Discurso durante a 125ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia, no Estado do Rio de Janeiro.

Autor
Tião Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Afonso Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Outros:
  • Homenagem ao Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia, no Estado do Rio de Janeiro.
Aparteantes
Heráclito Fortes.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2006 - Página 26085
Assunto
Outros
Indexação
  • COMENTARIO, CRESCIMENTO, POSSIBILIDADE, VOTO FAVORAVEL, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMPARAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL, GESTÃO, ANTERIORIDADE.
  • HOMENAGEM, INSTITUTO NACIONAL, TRATAMENTO MEDICO, ORTOPEDIA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), APOIO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), POSSIBILIDADE, AMPLIAÇÃO, MELHORIA, ATENDIMENTO, REABILITAÇÃO, PACIENTE, ELOGIO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL.
  • ANUNCIO, INSTITUTO NACIONAL, TRATAMENTO MEDICO, ORTOPEDIA, CRIAÇÃO, UNIDADE, ATENDIMENTO, IDOSO, CRIANÇA, DOENTE, AGRADECIMENTO, MINISTERIO DA SAUDE (MS).

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC) - Usarei no máximo cinco minutos, pois meu Colega Sibá Machado quer falar em seguida.

Em razão da consideração e do respeito que tenho pela inteligência política do Senador Heráclito Fortes, no seu justo direito e exercício parlamentar de fazer crítica ao Governo que defendo desta tribuna, com muita clareza e com muita tranqüilidade, gostaria de lembrar-lhe que, nessa mesma época do ano de 2002, o Presidente Lula estava com 33% de aprovação popular para ser indicado Presidente da República. Hoje está com 44%. Então, alguma coisa precisa ser revista nesse debate entre Governo e Oposição para que possamos tratar o debate eleitoral em um plano que envolva mais um personagem: o eleitor brasileiro, o povo brasileiro.

Com o meu pronunciamento de hoje, pretendo fazer uma homenagem ao Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia, que tem sede no Rio de Janeiro e é uma instituição federal pertencente ao Ministério da Saúde dirigida pelo Dr. Sérgio Luiz Côrtes da Silveira.

O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Peço um aparte, Senador Tião Viana.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC) - Com muito prazer, Senador Heráclito Fortes, ouvirei V. Exª.

O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Quero apenas ajudar-lhe. Os números da pesquisa do Presidente Lula, naquela época, eram bem maiores do que esses que V. Exª citou.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC) - São dados do jornalista Fernando Rodrigues, que passarei ao seu gabinete.

O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Quero saber de qual instituto.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC) - Passarei os dados a V. Exª, que vai concordar...

O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Desse período em diante, o Presidente Lula, em momento algum, esteve abaixo dos 40%. De qualquer maneira, naquela época ele era o virtuoso, o sem-pecado, o homem da esperança.

Agora vai ser mais difícil, até pelas más companhias que ele vai ter no palanque. Já soube, no entanto, que V. Exª tomou providências enérgicas para que, no Acre, isso não aconteça. Parabéns a V. Exª.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC) - Pelo grande quadro político que é, conto com V. Exª no pacto de governabilidade que firmaremos para colaborar com o segundo governo do Presidente Lula.

Sr. Presidente, trago a homenagem ao Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia. O Dr. Sérgio Côrtes teve a oportunidade, dada ainda na gestão do Ministro Serra, de dirigir aquele Instituto. Fez uma forte administração, interveio em erros e desvios de finalidade que tinha aquela Instituição, que é responsável por 80% dos atendimentos traumato-ortopédicos no Estado do Rio de Janeiro e 5% dos atendimentos no Brasil e que cumpre um papel da dimensão que tem a Rede Sarah de Hospitais no Brasil - a Rede Sarah concentra sua atuação no campo da reabilitação do aparelho locomotor e o Into, muito mais no campo cirúrgico, mas também um pouco no campo da reabilitação.

Foi criado um projeto nacional, no qual tive o prazer de opinar, de sugerir, sensibilizar para a realidade da região Norte em relação às doenças traumato-ortopédicas. As milhares de vítimas de acidentes de trânsito neste País padecem muito e, no meu Estado, como em outros Estados, não temos especialistas suficientes - não tínhamos à época -, e o Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia resolveu estender a sua mão. Colocou um satélite e criou o chamado Projeto Suporte. Hoje já atua em vinte Estados brasileiros, levando especialistas do Rio de Janeiro em atividades visitantes, fazendo procedimentos cirúrgicos.

Amanhã estarão em meu Estado e lá ficarão até a próxima terça-feira, fazendo procedimentos como colocação de prótese de quadril, prótese de fêmur - um procedimento desses custa, no mínimo, R$ 30 mil. Eles levam os equipamentos, a equipe, a especialidade, treinam a equipe local e deixam a continuidade desse serviço. É uma verdadeira revolução no País graças a uma decisão do Ministério da Saúde e a uma intervenção desse Instituto.

Agora, foi apresentado para o Brasil o Novo Into, projeto que fará uma mudança profunda no sistema de atendimento tráumato-ortopédico brasileiro. A área de construção vai sair de 14 mil metros quadrados para 69 mil; leitos comuns: 256 e leitos CTI: 44, mais do que dobrando; salas cirurgia: 18; leitos hospital/dia: 18; salas de cirurgia hospital/dia: 3; consultórios: 64; cirurgias/ano: 19.700; consultas e procedimentos: 305 mil/ano. Hoje, a fila de espera é de 10 mil pessoas no Rio de Janeiro, graças à lamentável crise da saúde pública naquele Estado, que o Ministério da Saúde tem tentado ajudado e intervir. Reduziremos a fila de espera para 2 mil pessoas. A espera média de 36 meses - imagine V. Exª três anos de espera para se fazer uma cirurgia ortopédica de alta complexidade no Rio de Janeiro - será reduzida para 12 meses, padrões comparáveis aos da Suíça, Finlândia e Noruega.

Esta é uma decisão do Governo do Presidente Lula: investir também numa área delicada da saúde pública brasileira, que é a média e a alta complexidade. Já temos essa cobertura de atendimento em 20 Estados brasileiros.

Esse trabalho do Into somado ao da Rede Sarah de hospitais, podemos dizer que o Brasil, nas doenças do aparelho locomotor, é um País que está avançando de maneira surpreendente, afirma-se como primeiro da América Latina - os serviços da Rede Sarah são equiparados aos melhores do mundo - e está fazendo esse tipo de intervenção e de correção de investimentos à altura de um novo tempo.

No Acre, tivemos crianças com o pezinho torto congênito, pessoas que estavam há anos deitadas nos leitos sem poder levantar-se, hoje fazendo movimentos; tivemos próteses colocadas, de quadril, de joelho. Estou falando em procedimentos de alta complexidade, R$30 mil um procedimento desses, a que pobres não tinham direito a ter acesso e hoje têm, em 20 Estados brasileiros, graças a esse tipo de ação. Só na nossa região foram mais de 500 procedimentos de média e alta complexidade.

Agora, esse novo projeto vai compor Centro de Tratamento Ortopédico do Idoso, Centro do Traumatismo Raque-Medular, Centro de Trauma Ortopédico Referenciado, Centro de Trauma Infantil, Centro de Doenças Neuromusculares, Centro de Doenças Congênitas, Centro de Tratamento da Dor Crônica, Centro de Reconstrução Articular, Centro de Infecção Ósteo-Articular, Centro de Reconstrução Crânio-Maxilo-Facial.

É um trabalho admirável, e é uma das 60 unidades hospitalares do mundo, entre as quatro do Brasil, que estão com certificação de acreditação nas referências internacionais.

Então, Sr. Presidente, eu queria, nesta homenagem ao Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia (Into), ao Ministro da Saúde, Agenor Álvares, ao Diretor daquela Unidade, Dr. Sérgio Cortez, dizer que é do meu propósito uma luta para que possamos consolidar e implantar, no Estado do Acre, um projeto de suporte que signifique a presença de um modelo Into e Sarah Kubitschek para sermos uma referência de acolhimento, que já somos hoje de irmãos peruanos e bolivianos e também de irmãos dos Estados vizinhos nas áreas de fronteira, para dar cobertura àqueles que são vítimas graves e que perdem a qualidade de vida, perdem a capacidade laborativa quando têm um trauma, um acidente que os deixa imobilizados, paralíticos, tetraplégicos, em decorrência dos acidentes do aparelho locomotor.

Então, faço esta homenagem num justo reconhecimento a uma unidade que só tem ajudado a Amazônia e as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Recebemos, agora, R$3,800 milhões em equipamentos, que vieram de uma luta travada em parceria, para os hospitais de alta e média complexidade do Estado, a fim de que possamos atender à população vítima dos acidentes e dos traumas na nossa região.

Por isso, a minha gratidão e o meu reconhecimento ao Ministério da Saúde.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2006 - Página 26085