A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srª s Srs. Senadores, tem que ser muito breve a minha fala, porque é pela ordem. Eu respeito e peço ao Sr. Presidente que controle meu tempo, por favor.

Já assomei a esta tribuna para falar desta questão, Senador Almeida Lima, algumas vezes com descrições muito longas e com o apoio de muitas Srªs e Srs. Senadores por ocasião do meu pronunciamento.

V. Exª está coberto de razão quando diz que precisamos resolver esta questão. É preciso resolver porque não dá mais para continuar o desgaste que estamos sofrendo.

Não há uma prova, sequer meia prova, contra a minha pessoa, nenhuma prova documental. Existe sim a suposição de que, talvez, a Senadora Serys soubesse de determinado fato. Talvez! Com prova testemunhal, de forma totalmente indireta.

Ontem entreguei aqui documentos com todas as respostas possíveis a respeito da minha pessoa. São quarenta páginas de um relatório e mais outras tantas de documentação. Aqui estão quebrados o meu sigilo fiscal, o meu sigilo bancário. Todas as provas. Dizem que se buscou dinheiro para pagar contas minhas de campanha de 2002, em 2003 e 2004. Está aqui a certidão do TRE do Estado de Mato Grosso. As minhas contas foram apresentadas exatamente no tempo previsto, sem dever nenhum real. Não ficou nenhum real nas contas para se pagar. Um ano depois, alguém diz que estou pedindo dinheiro; que alguém estaria pedindo dinheiro em meu nome para pagar conta minha. Ninguém teve autorização, nunca, para fazer isso até porque não existia conta. Portanto, senhoras e senhores, há aqui um relato detalhado da minha inocência. Não tenho absolutamente nada com essa máfia. Não conheço essas empresas, não conheço essas pessoas que estão tentando denegrir o meu nome. Não sei o porquê. Tem gente que diz até que eu sei, porque estou disputando o Governo do Estado de Mato Grosso. Mas prefiro dizer que não acredito que exista ser humano tão maldoso capaz de fazer calúnias e difamações desse nível por causa de disputa eleitoral.

Portanto, Srªs e Srs. Senadores, infelizmente, não posso divulgar este documento porque dizem que é sigiloso, embora se diga que o depoimento do delator premiado seria sigiloso - hoje está em toda a imprensa.

Eu já entreguei à CPI ontem e hoje ao Senador Tuma, que prontamente recebeu e disse que vai trabalhar com a máxima agilidade possível.

Realmente, V. Exª está correto, Senador Almeida Lima, quando diz que isso é insustentável e insuportável. Quando V. Exª diz isso, está defendendo a Casa. Mas imagine nós, que estamos sendo, de forma injusta e infame, colocados dentro de uma máfia, que nunca... Todos, em Mato Grosso e acredito que no Brasil também, conhecem a minha postura e a minha prática. Não tive participação em nenhum ato que signifique qualquer irregularidade. A minha história não permite isso. Não vou permitir que isso seja colocado como verdade.

Para encerrar, não acredito que o mal e a mentira possam se sobrepor ao bem e à verdade.