Discurso durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Vandalismo promovido pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terras (MLST) nas dependências da Câmara dos Deputados.

Autor
Demóstenes Torres (PFL - Partido da Frente Liberal/GO)
Nome completo: Demóstenes Lazaro Xavier Torres
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MANIFESTAÇÃO COLETIVA.:
  • Vandalismo promovido pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terras (MLST) nas dependências da Câmara dos Deputados.
Publicação
Publicação no DSF de 07/06/2006 - Página 19187
Assunto
Outros > MANIFESTAÇÃO COLETIVA.
Indexação
  • CRITICA, TUMULTO, INVASÃO, SEM-TERRA, CAMARA DOS DEPUTADOS, ALEGAÇÕES, MOVIMENTO TRABALHISTA, DESRESPEITO, INSTITUIÇÃO DEMOCRATICA, SEMELHANÇA, GRAVIDADE, FALTA, CONTROLE, ESTADO, DOMINIO, CRIME ORGANIZADO.
  • CONCLAMAÇÃO, PROVIDENCIA, RESPOSTA, AGRESSÃO, CONGRESSO NACIONAL, CRITICA, OMISSÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ).

O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL - GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o que está acontecendo na Câmara dos Deputados é o retrato do Brasil hoje. É óbvio que todo mundo no Brasil defende que os movimentos sociais tenham voz, mas ali já não é mais movimento social, mas uma turma de foras-da-lei que estão perturbando a grande parte pacífica do Brasil. Um movimento desses contra o Congresso Nacional a pretexto de que há aqui também alguns delinqüentes? Esse pretexto é absolutamente inválido.

Temos que preservar as instituições e usar da autoridade do Presidente do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, para chamar a atenção do Ministro da Justiça, que está fazendo deste País um país sem lei! Qualquer pessoa hoje em dia pode, utilizando-se da pecha ou da fama de que está em nome de um movimento social, perturbar toda a paz de todo mundo, Sr. Presidente.

Que País é este? Aonde nós chegamos? Nós não podemos andar nas ruas. O PCC tomou conta de São Paulo, o Comando Vermelho tomou conta do Rio, e o Governo está fechando os olhos, porque o Governo também deve e tem contas a pagar à Nação!

Sr. Presidente, nós não podemos aceitar essa balbúrdia no País! É óbvio que a questão social tem que ser tratada como deve, com projetos sociais. Não estou aqui a dizer que a questão social é caso de polícia. Absolutamente! Mas o que estamos vendo nada mais é do que a delinqüência tomando conta de uma instituição. Não se trata dos Deputados ou de alguns Senadores que são... também. Trata-se da preservação da ordem no Brasil.

Aonde vamos chegar, Sr. Presidente?

O Ministro da Justiça não disse nada. O Presidente da República já se manifestou, e mesmo nós aqui estamos tratando essa questão de forma extremamente tímida.

O Congresso está agredido, e quem tem moral tem que se posicionar contra os delinqüentes e contra os ratos também. Quantas vezes nós não estamos vendo esse movimento invadindo propriedades produtivas, destruindo bancos genéticos?! Em nome do quê, Sr. Presidente? Em nome de uma suposta reforma agrária, em nome de um movimento social? Que movimento social? É um movimento guerrilheiro. É um movimento que quer tomar conta do País. Isso nós não podemos aceitar, Sr. Presidente.

O Brasil precisa restabelecer a ordem, e, nesta hora, o Sr. Ministro da Justiça tem de deixar a sua tradicional omissão e responder ao País, para lhe dar tranqüilidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/06/2006 - Página 19187