Discurso durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Vandalismo promovido pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terras (MLST) nas dependências da Câmara dos Deputados.

Autor
Ana Júlia Carepa (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
Nome completo: Ana Júlia de Vasconcelos Carepa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MANIFESTAÇÃO COLETIVA.:
  • Vandalismo promovido pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terras (MLST) nas dependências da Câmara dos Deputados.
Publicação
Publicação no DSF de 07/06/2006 - Página 19183
Assunto
Outros > MANIFESTAÇÃO COLETIVA.
Indexação
  • UNANIMIDADE, REPUDIO, VIOLENCIA, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, INVASÃO, CONGRESSO NACIONAL, PROTESTO, TENTATIVA, VINCULAÇÃO, INICIATIVA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • ESCLARECIMENTOS, APOIO, REIVINDICAÇÃO, MOVIMENTO TRABALHISTA, SEM-TERRA, OPOSIÇÃO, UTILIZAÇÃO, VIOLENCIA.

A SRª ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT - PA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Senador Presidente, fui informada de que os diversos Líderes, inclusive na Câmara dos Deputados, dos diversos Partidos, tanto de partidos que apóiam o Governo ou de partidos que fazem oposição, tiveram discurso único no sentido de condenar a ação e de dizer que não tem nenhuma motivação ideológica. Eu quero dizer que lamento. Confesso que me decepciono até com algumas pessoas que tentam dizer que, primeiro, o Partido dos Trabalhadores tem alguma coisa a ver com a atitude radical. O apoio que damos ao Movimento de Trabalhadores Rurais não significa dizer que apoiamos inclusive atos de violência que desconhecemos o motivo. Quando, por exemplo, o MST ou a Federação de Trabalhadores na Agricultura vêm aqui, entram em contato conosco, trazem a pauta de reivindicação, tentamos contribuir. Agora, sequer falar, pegar um carro, quebrar o vidro... Não sabemos nem o que está acontecendo. Eu acho que nós temos de separar a luta legítima e muitas vezes até algumas atitudes radicais, sim. Atitudes extremas não são tomadas de forma gratuita, sem sequer um diálogo.

Então, lamento essa insinuação. Isso é por conta da proximidade das eleições, compreendemos, mas quero dizer que pode ter militantes de qualquer partido aí, não interessa, mas o Partido dos Trabalhadores jamais responsabilizaria qualquer outro partido por esses atos. Imagine se um cidadão filiado ao PSDB é preso com meia tonelada de cocaína no Estado do Pará, se vou dizer que o PSDB está envolvido em tráfico de cocaína. Claro que não. Isso é um absurdo, eu não faria uma coisa dessas.

Então, acho que não podemos usar essas generalizações e tentar ligar, independentemente de ter alguma liderança que seja ligada ao movimento, ou tentar utilizar isso para atacar o Governo. Coloco isso apenas como uma situação do momento pré-eleitoral que nós vivemos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/06/2006 - Página 19183