O SR. AELTON FREITAS (PL - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Nobre e querida Presidente, Senadora Heloísa Helena, Srs. Senadores, em tempos de alto índice de desemprego em nosso País, venho destacar desta tribuna uma importante iniciativa de responsabilidade social registrada na querida cidade de Araxá, no Triângulo Mineiro, voltada especialmente para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Trata-se do projeto Profissional do Futuro (Profut), desenvolvido pela unidade araxaense da rede de franquia de escolas de administração e informática Bit Company.

Esse valioso projeto, que será futuramente implantado em mais de 170 unidades da rede Bit Company, nasceu na nossa querida Araxá no ano 2000 e, desde então, entrou em trajetória crescente de sucesso. As ações implementadas pela empresa atendem anualmente a 160 jovens da cidade, sem experiência profissional, que são incentivados e realizam trabalho voluntário nas escolas municipais, estaduais e entidades sociais, preparando-se para o primeiro emprego.

Ao todo, mais de 40 parceiros, entre escolas e associações, já recebem o apoio voluntário dos jovens de Araxá. Estes, por sua vez, não só ganham experiência, mas também ajudam a melhorar significativamente procedimentos administrativos e, sobretudo, de informática nas instituições.

Os resultados concretos deste trabalho da Bit Company, principalmente na cidade de Araxá, já apontam a inserção no mercado de trabalho de, pelo menos, 280 jovens que venceram a barreira do primeiro emprego. E, por isso mesmo, é que apoiamos a expansão do Profut, pois iniciativas dessa natureza precisam se multiplicar para alcançarmos a transformação social de que o nosso Brasil necessita.

Nos próximos 12 meses, o projeto Profut tem como objetivo geral incluir socialmente 500 adolescentes brasileiros no mercado de trabalho formal. Para 2008, a perspectiva é que seja implantado em 200 unidades da rede Bit Company até 2008, o que representará a inclusão de nada menos do que 32 mil adolescentes anualmente em trabalhos voluntários, visando à conquista do primeiro emprego.

Mais de uma centena de profissionais estão sendo treinados pela Bit Company, em todo o Brasil, para estabelecerem parcerias com a rede pública de ensino e entidades sociais nas localidades onde atuam.

A metodologia utilizada prevê a escola parceira, seleciona alunos carentes que se destacam pelo comportamento e aproveitamento escolar. Posteriormente, os pais desses alunos aprovam formalmente desde a qualificação em administração e informática, até a prestação de serviços voluntários. Os alunos participam ainda de reuniões de aconselhamento e orientação profissional e são indicados para as vagas de emprego existentes nas empresas parceiras das unidades Bit Company.

Fiz questão, Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de trazer essa experiência de sucesso para a tribuna para lembrar que a batalha contra o desemprego ainda está longe de ser vencida em todo o País e precisa ser encarada com seriedade pelo Poder Público e pelas entidades privadas, sobretudo por meio de investimentos firmes na melhor qualificação profissional. Mesmo tendo sido intensificada a geração de emprego nos últimos anos, o processo ainda não evolui no ritmo que a sociedade brasileira deseja.

Nas principais regiões metropolitanas do País são aproximadamente dois milhões de pessoas sem emprego, e a metade desse contingente é composto por jovens que nem sequer têm condições de iniciar uma carreira profissional.

Logo, as medidas de estímulo à qualificação da mão-de-obra e aprendizado profissional precisam ser amplamente estimuladas, conforme faz a acertadamente a empresa, repito, Bit Company, na minha querida cidade de Araxá, tirando adolescentes carentes da situação de risco em que se encontram, por meio de parcerias com o primeiro, o segundo e o terceiro setor.

Defendi anteriormente desta tribuna, e volto a fazê-lo no dia de hoje, a implementação de uma arrojada política de estágios por parte dos órgãos governamentais. O jovem trabalhador pode, além de obter o aprendizado profissional, ajudar desde já a sua família, caso haja recursos para garantir uma remuneração mínima.

A combinação de boas ações de responsabilidade social na iniciativa privada com programas governamentais bem direcionados de estímulo ao primeiro emprego é o caminho para que a juventude brasileira possa realmente vislumbrar um futuro em condições mínimas de dignidade e progressão pessoal.

Era o que tinha a dizer, Sr.ª Presidente.