Discurso durante a 49ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem póstuma ao artista plástico baiano Calasans Neto.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem póstuma ao artista plástico baiano Calasans Neto.
Publicação
Publicação no DSF de 03/05/2006 - Página 13941
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ARTISTA, ARTES PLASTICAS, ESTADO DA BAHIA (BA), ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, CULTURA, PAIS, REQUERIMENTO, VOTO DE PESAR, FAMILIA.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Talvez não seja bem pela ordem, mas V. Exª há de convir que apresentei um requerimento, que deve ter sido votado, pelo falecimento de um grande artista plástico baiano, Calasans Neto, meu amigo de infância, de adolescência, o grande amigo de Jorge Amado, o grande amigo da sua Itapoan de Dorival Caymmi.

Calasans era fraterno amigo meu desde sua infância, quando teve uma paralisia infantil, o que não tirou seu vigor nem seus dotes artísticos, que se consagraram pelo Brasil inteiro e até fora do Brasil.

Vinicius de Moraes, falando sobre Calasans, disse: “Bem-amado Calá, primeiro e único príncipe de Itapoan”. Carlos Drummond de Andrade o homenageou com o poema: “Tardes, noites, manhãs, no mar, no céu e na terra, quantas Itapoans o meu olhar descerra”.

Calasans Neto foi realmente um dos grandes artistas baianos, dessa geração de Glauber, que tinha o amparo de Jorge Amado e dos homens de cultura da Bahia.

Como seu amigo fraterno, posso dizer o quanto sinto e o quanto sentem os baianos por tal fato. Daí por que peço a V. Exª que faça a comunicação urgente da minha emoção à sua família e à Bahia, levando em conta que esse artista plástico foi, sem dúvida, um dos maiores artistas brasileiros, que merece que o Senado da República, que é a Casa da Federação e do povo baiano, também se manifeste pelo seu falecimento.

Perderam a Bahia e o Brasil um grande artista plástico, e eu perdi um amigo de mais de 60 anos. Daí pode V. Exª, Sr. Presidente, aquilatar o quanto sofri e sofro com o seu passamento.

Que V. Exª interprete a vontade do povo baiano por meio do Senado da República. É o que lhe peço, fazendo justiça a um grande baiano.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/05/2006 - Página 13941