Discurso durante a 108ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Estarrecimento diante de mais uma tentativa de envolvimento de S.Exa. com a máfia dos sanguessugas.

Autor
Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.:
  • Estarrecimento diante de mais uma tentativa de envolvimento de S.Exa. com a máfia dos sanguessugas.
Aparteantes
Ana Júlia Carepa, Antonio Carlos Valadares, Antonio João, Arthur Virgílio, Edison Lobão, Eduardo Suplicy, Flexa Ribeiro, Garibaldi Alves Filho, Gilberto Mestrinho, Heloísa Helena, Ideli Salvatti, José Sarney, Lúcia Vânia, Ney Suassuna, Roberto Saturnino, Tião Viana, Wellington Salgado.
Publicação
Publicação no DSF de 13/07/2006 - Página 23900
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.
Indexação
  • PROTESTO, CALUNIA, INJUSTIÇA, SUSPEIÇÃO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, DESVIO, RECURSOS ORÇAMENTARIOS, MINISTERIO DA SAUDE (MS), AQUISIÇÃO, AMBULANCIA, REITERAÇÃO, DETALHAMENTO, EMENDA, ORÇAMENTO, BENEFICIO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), REGISTRO, AUTORIZAÇÃO, QUEBRA, SIGILO BANCARIO, INCLUSÃO, FAMILIA.
  • SUSPEIÇÃO, PERSEGUIÇÃO, NATUREZA POLITICA, ORADOR, MOTIVO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, COMBATE, CORRUPÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
  • ANUNCIO, REQUERIMENTO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA, SOLICITAÇÃO, ESCLARECIMENTOS, ACUSAÇÃO, ORADOR, DIVULGAÇÃO, IMPRENSA.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pela Liderança do Bloco de Apoio ao Governo. Com revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estarrecida com mais um vazamento irresponsável, em que forçam brotar um suposto envolvimento do meu nome com a tal máfia dos Sanguessungas. Assisto, passada, ao desenrolar das cenas. Primeiro, em 17 de maio deste ano, um mês depois de o escândalo vir à tona, tentaram me arrastar para a fogueira quando relacionaram possíveis emendas minhas no ano de 2001, quando eu nem pensava em ser candidata ao Senado da República. Não fosse isso, que é de menos, desde aquela época ficou esclarecido que, por imposição constitucional, todo Parlamentar tem de destinar determinado percentual do recurso público das chamadas emendas parlamentares individuais à área da saúde. Aliás, é da essência do mandato de Senador da República e desta Senadora “brigar” por recursos de qualquer área para os nossos Estados, assim como o fazem, com certeza, com galhardia tão bem V. Exªs por seus respectivos Estados.

Naquela ocasião, tive oportunidade de mencionar minhas emendas individuais, sua destinação e aplicação de seus respectivos recursos, o que me foi dado obter, aturdida, diante sempre de vazamentos marotos e grosseiros, sem que se possa saber ou ter acesso sobre de que realmente se tratava.

Falando por si só, muito me comoveu o desagravo público na sessão do Senado Federal de 24 de maio, puxado que foi pelo proeminente Senador Arthur Virgílio, baluarte da Oposição nesta Casa e que tão bem desempenha seu mister.

Como alhures, Srªs e Srs. Senadores, não rejeito meu passado, como assim também não vivo dele.

Concedo um aparte à Senadora Heloísa Helena.

A Srª Heloísa Helena (P-SOL - AL) - Senadora Serys Slhessarenko, tive oportunidade de conversar com V. Exª. Eu passei por muitas fases ao longo da minha vida e tenho muitas dificuldades, muitas dificuldades, em função de tantas coisas por que passei: tantas pessoas que defendi e, depois, estarrecida, cheguei à conclusão de que o que essas pessoas falavam nada tinha a ver com o que elas eram de fato. Então, é tão difícil, para mim, assumir publicamente a defesa de alguém sem ter a certeza, concreta e objetiva, de que essas coisas não aconteceram. Mas quero aqui deixar absolutamente claro que, se eu visse isso - porque, até agora, não vi - em relação a V. Exª... As declarações são feitas, o depoimento chegará para ser analisado aqui, na próxima semana, pelo Senador Romeu Tuma, por mim e pelos membros da CPI, com o rigor técnico e ética implacável para acompanhar cada uma das coisas. Mas eu, sinceramente, não acredito. Sei que, para mim, é algo tão difícil de dizer - tenha certeza V. Exª o quanto o é -, porque tantas pessoas que eu já defendi depois me esfaquearam pelas costas. Elas se mostraram traidoras, corruptas, cínicas, por isso é até difícil para mim. Mas tenha certeza de que eu não acredito que V. Exª esteja envolvida com esse banditismo investigado pela CPI dos Sanguessugas e das Ambulâncias.

Eu quero deixar isto aqui dito: eu não acredito que V. Exª esteja envolvida em uma coisa como essa.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Muito obrigada, Senadora.

Nestes longos anos de minha vida pública, não consegui, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, aprender a lógica de como funciona fazer política a qualquer preço. Não faço, de jeito nenhum, e renego aqueles que o fazem. E agora procuram me empurrar para a quizumba, alardeando que integrantes da CPI das Sanguessugas teriam dito, na surdina, que três Senadores estariam envolvidos no escândalo. Seria insanidade não fosse o momento eleitoral que se avizinha.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Permite-me V. Exª um aparte, nobre Senadora?

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Pois não, Senador.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Senadora, V. Exª, como eu, tem sido acusada. Eu não conheço essas pessoas, nunca troquei um telefonema, nunca as vi tête-à-tête, olho no olho, corpo-a-corpo, nunca as encontrei. E também a toda hora aparece: suspeito, suspeito, suspeito. Eu já pedi que fizessem investigação sobre as 13 ambulâncias que foram compradas na Paraíba. E é de estarrecer. Eu, no meu primeiro mandato, dei 82 ambulâncias, do meu bolso - ou consertando ou fazendo. É impressionante. Eu entrei na Justiça, nobre Senadora, contra as três pessoas, e estou aguardando as respostas. E fui à CPI exatamente para pedir que se procure analisar a fundo. Ninguém mais do que eu - assinei as duas - quer que isso seja analisado. Sei que V. Exª deve estar chateada, transtornada, irritada, zangada com tudo isso, como eu estou. Mas, infelizmente, estamos vivendo num País em que basta alguém que nunca vimos na vida dizer alguma coisa contra um político, que pega - em político pega tudo. É algo incrível.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Senador, assinei a CPI, e, no primeiro momento em que vi meu nome pairar, sobre o ano de 2001, quando ainda não pensava em ser candidata à Senadora. Fui a toda imprensa de Mato Grosso e autorizei a quebra dos meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, meu e dos meus quatro filhos, que são profissionais absolutamente independentes, não têm nada a ver com a mãe, são absolutamente independentes. Todos autorizaram a quebra de sigilo. Inclusive meu ex-marido, numa prova de grande caráter, telefonou na mesma hora e também autorizou que se quebrassem os sigilos telefônico, bancário e fiscal. Estão todos autorizados! Que se verifique, que se investigue! Não me posso vender. Não sei do que sou acusada, porque não existe do que ser acusada!

Concedo um aparte ao Senador Arthur Virgílio.

A Srª Ideli Salvatti (Bloco/PT - SC) - Senadora Serys, também peço aparte.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Senadora Serys, acompanho com atenção e respeito o seu discurso e lhe passo duas informações: uma, sobre um telefonema que acabo de receber do Senador Magno Malta, que está ausente, está no exterior, e que estaria, neste momento, telefonando e, depois, oficiando ao Presidente Renan Calheiros, fazendo uma primeira abordagem da sua defesa. E me prontifiquei em dizer que S. Exª estava tomando essas providências; a segunda é sobre uma conversa que tive hoje, no corredor, por acaso, mas proveitosa, com o Relator, Senador Amir Lando, que me disse, sabendo até do nervosismo do momento eleitoral, que haverá de ser completamente tranqüila a avaliação dele e que teria mesmo repulsa à idéia de se incluir algum inocente no meio daqueles que, e aí asseguro que, com certeza, possam ser culpados. Vejo também no Deputado Biscaia uma pessoa equilibrada, correta, que procurará mesmo aquilo que, tenho certeza, fará bem a todos as pessoas de bem: justiça. O episódio foi lamentável, o episódio foi denegridor da atividade pública, mas é a segunda vez que V. Exª vem à tribuna para fazer, de maneira pronta e lisa, a sua defesa. Eu lhe desejo felicidade e lhe transmito que a dupla que dirige a Comissão Parlamentar de Inquérito me parece muito bem intencionada nos dois campos: primeiro, poupando inocentes e proclamando inocência; e, segundo, não poupando culpados e proclamando as culpabilidades. Eu tenho a impressão de que seria esse o caminho, e, portanto, seria esta a contribuição que eu poderia dar neste momento.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MS) - Obrigada, Senador Arthur Virgílio.

Antes de conceder o aparte aos Senadores que o pedem - Senador Tião Viana, Senadora Ideli Salvatti, Senador Roberto Saturnino, Senador Edison Lobão, meu amigo querido, Senador Eduardo Suplicy e Senadora Ana Júlia Carepa -, gostaria de dizer que em um momento como este, quando eu me vejo no meio de uma fogueira, a imprensa me pergunta: “A senhora vai antecipar a sua defesa?”, eu disse: “Que defesa? Como vou fazer defesa? Não existe defesa para eu fazer”.

Em primeiro lugar, eu não sei do que estão me acusando, porque é sigiloso. Não sei se estão me acusando e do que estão me acusando. Em segundo lugar, tenho a absoluta convicção de que jamais cometi, não estou cometendo e jamais cometerei qualquer ato de malversação de recursos públicos ou de corrupção. Não aceito. Não admito.

E talvez seja por essa luta tão insana - pois chega a ser insana - que eu travo em meu Estado contra qualquer tipo de corrupção com recursos públicos que estejam querendo me envolver.

Senador Tião Viana.

O Sr. Tião Viana (Bloco/PT - AC) - Senadora Serys Slhessarenko, existe um ataque dirigido à honra de V. Exª, que, além de ser uma Parlamentar que todos respeitamos muito, uma amiga, uma companheira de caminhada e de luta, neste momento expõe a sua vida, a sua condição de Parlamentar, como candidata ao Governo do Estado de Mato Grosso, sua terra. V. Exª está no meio do tiroteio, como dizemos, no campo político, no meio do campo de batalha, portanto, seguramente, sujeita a esse tipo de situação. E tem que ter a grandeza que está tendo. A primeira atitude foi assinar a CPI, um gesto da maior grandeza e que já demonstra muita coragem e determinação para que se apure a fundo. Segundo, colocou todas as suas prerrogativas de privacidade à disposição de uma ampla e transparente apuração. No mais, está sendo vítima de um linchamento precipitado, porque alguém pode ter insinuado o nome de V. Exª, o que poderia ocorrer com qualquer um de nós aqui. V. Exª tem que usar todas as armas, porque se trata da sua honra, estão expondo a sua honra. V. Exª terá o meu apoio em tudo que estiver ao meu alcance, pois, até prova em contrário, V. Exª é absolutamente correta, e não merece a tentativa de destruição de uma caminhada. Sei o quão difícil foi V. Exª chegar até aqui, ao Senado Federal, como uma trabalhadora da educação, uma trabalhadora das lutas populares no Mato Grosso, uma terra em que as desigualdades são tão grandes, e está sendo vítima de um ataque dessa natureza. Hoje, o Deputado Raul Jungmann ligou para V. Exª para prestar solidariedade. O fato, infelizmente, ainda não foi divulgado na imprensa do seu Estado. Espero que a imprensa do seu Estado faça a justiça que V. Exª merece. Ninguém pode ser acusado e linchado até prova em contrário.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - O Deputado Raul Jungmann, já que V. Exª citou, me ligou ao meio dia, pedindo que eu solicitasse à imprensa de Mato Grosso que ligasse para S. Exª, que quer se pronunciar a respeito.

Concedo o aparte à nossa Líder, Senadora Ideli Salvatti.

A Srª Ideli Salvatti (Bloco/PT - SC) - Senadora Serys Slhessarenko, em primeiro lugar, o que vou dizer é absolutamente coerente com o que eu disse quando insistiam em instalar essa CPI, em pleno processo eleitoral. Uma CPI, em pleno processo eleitoral, tem a facilidade de desvirtuar seus objetivos e de servir de palanque eleitoral, como nunca. O que aconteceu com V. Exª é um exemplo escandaloso desse fato, porque o evento ontem era na capital de seu Estado, onde V. Exª é candidata ao Governo. O principal adversário de V. Exª é o atual Governador, do PPS, que, em um depoimento - a própria Senadora Heloisa Helena pode confirmar - de acordo com as informações que recebemos, não foi citado, em nenhum momento, qualquer elemento. A reunião foi reservada, mas alguém saiu lá de dentro e disse que havia três. Depois, saiu dizendo o que havia dos três e deu o nome dos três, quando todas as informações que recebemos é de que não houve nenhuma citação desabonadora.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Foi perguntado se me conhecia, etc. E ele disse que sim, que conhecia, mas que era impossível...

A Srª Ideli Salvatti (Bloco/PT - MS) - Sim, parece que ele disse: “Sim, ela é daqui, é do Estado”. Aí, por coincidência, Senadora Serys Slhessarenko, uma das pessoas que falou com a imprensa é, nada mais nada menos, do mesmo Partido do seu principal adversário na disputa eleitoral em seu Estado. Portanto, esse já é um fato lamentável. E ouço estarrecida que querem instalar mais uma CPI, em pleno processo eleitoral. Parece que ainda não ficaram satisfeitos. E, agora, esse verdadeiro macarthismo, porque é isto que estamos vivenciando no País: o ônus da prova não é de quem acusa, mas de quem é inocente, de quem é condenada, sem saber do que está sendo acusada. Senadora Serys Slhessarenko, tenho pleno conhecimento e compreensão do que V. Exª vive neste momento, porque enfrentei algo semelhante há poucos dias, assim como outros Parlamentares do PT. Está aqui a Senadora Ana Júlia, já com o microfone levantado, inclusive com questões gravíssimas que irá relatar. Portanto, esse tipo de procedimento, a maneira de atuar das CPIs e a forma como determinados Parlamentares acabam se comportando, transformando a CPI não em um processo de investigação, mas em um processo de condenação a priori e de colocar a honra e a história política das pessoas na lama, tudo com o objetivo claríssimo não de investigar, não de apurar, mas de impedir e de dificultar os processos eleitorais, seja no âmbito federal seja no âmbito estadual. Portanto, Senadora Serys Slhessarenko, conte com a solidariedade de toda a Bancada, e tudo que estiver ao nosso alcance para fazer sua defesa e, principalmente, impedir esse tipo de comportamento, que só posso chamar de irresponsável. Não está sob sigilo? Não era reservada? Então, por que tem que sair, de cinco em cinco minutos, para falar com a imprensa? O que tem a fazer, a não ser comprovadamente continuar atuando na lógica da guerra política partidária, e não na lógica dos que se propõem a participar de uma CPI, que é a de investigação?

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senadora Ideli Salvatti.

Concedo o aparte ao Senador Edison Lobão.

O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) - Senadora Serys Slhessarenko, gostaria de fazer um apelo aos Senadores para que fossem breves em seus apartes. A Senadora - sou solidário a V. Exª - já está falando há dezessete minutos, quando o tempo era de apenas cinco minutos. Gostaria que V. Exªs fossem breves, pois existem outros oradores inscritos. Por gentileza, Senadores.

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Senadora Serys Slhessarenko, vim do meu gabinete ao Plenário para dizer a V. Exª que não precisaria ouvir sua defesa para, desde logo, estar convencido da sua inocência. E também não preciso ser do seu Partido - sou do PFL - para julgar isso. Não sei onde vamos parar. A Senadora Ideli Salvatti tem toda razão. Existe um macarthismo, uma epidemia denuncista no País, e das pessoas que denunciam não se cobra nenhuma responsabilidade com o que denunciam. A vitima - V. Exª, no caso, é vítima - é que tem que tomar as precauções e as providências. É a inversão completa de tudo que aprendemos, inclusive na Faculdade de Direito. O ônus da prova cabe a quem acusa, a quem alega, e não àquele que é vítima dessas alegações.

Cumprimento V. Exª pelo que está fazendo. O sigilo bancário é coisa séria e deve ser preservado mas, nessas circunstâncias, V. Exª agiu muito bem. Eu faria a mesma coisa. Todavia não podemos baratear o sigilo bancário a cada minuto, a cada denúncia.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Ficamos assustadas, Senador. “Ela tem dinheiro depositado na conta dela, tem isso e tem aquilo...” Então eu abri o sigilo bancário, fiscal e telefônico, meu e de todos os meus familiares, já há três meses, mas ninguém está buscando. Estou esperando que busquem para investigar. Está aberto. Quero facilitar as investigações, mas ninguém me diz do que sou acusada e está tudo em sigilo. Acontece que a toda hora há vazamento, e ficam essas coisas absurdas.

Ouço V. Exª, Senador Roberto Saturnino. Mas peço que seja breve, diante da solicitação do Presidente.

O Sr. Roberto Saturnino (Bloco/PT - RJ) - Serei breve, Senadora. Normalmente não precisaria fazer este aparte, mas é que cala na alma da gente a ânsia de denunciar esse denuncismo. V. Exª tem uma história, uma biografia que a coloca muito acima dessas tentativas de deslustrar a imagem de V. Exª. No entanto, as coisas acontecem e acontecem com um propósito que não é o de investigar, mas de atingir a imagem de uma pessoa que tem um projeto político que não é individual, é partidário, ideológico, mas que precisa ser atingida exatamente para prejudicar essa caminhada política. Isso nos deixa indignados e nos leva ao dever de aparteá-la exatamente para dizer que V. Exª está muitíssimo acima de qualquer denúncia que passe pela vida e pela imagem de V. Exª sem o mínimo arranhão. Fica aqui a nossa manifestação de indignação e de solidariedade a V. Exª.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

Senador Wellington Salgado de Oliveira.

O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB - MG) - Senadora Serys Slhessarenko, eu sou membro dessa Comissão chamada CPI das Sanguessugas - seria CPI das Ambulâncias. Tirei três dias para ler toda a documentação sigilosa. Não posso falar o que contém; está restrita aos membros da Comissão. Eu não sei nem por quê! Sou membro e vou até o final dessa Comissão, porque ela vai ter que apurar direito e julgar direito. Não vi grandes coisas. O trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal está sendo muito bem feito, como foi colocado aqui no início dos trabalhos, quando se questionava a criação dessa CPI. O Ministério Público está investigando perfeitamente, a Polícia Federal, perfeitamente. Li a documentação, não vi grandes provas. Vi nomes citados, mas nada de concreto. Não vi o nome de V. Exª. Quero dizer isso aqui. Pelo menos na parte que eu já vi. Agora a CPI está vindo com outros documentos, que eu vou querer ler. Eu assinei a CPI, porém foi colocada em momento errado; podem estar usando-a com o intuito de mexer com alguns Deputados ou Senadores que estão nesse momento em campanha. Quero dizer outra coisa: nós tivemos exemplo, até mesmo - vou citar nomes - da Deputada Denise Frossard, que é uma pessoa de bem. Foi falado que não tinha chance de fazer qualquer coisa com ela. No entanto, o nome dela foi citado no início. Ela tem que se defender e cai no grande veículo de comunicação. Então, Senadora Serys Slhessarenko, eu quero dizer o seguinte: eu, como membro dessa Comissão, vou fazer a minha parte. Vou brigar. Se não tiver prova contra Parlamentar meu voto é contra e vou apresentar voto em contrário.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

Senador Gilberto Mestrinho, V. Exª pediu aparte?

O Sr. Gilberto Mestrinho (PMDB - AM) - Nobre Senadora Serys, infelizmente, o sucesso custa caro; e os adversários, medíocres às vezes, sem possibilidades, por inveja ou por outros motivos, procuram atingir a honra - como a de V. Exª, nobre colega aqui, cuja atuação parlamentar é das mais conscientes e brilhantes - com aleivosias e falsas denúncias. Eu quero lhe trazer a minha solidariedade e o meu apoio.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

O Sr. Gilberto Mestrinho (PMDB - AM) - Ninguém acreditaria que V. Exª tivesse qualquer envolvimento em um processo desse. Essa é a realidade. Eu vi a Senadora Heloísa Helena justificando a solidariedade dela, porque V. Exª não tem nem jeito disso. Obrigado, Senadora.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

Senador Eduardo Suplicy, ouço V. Exª.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Senadora Serys Slhessarenko, hoje, pouco antes da reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito, avaliei e ponderei ao Presidente Antonio Carlos Biscaia que talvez fosse o caso de aqueles que estiveram em Mato Grosso, em Cuiabá, ontem, fazerem uma nota esclarecedora dos fatos. Entretanto, tendo em vista a determinação do Supremo Tribunal Federal para que as investigações sejam, até o presente, realizadas de maneira sigilosa, o Presidente Biscaia avaliou que seria melhor não comentar o que foi dito e o que não foi dito. Mas, conforme aquilo que pudemos ouvir ontem ali na reunião reservada e também fora dela dos Senadores que estiveram presentes, como a Senadora Heloísa Helena, o Deputado Fernando Gabeira e o próprio Presidente Biscaia, não houve qualquer menção que pudesse significar algo como uma denúncia a V. Exª. Agora, o que considero importante é que o Presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia, consiga com a Ministra Ellen Grace, com quem S. Exª iria falar hoje à tarde, buscando a interpretação adequada, que a Comissão Parlamentar de Inquérito, em virtude de todos esses problemas, passe a realizar os seus trabalhos de maneira aberta, de forma tal que não surjam essas distorções. Mas quero expressar e reiterar a minha confiança no seu procedimento e na sua história.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

O Sr. Gilberto Mestrinho (PMDB - AM) - E dizer que ninguém acreditaria que V. Exª tivesse qualquer envolvimento em um processo desse. Essa é a realidade. Eu vi a Senadora Heloísa Helena justificando a solidariedade dela, porque V. Exª não tem nem jeito disso. Obrigado, Senadora.

O Sr. Antônio João (PTB - MS) - Senadora Serys, ouvi aqui o Senador Mestrinho dizendo que o sucesso custa caro; mas a maldade custa muito barato. Quando passou aqui a lista de assinaturas para a formação dessa CPI, fui um dos que não assinaram. Justo eu, que estou novo e durarei pouco aqui, por sinal. Não assinei porque eu achava naquele momento, e continuo achando, que ela seria primeiro instrumentalizada pelos bandidos que participaram desses atos de corrupção; eles a utilizariam porque quanto mais pessoas inocentes eles envolvessem melhor para eles. Eles querem distribuir responsabilidades, mesmo que as pessoas não as tenham. E depois imaginei também que seria instrumento para os maus políticos usarem contra as pessoas de bem. Todavia, sou membro da CPI em curso, vou me aprofundar nessas investigações a partir de agora para saber o que realmente existe. Tenho muito receio do que vai acontecer no relatório final, embora as pessoas que o devam fazer, o Senador Lando e o nosso Presidente Biscaia, sejam pessoas extremamente corretas. Mas eu já descobri também que a CPI vai depender única e exclusivamente dos inquéritos da Polícia Federal, do Ministério Público e tudo o mais. Dessa forma, eu entendo que se já tão adiantado lá está por que se faria uma CPI cujo relatório será baseado naquilo que já está apurado? De qualquer forma, eu só queria dizer à Senadora Serys que eu nasci mato-grossense, depois se dividiu o Estado e fiquei no Mato Grosso do Sul. Lamento que eu não tenha meu título de eleitor lá em Mato Grosso, porque eu daria o meu voto a V. Exª com a maior tranqüilidade, pela sua seriedade e pela certeza que eu tenho de que essa é uma grande confusão que estão armando muito mais no campo político.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada.

Só queria registrar, antes de conceder o aparte ao Senador Antônio João e à Senadora Ana Júlia, que amanhã entrarei com três requerimentos: um ao Supremo Tribunal Federal, um ao Procurador-Geral da República e um à CPI para saber o que existe a meu respeito porque eu preciso saber.

Eu busco saber, e as pessoas dizem que não tem, que não tem, mas de repente alguém fala alguma coisa, sai alguma coisa e continua essa história como hoje mesmo está aí em toda a imprensa.

Senador Antonio Maria, por favor.

O Sr. José Sarney (PMDB - AP) - Senadora Serys, nós todos somos testemunhas da maneira com que V. Exª tem-se conduzido nesta Casa. É uma Senadora exemplar, cujo trabalho é reconhecido por todos nós. A sua biografia, a sua luta e a sua vida jamais autorizam quem quer que seja a achar que V. Exª participa de um assunto dessa natureza. Assim, receba a nossa solidariedade por todas as providências que está tomando para desfazer imediatamente esse equívoco. Todos nós estamos certos de que V. Exª não tem nada a ver com isso.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Muito obrigada, Senador.

Senadora Lúcia Vânia.

A Srª Lúcia Vânia (PSDB - GO) - Senadora Serys, eu gostaria, neste momento, de me solidarizar com V. Exª e dizer que nós que a conhecemos e trabalhamos juntamente com V. Exª estamos também perplexos. Perplexos com a maldade que estão fazendo com V. Exª, porque conhecemos a sua trajetória política, a sua luta. Todos nós temos um apego muito grande à trajetória que construímos com muita dificuldade; e, como mulher, essa trajetória se torna ainda mais difícil, mais dura. V. Exª tem sido um exemplo na luta em favor da mulher, um exemplo de dedicação, de trabalho, de carinho. É uma colega única. Eu sou sua opositora politicamente, mas a respeito profundamente pelo que tem feito aqui no Congresso Nacional. Portanto, receba a minha solidariedade e o meu abraço.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada.

Senador Garibaldi e, logo após, Senadora Ana Júlia.

O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) - Senadora Serys, recentemente, participei de uma CPI e pude avaliar como é difícil aquele trabalho. Mas espero que os membros dessa CPI possam ter o cuidado de fazer justiça. Em se fazendo justiça, não há dúvida de que, preliminarmente, o nome de V. Exª mostra-se intocável, inteiramente fora de qualquer cogitação de investigação dessa natureza. Receba a minha solidariedade.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador.

Senadora Ana Júlia.

A Srª Ana Júlia Carepa (Bloco/PT - PA) - Serei muito breve, Senadora, e quero aqui também falar em nome da Senadora Fátima Cleide, que, não podendo estar aqui, ligou-me para que eu pudesse prestar-lhe solidariedade, coisa que já fiz em outro momento. Sabemos que, pelo fato de sermos hoje do PT, pela nossa trajetória política, por ser V. Exª uma mulher de luta, batalhadora, já somos vítimas em potencial das calúnias, já somos vítimas em potencial desse processo, como falou a Senadora Ideli Salvatti, desse verdadeiro macarthismo que está existindo no País contra aqueles que têm a coragem de dedicar a sua vida, como V. Exª, ao combate à corrupção, às injustiças, às grilagens de terra. Então, quero mais uma vez me solidarizar com V. Exª, Senadora Serys. Sei que V. Exª está sendo envolvida porque é do PT, pela sua trajetória e também por ser candidata a Governadora. Nós todos somos vítimas. Espero fazer ainda mais uma denúncia de mais um absurdo também de que estou sendo vitima no meu Estado, infelizmente.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Senador Antonio Carlos Valadares, embora não o esteja visualizando, concedo-lhe um aparte.

O Sr. Antonio Carlos Valadares (Bloco/PSB - SE) - Senadora Serys Slhessarenko, estou um pouco distante de V. Exª, mas muito perto daquilo que a nobre Colega está vivenciando. Sei do sofrimento de V. Exª, da sua família e dos seus amigos, em função de uma acusação indevida e precipitada, que partiu principalmente de Parlamentares membros da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a questão das sanguessugas, que levados, quem sabe, por interesses eleitoreiros, dão entrevistas atabalhoadas, sem justificativa e sem nenhum sentido, como se fossem verdadeiros relações públicas do Congresso Nacional e da CPI. Ora, essa precipitação leva ao cometimento de injustiças, à desmoralização da própria CPI e do próprio Congresso Nacional. Essa CPI foi formalizada em época que antecede as eleições. Sabemos que ninguém desconhece a força, o prestígio, a credibilidade da personalidade de V. Exª no seu Estado, inclusive como candidata à Governadora e como uma das Senadoras mais atuantes notadamente na área social. Tudo isso gera ciúme, inveja, despeito. Basta que uma notinha, por menor que seja, saia no jornal para que haja manchetes no Estado, desmoralização e comentários desairosos contra pessoa honesta, que levou sua vida sempre na base da honradez e do comprometimento com as causas sociais. Sei que V. Exª sofreu e está sofrendo com isso. Mas o povo não lhe será injusto, reconhecerá o seu valor mais uma vez e repudiará qualquer acusação como essa, tão injusta, direcionada contra pessoa que todos consideramos honrada, digna, honesta e um exemplo e padrão a ser seguido no Senado, pelos mais jovens e pelos que estão aparecendo agora na política. Portanto, Senadora Serys Slhessarenko, receba a minha solidariedade e o meu respeito. Faço isso de forma aberta. Quem tem o passado de V. Exª não tem nada do que se envergonhar nem temer, mas vem à tribuna assim, de forma tranqüila, falar aos seus Colegas e à Nação. Fique mais tranqüila ainda, pois quem conhece V. Exª são as pessoas do seu Estado. Portanto, repudio esse tipo de coisa. No Supremo Tribunal Federal, há um cuidado em não divulgar precipitadamente nomes que estão sendo investigados. Já na CPI, ninguém divulgou os 15 nomes que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal. De repente, alguém da CPI, sem nenhuma prova, sem nenhum justificativa plausível, coloca o nome de V. Exª em uma situação deplorável do ponto de vista ético. Portanto, a minha solidariedade, o meu encorajamento. Não baixe a cabeça. Levante a cabeça, como V. Exª sempre agiu aqui no Senado e no seu Estado. Vamos à vitória na sua carreira política.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Muito obrigada.

Com a palavra o Senador Flexa Ribeiro.

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - Senadora Serys, quero solidarizar-me com V. Exª, apesar de sermos de partidos opostos. O convívio com V. Exª no Senado Federal, bem como a tranqüilidade com que vem à tribuna pela segunda vez, nós dão a certeza de que essas acusações sem prova que estão atingindo V. Exª são infundadas e de que a verdade surgirá. Como já foi dito por outros Pares, V. Exª não tem nada a ver com o que está sendo mencionado pela imprensa.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Muito obrigada.

Com a certeza de que a verdade surgirá, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não vou questionar o sigilo. O sigilo existiu. As Srªs e os Srs. Senadores e Deputados da CPMI não tem que fazer nenhum tipo de declaração com relação ao conteúdo. Estou discutindo a questão da forma, que infelizmente vazou. Não sabemos o que é verdade e o que não é. E é isso que esperamos que seja esclarecido, e o será, com certeza.

Mas, encerrando, eu gostaria de dizer que, em ano eleitoral, é comum esse tipo de denúncia leviana. Espero que a política brasileira supere esse tipo de coisa. Não admito meu nome na boca de bandido! Quem participou dessa tal de máfia da ambulância sanguessuga é bandido. São bandidos os empresários que fazem parte disso e são bandidos os políticos que participaram disso. Eu não só não tenho a menor possibilidade de estar nessa história mas também não aceito o meu nome dito por eles. Terão que provar, sim! O ônus da prova vai caber a eles, sim. Vão ter que provar ou serão processados às últimas conseqüências. Como eu disse, amanhã estarei entrando com requerimento na CPI, no Supremo Tribunal Federal e também na Procuradoria Geral da República, buscando obter informações a respeito do que existe com relação à minha situação nesses órgãos.

Minha vida é construída às claras. Não me vergarei a denúncias caluniosas, nunca me verguei. Isso é costumeiro. Há quatro anos, às vésperas da minha eleição, em Mato Grosso, as denúncias foram muito piores, muito mais graves do que essas contra a minha pessoa, mas felizmente o povo de Mato Grosso tem consciência, tem conseqüência e me conhece e conhece a minha história

Não teve jeito. Fizeram as piores denúncias e eu fui eleita. Aliás, aconteceu o contrário. Eu estava muito atrás nas pesquisas. Quando denúncias gravíssimas foram feitas contra a minha pessoa, a partir daquele momento, começou a mudar a minha história eleitoral para o Senado Federal. E eu cheguei aqui.

Assim, o ônus da prova cabe, com certeza, a quem acusa. Apesar da dor que tais acusações causam, não terei do que me defender. Hoje, a imprensa me perguntava se eu ia fazer uma defesa antecipada. Eu falei: “De quê? Eu não tenho as informações”. Em primeiro lugar, tenho certeza de que não cometi nenhuma irregularidade e, em segundo lugar, não sei do que estão me acusando. Portanto, não posso fazer uma defesa, mas, se aparecerem essas acusações, com certeza, a defesa será feita. Apesar de que, a partir do momento em que eu abri o meu sigilo fiscal, bancário e telefônico, assim como o de todos os meus filhos e o do meu ex-marido, não acredito que eu possa ter mais o que oferecer para que sejam feitas as investigações. Tenho minha consciência e meu coração em paz. Por ser inocente, não tenho o que temer.

Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, deixo aqui a minha gratidão e o meu carinho a cada um que se pronunciou. Agradeço a primeira pessoa que falou: a Senadora Heloísa Helena. Sei da dificuldade que S. Exª tem em fazer isso, mas S. Exª fez. Foi corajosa. Foi corajosa.

Agradeço ao último Senador que se pronunciou, a todos os meus companheiros e companheiras do Partido dos Trabalhadores, à minha Líder, que realmente está mostrando ao Brasil a força da mulher. Agradeço à Senadora Lúcia Vânia - já agradeci à Senadora Heloísa Helena - e à Senadora Ana Júlia Carepa, minha querida companheira, também candidata ao Governo. 

Sabemos que as dificuldades serão muitas, mas digo e repito: nunca me verguei e não me vergarei ao poder econômico, não me vergarei às injustiças, às calúnias, as quais enfrentarei como sempre. Costumo dizer: não façam a minha defesa. Digo sempre lá no meu Estado: quando fizerem qualquer denúncia contra mim, não façam minha defesa. Peçam o nome completo, RG e CPF, porque essas pessoas serão interpeladas diante do juiz, porque é lá que elas têm que explicar as calúnias, as injúrias, as difamações e lá serão processadas, com certeza, criminal e civilmente, por danos morais. Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/07/2006 - Página 23900