Discurso durante a 121ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Manifestação com relação ao pronunciamento do Senador Almeida Lima sobre cobrança de divulgação pela Corregedoria Parlamentar do Senado das informações acerca das investigações sobre senadores acusados de envolvimento em irregularidades.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.:
  • Manifestação com relação ao pronunciamento do Senador Almeida Lima sobre cobrança de divulgação pela Corregedoria Parlamentar do Senado das informações acerca das investigações sobre senadores acusados de envolvimento em irregularidades.
Publicação
Publicação no DSF de 02/08/2006 - Página 25691
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.
Indexação
  • DESCONHECIMENTO, ACUSAÇÃO, DISCURSO, ALMEIDA LIMA, SENADOR, COMENTARIO, NOTICIARIO, IMPRENSA, VINCULAÇÃO, CONGRESSISTA, DESVIO, RECURSOS, INVESTIGAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, AMBULANCIA, NECESSIDADE, GARANTIA, DIREITO DE DEFESA, AUSENCIA, INCLUSÃO, ORADOR.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU), IDENTIFICAÇÃO, SUPERFATURAMENTO, AQUISIÇÃO, AMBULANCIA, MUNICIPIOS, SAUDAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, POLICIA FEDERAL, MINISTERIO PUBLICO, REITERAÇÃO, APREENSÃO, ORADOR, TENTATIVA, MANIPULAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), FAVORECIMENTO, CAMPANHA ELEITORAL.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, em primeiro lugar, não tive a oportunidade de ouvir na íntegra o depoimento do Senador Almeida Lima. Portanto, posso estar expressando algum tipo de posicionamento apenas pelo que me foi relatado. Mas eu não entendi por que o meu nome constou desse pronunciamento. Eu não entendi. Talvez seja por conta de reportagens sobre as quais já tive oportunidade de vir à tribuna prestar esclarecimentos e apresentar documentos. É uma situação que se arrasta há mais de ano. Eu já tive oportunidade de solicitar por escrito, documentalmente, e, caso houvesse alguma dúvida, já faz um ano que o Procurador-Geral da República estabelece o devido processo de investigação.

Então se é sobre essa questão, entendi menos ainda. Se for por conta de reportagens, posso elencar aqui, pelo menos, algumas dezenas de Senadores e Senadoras sobre os quais há reportagens colocando em dúvida um ou outro procedimento de sua ação parlamentar. Portanto, se o objeto do pronunciamento é: “saiu na imprensa, deu manchete de jornal, vai para a Corregedoria, tem que se explicar, tem que não sei o quê”, volto a dizer, há algumas dezenas. Se for outra a questão, aí então não entendi nada. A impressão que me dá é que, ao colocar meu nome junto com outros nomes, estão querendo levantar ainda questões a respeito de minha atuação parlamentar. Nesse sentido, é muito bom ir com calma. Fiz pronunciamento, na semana passada, aqui desta tribuna - é só consultar as notas taquigráficas.

É muito grave, temos que ter calma porque nessa situação tem que se respeitar aquilo que é um dos pilares da Justiça brasileira: todos são inocentes até prova em contrário.

As investigações estão em andamento; as pessoas estão apresentando suas defesas, como aconteceu com a Senadora Serys, que já veio inúmeras vezes a esta tribuna. Portanto, em tudo isso tem que se dar, em primeiro lugar, a presunção da inocência e o procedimento às investigações.

Volto a afirmar que, no caso das sanguessugas, são feitos grandes discursos, mas essa investigação foi iniciada pela Controladoria-Geral da União, com os sorteios dos Municípios, nos quais se identificou a coincidência: havia superfaturamento toda vez que se comprava ambulância de determinadas empresas. Foi a Controladoria-Geral da União que chamou a Polícia Federal, que fez uma parceria com o Ministério Público, que prendeu e que trouxe a público. Inclusive, na semana passada, publicaram-se nomes de alguns Parlamentares que nem sequer estavam arrolados nas investigações da CPI, como também prefeitos e outras autoridades. Então é muito bom ter calma e tranqüilidade.

            Volto a dizer: meu grande medo nessa CPI era a partidarização, o cabo-de-guerra eleitoral. Só dessa forma eu posso entender determinadas falas dentro deste plenário.

Obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/08/2006 - Página 25691