Discurso durante a 57ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Questiona declaração do assessor da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que afirmou que a PETROBRAS já explorou muito a Bolívia.

Autor
Heráclito Fortes (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA.:
  • Questiona declaração do assessor da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que afirmou que a PETROBRAS já explorou muito a Bolívia.
Publicação
Publicação no DSF de 12/05/2006 - Página 16240
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • QUESTIONAMENTO, DECLARAÇÃO, ASSESSOR, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, CONFIRMAÇÃO, EXPLORAÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), POVO, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, PREJUIZO, ATUAÇÃO, ITAMARATI (MRE).

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, serei breve, mas é importante que eu faça este registro. Se o Senador Sibá Machado tem razão no que diz, e acho que tem, por que um membro do Governo, com acesso ao Palácio, vizinho do Presidente Lula, que é o Sr. Marco Aurélio Garcia, concordou e disse que a Petrobras já ganhou dinheiro demais na Bolívia e que está na hora de perder um pouco e deixar aquele pobre país crescer?

Por que botam V. Exª para defender o Governo, com a inocência e a pureza de seus atos, e o Governo, de maneira obscura, de maneira pouco clara, tem um comportamento dessa natureza?

Senador Sibá Machado, há algo nesse episódio que não está bem claro, há posições conflitantes. As más línguas já começam a dizer, Sr. Presidente, que outros interesses movem essa crise, interesses que não são somente os interesses de defesa dos respectivos países.

Lamentavelmente, sabe-se que há essa salvaguarda contratual, mas um representante do Governo no Palácio desautoriza o Ministro das Relações Exteriores, desautoriza a Petrobras, e diz que já se ganhou demais na Bolívia e a hora agora é de deixar aquele país crescer porque é pobre.

São essas contradições que a sociedade brasileira não aceita mais.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/05/2006 - Página 16240