16066
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O GLOBO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ANALISE, NACIONALIZAÇÃO, GAS NATURAL, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, CRITICA, POLITICA EXTERNA, BRASIL, DIVISÃO, FUNÇÃO, ITAMARATI (MRE), MINISTRO DE ESTADO, ASSESSOR, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • AVALIAÇÃO, EMBAIXADOR, FALTA, RESPOSTA, DESAPROVAÇÃO, DESCUMPRIMENTO, CONTRATO, CRITICA, SUBCOMISSÃO, INTERFERENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, PROBLEMA, DIRETRIZ, GOVERNO ESTRANGEIRO, AFASTAMENTO, INVESTIMENTO.

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho hoje a esta tribuna para registrar texto da coluna diária “Panorama Econômico”, escrito por Miriam Leitão e publicado no jornal O Globo de 10/05/2006. A jornalista aborda, à luz das relações internacionais, a nacionalização do gás na Bolívia. O episódio é definido como “um dos piores momentos da diplomacia brasileira”, justamente, porque o ministro-chefe do Itamaraty, chanceler Celso Amorim, aceitou dividir suas funções com Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do Governo.

Respaldado na opinião de brilhantes embaixadores, o texto contesta as recentes declarações de Amorim de que “a política externa no Brasil nunca foi do porrete e sempre defendeu a boa vizinhança”. “Os veteranos diplomatas consideram que os erros foram muitos e abrem um precedente perigoso”, conta a jornalista. O primeiro erro foi a posição subserviente adotada por Lula. Na avaliação dos embaixadores, o Presidente deveria ter sido orientado por seu Chanceler a dar algum sinal público de desaprovação e não aceitar uma reunião com Hugo Chávez, presidente da Venezuela, na qual foi oferecido apoio ao colega boliviano Evo Morales. “Não adianta a ninguém, nem à América Latina, a posição caudatária que o governo assumiu em relação a Chávez”, afirma o texto.

Outra crítica dos diplomatas - entre eles, Rubens Ricupero, Paulo Tarso Flecha de Lima e Sérgio Amaral - refere-se diretamente à divisão do poder na chancelaria brasileira, ou melhor, à “proeminência” de Marco Aurélio Garcia. “É uma esquisitice com a qual o embaixador Celso Amorim tem convivido, aceitando uma confusão institucional que não deveria aceitar”, pondera a jornalista.

Por fim, o texto mostra uma preocupação que deveria ser de todos: a idéia de que o populismo voltou à América Latina. Especialistas mundo afora confirmam que não é a esquerda, somente, que preocupa. “É o comportamento errático, antidemocrático e conflituoso do presidente venezuelano que preocupa”, constata Miriam Leitão. E conclui: “Os investidores julgam os países em bloco. Se a América Latina fica conhecida como uma região problemática, de lideranças exóticas, com idéias obsoletas e com decisões imprevisíveis, estaremos fora de mais uma onda de crescimento do mundo”.

Sr. Presidente, para que conste dos anais do Senado Federal, requeiro que a coluna citada seja considerada parte integrante deste pronunciamento.

            Era o que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2006 - Página 16066