O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, nós vemos a verdade sempre aparecer quando a buscamos.

Houve todo aquele imbróglio e eu defendia a construção do gasoduto Coari-Manaus, assim como os brasileiros todos deveriam defender também a construção do gasoduto Coari - Porto Velho, para se trocar a energia poluente, cara e ruim do diesel pela energia verde que constrói empregos e futuro do gás natural, mas eu sempre disse que este Governo não havia nem começado a construção do gasoduto Coari-Manaus e, lá, a propaganda já dá a obra quase que como feita.

Muito bem, quanto a dinheiro, há problemas. A Petrobrás não paga tudo que as empresas querem - as empresas querem 1 bilhão e 600 milhões, a Petrobras se dispõe a pagar cerca de 1 bilhão e 200 milhões e eu entendo que com muito menos do que isso dá para se fazer a obra. Mas muito bem, o meu papel eu cumpri. Coloquei os R$110 milhões no Orçamento para a Petrobras, para que, quando e se as coisas estiverem prontas, a obra efetivamente comece.

Aqui vem o Dr. João José de Nora Souto, que ontem esteve na Câmara depondo sobre os gasodutos da Amazônia. Aqui está o Jornal do Mercado dizendo que, ontem, ele declarava que antes de 2008 não há a menor hipótese de conclusão de entrada em operação desses dois gasodutos. Isso significa este ano inteiro, 2007 e 2008, ou seja, quase três anos. Significa, na verdade, que não começaram as obras dos gasodutos, que era propaganda pura e que, portanto, nós devemos discutir para valer, com seriedade e rigor, a idéia de realmente pormos em prática essas duas visões estratégicas, que são relevantíssimas para a região e são muito importantes para o País.

A colunista Miriam Leitão chama de “transpinel” essa obra de Chávez e de Lula, que vai rasgando a Amazônia loucamente e que não se vai realizar - “transpinel” porque pinel é o local onde ficam as pessoas que padecem de doença mental no Rio de Janeiro. Então, seria a “transpinel”.

É preciso cuidar disso aqui, que está à mão, que é possível, mas não houve vontade política para se fazer porque antes o Governador do meu Estado era contra, ele preferia barcaças. Hoje, o atual Governador não se manifesta contra, mas o fato é que nem os quatro últimos anos do Presidente Fernando Henrique, nem esses quatro anos que estão se esvaindo do Presidente Lula foram capazes de, efetivamente, tirar do papel uma obra necessária para a industrialização, a geração de empregos e a defesa do meio ambiente, como é o gasoduto Coari-Manaus.

Sr. Presidente, muito obrigado.

Era o que eu tinha a dizer.