Pronunciamento de Arthur Virgílio em 12/07/2006
Discurso durante a 108ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários ao artigo intitulado "Diretas Já. E daí?" da jornalista Eliane Cantanhênde, publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição de 9 do corrente.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- Comentários ao artigo intitulado "Diretas Já. E daí?" da jornalista Eliane Cantanhênde, publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição de 9 do corrente.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/07/2006 - Página 23915
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), HOMENAGEM POSTUMA, DANTE DE OLIVEIRA, EX GOVERNADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), EX-DEPUTADO, DEFESA, ELEIÇÃO DIRETA, LUTA, REDEMOCRATIZAÇÃO, ANALISE, HISTORIA, PERIODO, GRUPO, POLITICO, IDEOLOGIA, MELHORIA, SITUAÇÃO, BRASIL, INCLUSÃO, ORADOR.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, somente hoje me deparei com um artigo publicado pela Folha de S.Paulo, em 9 de julho deste ano, pela jornalista Eliane Cantanhêde, intitulado “Diretas-Já. E daí?”, a respeito da morte do nosso companheiro Dante de Oliveira, nosso colega de Câmara dos Deputados - chegamos juntos, V. Exª, ele e eu, àquela Casa.
Ela se refere a ele com muito carinho e cita a mim, Márcio Lacerda, Márcio Santilli e João Hermann - esqueceu o Leonélio - e tantos outros daquele chamado “grupo dos capuchinhos”, que era formado por jovens Deputados da esquerda do PMDB. À exceção de mim próprio, que sou praticamente imberbe, os demais eram barbudos; daí o apelido que a imprensa em nós pespegou de “os capuchinhos”.
A jornalista diz palavras muito bonitas. Fala que nós queríamos, àquela altura, cheios de garra e utopia, fazer com que a política mudasse o mundo. Então, refere-se a um Brasil que estava renascendo; à emenda relativa às Diretas Já, que parecia impossível se tornando possível. E descreve Dante como uma figura altíssima, magrela, que falava pelos cotovelos, vivia cheio de idéias, pensava grande e estava no primeiro mandato na hora em que virou pai da emenda histórica.
Depois ela diz:
Os “meninos” cresceram. Alguns desistiram, como Santilli, que se tornou indigenista. Outros ganharam e perderam governos, viraram senadores, continuam deputados. Mas cada um foi para um lado. Hermann está com Lula, Virgílio é o estridente líder tucano no Senado, Dante retornou às origens, governando Mato Grosso.
Eu nem sabia que era tão estridente assim; pensei que não fosse.
E finaliza:
Sua trajetória é como a de tantos outros: o talentoso, inteligente e sonhador que se vê às voltas com o poder, a administração, as pressões, as demandas sociais imensas e as verbas mínimas. Dura a vida. Com mensalões, sanguessugas e todo o resto, é bom pensar no jovem Dante de Oliveira e perguntar onde, raios, se meteram os novos “capuchinhos”. Foram expulsos pelos severinos? Ou pelo desalento?
Eu gostaria, Sr. Presidente, com muito respeito, de pedir a inscrição nos Anais deste belo artigo, tão sintético, bem no estilo da Eliane Cantanhêde, este artigo que fala do Dante e fala de um momento bonito da vida que eu próprio vivi, e dizer que ela própria cresceu muito. Era uma menina também e se tornou essa jornalista respeitada, isenta e independente que o Brasil inteiro reverencia.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
”Diretas-já. E daí?”