Discurso durante a 59ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Posicionamento do governo federal com relação aos fatos de violência que estão ocorrendo nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. (como Líder)

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Posicionamento do governo federal com relação aos fatos de violência que estão ocorrendo nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 16/05/2006 - Página 16559
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • POSIÇÃO, GOVERNO FEDERAL, RESPOSTA, VIOLENCIA, PAIS, MEDIDA DE EMERGENCIA, RESPEITO, ESTADO DE DIREITO, SOLIDARIEDADE, GOVERNO ESTADUAL.
  • APOIO, CONVOCAÇÃO, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA E CIDADANIA, URGENCIA, MODERNIZAÇÃO, LEGISLAÇÃO PENAL, AUSENCIA, DIVISÃO, POLITICA PARTIDARIA.
  • REGISTRO, PROVIDENCIA, AUXILIO, GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CRISE, VIOLENCIA, VIAGEM, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), DISPONIBILIDADE, POLICIA FEDERAL, EXERCITO.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Pela Liderança do PMDB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, pedi a palavra, em nome do Governo, para também marcar o nosso posicionamento a respeito desses fatos que ocorreram e ocorrem nos Estados de São Paulo, do Paraná e de Mato Grosso do Sul.

Em primeiro lugar, quero dizer que o Governo abomina e condena os atos de violência, mas não se intimida e, pelo contrário, procura agir em todas as frentes, para dar uma resposta à altura da Nação brasileira. Nessa questão, não se trata de São Paulo ou do Paraná ou de Mato Grosso do Sul; trata-se da sociedade brasileira, do respeito às instituições, enfim, da necessidade emergencial de colocar o ponto nos “is” e de colocar essa questão em termos, para que se volte a ter racionalidade, consciência e respeito no nosso País.

Não sou advogado, sou economista, mas, sem dúvida nenhuma, como membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania - eu já ia falar isso, como Líder do Governo -, apóio as palavras do Senador Antonio Carlos Magalhães, quando convoca a CCJ e diz da urgência de aprimorarmos, reduzirmos, consolidarmos e endurecermos a legislação penal brasileira, inclusive a Lei de Execuções Penais. Não é possível que se continue com a leniência da legislação para com este tipo de postura: bandido com celular em cadeia, meses para que se possa recolher um preso à solitária, bandidos liberados a três por quatro. Há uma pressão sobre todo o aparato público, inclusive sobre o Poder Judiciário. Temos de dar a cobertura legal necessária para que o Poder Judiciário endureça, para que o Poder Executivo atue e para que o Poder Legislativo faça leis consentâneas com a realidade que estamos vivendo.

Em nome do Governo, registro o posicionamento do Presidente Lula. O Governo solidariza-se com o caso e está atuando em conjunto com os Governos Estaduais. O Presidente Lula falou com o Governador Cláudio Lembo. O Ministro de Justiça encontra-se em São Paulo. Estão à disposição do Estado efetivos da Polícia Federal e da Guarda Militar do Exército especializada em confronto urbano. Diante da menor solicitação do Estados, o Governo Federal atuará como partícipe, como colaborador nessas ações.

Além disso, tenho certeza de que, durante toda a semana e amanhã, na próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a Bancada de apoio ao Governo se juntará a todos os Senadores, à Bancada de Oposição, enfim, não haverá matiz partidária num momento de discussão como este, pois todos precisamos enfrentar a violência que se instalou no nosso País.

Em nome do Governo, reafirmo a posição de apoio às ações necessárias da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, do Plenário do Senado e da Câmara dos Deputados, para que, rapidamente, possamos dar uma resposta à sociedade, oferecer as condições necessárias para que os bandidos sejam enfrentados e trazer novamente respeito às instituições policiais.

Não é possível a situação continuar da forma como está. Tenho certeza de que o Senado da República, com a responsabilidade de Casa da Federação, vai tomar todas as providências e produzir uma legislação que se possa agir com rigor, determinação, dureza, prontidão, fazendo, assim, com que se dêem instrumentos para enfrentar essa desordem.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/05/2006 - Página 16559