Discurso durante a 105ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento de Dante de Oliveira, notável político e homem público brasileiro, artífice do movimento Diretas Já, criado durante a luta em favor do restabelecimento do Estado de Direito Democrático no Brasil.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento de Dante de Oliveira, notável político e homem público brasileiro, artífice do movimento Diretas Já, criado durante a luta em favor do restabelecimento do Estado de Direito Democrático no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 08/07/2006 - Página 23123
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, DANTE DE OLIVEIRA, EX PREFEITO, EX GOVERNADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), EX-DEPUTADO, EX MINISTRO DE ESTADO, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, REDEMOCRATIZAÇÃO, LUTA, ELEIÇÃO DIRETA.

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Senador Arthur Virgílio, quero me somar à iniciativa de V. Exª, que entendo ser não apenas de V. Exª, mas de todo o povo brasileiro.

Dante de Oliveira virou símbolo do próprio processo democrático. Eu não era sindicalista em 1982, mas já acompanhava a trajetória de inúmeros homens públicos, como V. Exª e também Dante de Oliveira. Estive em muitos comícios, em muitos palanques em que se defendiam as diretas com ambos, com V. Exª, com Leonel Brizola, com Lula, com Olívio, com Ulysses Guimarães. Eu falava como sindicalista, mas quando se falava no nome de Dante de Oliveira, aquela massa toda, nos comícios - lembro-me de Porto Alegre -, se sentia no seu momento de mais alta emoção, porque Dante era o autor da Emenda das Diretas Já.

É com muito carinho e com muito respeito que também assinei o documento de solidariedade, de sua iniciativa, a toda a família enlutada.

O Brasil perde um grande homem público, um político brilhante. Ele esteve nos visitando aqui no Senado inúmeras vezes. Naquela simplicidade, ele cumprimentava a todos, abraçava a todos, perguntava como estava a luta. A última vez em que esteve aqui, perguntou-me: “E aí, Paim, como está o salário mínimo? Parece que avançou”.

Dante era isso, um homem de grandeza em todos os sentidos.

Por isso, o Brasil está triste, a democracia está triste. A Terra perdeu, mas sei que Dante, do céu, está olhando para cá neste momento e dizendo que cumpriu sua tarefa e que espera que façamos a mesma coisa na linha da defesa da liberdade, da igualdade, da solidariedade e da democracia.

            Meus cumprimentos à sua iniciativa, Senador Arthur Virgílio, e a nossa solidariedade à família.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/07/2006 - Página 23123