O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço a palavra, pela ordem, para solicitar a V. Exª que encaminhe as minhas palavras ou que tenha um entendimento imediato com o Presidente da Câmara dos Deputados, levando em conta que um funcionário da empresa Adservice, que presta serviços ao Congresso, acaba de confessar que vendeu, por R$ 200,00, ao Primeiro Comando da Capital (PCC) cópia da gravação dos depoimentos secretos prestados, na quarta-feira da semana passada, na CPI do Tráfico de Armas, pelo diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo, Godofredo Bittencourt Filho, e pelo delegado Rui Ferraz, que é um especialista em PCC.

O fato é da maior gravidade, incluindo a participação dos advogados Sérgio Wesley Cunha e Maria de Souza Rachado, que receberam, no Shopping Pátio Brasil, no Setor de Rádio e TV Sul de Brasília, as gravações, cujo conteúdo foi levado imediatamente ao conhecimento do preso Marcos Willians Herbas Camacho, o célebre Marcola, líder do PCC.

Portanto, peço a V. Exª que, com a urgência necessária, faça chegar ao Presidente da Câmara dos Deputados o nosso interesse, visto que estamos combatendo esse assunto, de que nos chegue algo sobre isso. Tenho certeza de que esse será um elemento a mais para que a Câmara dos Deputados vote, com a urgência indispensável, na próxima semana, as medidas de emergência que hoje tomamos nesta Casa.

Agradeço a V. Exª sua tolerância. O fato é da maior gravidade. Daí por que pedi a intervenção pessoal de V. Exª.