Discurso durante a 126ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem ao poeta Mário Quintana pelo transcurso do centenário de seu nascimento.

Autor
Sérgio Zambiasi (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RS)
Nome completo: Sérgio Pedro Zambiasi
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao poeta Mário Quintana pelo transcurso do centenário de seu nascimento.
Aparteantes
Arthur Virgílio, Leomar Quintanilha, Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 05/08/2006 - Página 26161
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, MARIO QUINTANA, POETA, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, CULTURA, LITERATURA BRASILEIRA, ANUNCIO, PROGRAMAÇÃO, COMEMORAÇÃO, MUNICIPIO, PORTO ALEGRE (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), REGISTRO, BIOGRAFIA, LEITURA, TRECHO, OBRA LITERARIA.

O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente Magno Malta.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o tempo que vamos utilizar aqui será em homenagem a uma pessoa muito especial que nasceu lá na fronteira do nosso Rio Grande, Senador Paulo Paim, e que tem este ano, todo ele, dedicado à passagem do seu centenário, que é o nosso querido e grande poeta Mário Quintana.

Foi numa noite muito fria, em 30 de julho de 1906, enquanto o vento minuano fustigava a paisagem congelada na vastidão do pampa gaúcho que nascia, em Alegrete, fronteira entre o Rio Grande e o Uruguai, um menino prematuro a quem deram o nome de Mário. Um guri que sobreviveria, apesar do pouco peso e dos rigores de inverno, para ser, no futuro, por talento e ousadia, príncipe entre os poetas, o grande Mário Quintana.

Falar sobre este gigante não é tarefa simples. Viemos à tribuna no dia de hoje para homenagear, com enorme respeito e admiração, o transcurso do centenário de seu nascimento.

Aliás, o nosso querido, o nosso grande companheiro Senador Pedro Simon, com o meu apoio e o do nosso querido amigo nosso grande Senador Paulo Paim, que presidiu esta sessão até há poucos minutos, agora substituído pelo Senador Magno Malta, já confirmou sessão solene em homenagem a Mário Quintana, prevista para o mês de novembro. Será para relembrarmos um pouco da sua trajetória, da sua vida, da sua obra, ambas indistintas, ou, como ele mesmo disse, vida e obra uma coisa só.

Em Porto Alegre, cidade que o acolheu, ou melhor, que foi acolhida por ele para ser sua morada, uma extensa programação de eventos culturais marca os cem anos de nascimento do poeta. A partir do decreto do nosso Governador Germano Rigotto, instituiu-se o Ano do Centenário de Quintana.

O menino Mário cresceu franzino, miúdo, mas muito ativo e atento às coisas que via no mundo. Seus pais, o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Oliveira Quintana...

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Senador Sérgio Zambiasi, permite-me V. Exª um aparte?

O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS) - Pois não, Senador Arthur Virgílio.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Sou admirador de Mário Quintana e faço com que meus filhos leiam sua obra. Os mais velhos já a leram e os mais novos eu os induzo a também a lerem. A propósito do que falávamos, o poema “Da Observação”, de Mário Quintana, diz o seguinte:

Não te irrites, por mais que te fizerem...

Estuda, a frio, o coração alheio.

Farás, assim, do mal que eles te querem,

Teu mais amável e sutil recreio...

É uma lição do grande conterrâneo de V. Exª e do Senador Paulo Paim, homens públicos que honram esta Casa.

O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS) - Senador Arthur Virgílio, obrigado pela citação. Ela mostra que o nosso príncipe dos poetas não é gaúcho, mas brasileiro. Ele é continental, é universal. Que bom ouvir do Senador amazonense palavras de um dos seus grandes poemas, entre outros que serão lembrados e citados nesta manifestação. Senador Arthur Virgílio, o Rio Grande do Sul agradece por essa manifestação.

Exatamente com essa preocupação de formação do filho, com a importância da educação, ainda na infância seus pais despertaram-lhe o gosto pelo conhecimento, pelas línguas estrangeiras e pela boa leitura.

Através dos jornais, livros e toda a forma de escrita que importava, plantaram em seu coração o amor pelas letras. Semearam em seu espírito o que seria uma de suas maiores formas de expressão e a grande vocação de sua vida, a poesia.

Em 1915, com 13 anos de idade, após concluir o curso primário em Alegrete, os ventos mudaram de rumo e o menino partiu para Porto Alegre, indo estudar, em regime de internato, no Colégio Militar.

Foi um tempo de despertar, de assumir seu destino, quando começa a traçar suas primeiras linhas e publica alguns trabalhos na revista da escola.

Anos depois, passa a trabalhar na Livraria do Globo, contrariando seu pai, que queria o filho doutor. Aos 17 anos, publica um soneto com o pseudônimo JB, divertindo-se com o sucesso do texto e com o anonimato que o escondia.

Em 1925, retorna para Alegrete e vai trabalhar na farmácia da família. Mas nos dois anos seguintes a dor da perda marca a vida daquele jovem: primeiro, a morte da mãe, e um ano depois, a morte do pai.

Concedo um aparte ao Senador Paulo Paim.

O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Senador Sérgio Zambiasi, quero cumprimentar V. Exª por lembrar o centenário de Mário Quintana, que, como V. Exª disse, é um homem do mundo. Não há horizonte para sua poesia, pela forma bonita, alegre com que brincava com as palavras. O grande poeta é esse, o que brinca com as palavras e passa uma grande mensagem. Por isso fiz este aparte rápido. V. Exª e eu temos um compromisso, no Ministério dos Transportes, para discutir a questão dos portos do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma iniciativa dos Senadores gaúchos, e nós estaremos lá. Mas peço a V. Exª que, ao mesmo tempo em que faço uma homenagem a Mário Quintana, permita que eu preste, como fiz no caso de outros Senadores, minha total solidariedade ao Líder Aloizio Mercadante. S. Exª é um homem que tem uma história bonita, no campo da ética, da moral, dos bons costumes, que orgulha toda a nossa gente, não só ao povo de São Paulo.

Por isso, eu não poderia deixar de dar este depoimento. Entendo que foi uma insinuação indevida para quererem confundir a população, jogando-se, dessa forma confusa, lama para todo lado, atingindo a figura daquele que, no meu entendimento, continua sendo o nosso líder. Tenho convicção de que o Senador Aloizio Mercadante não tem nada a ver com a balbúrdia. Já tentaram outras vezes induzir a opinião pública a uma grande confusão citando também o nome do Mercadante. Por este motivo fiz um aparte a V. Exª. Sei que a posição de V. Exª é idêntica a minha, porque V. Exª, tanto quanto eu, conhece a história de Aloizio Mercadante. Desculpe-me pela forma como tive de fazer este aparte, pois tenho que me deslocar. Muito obrigado.

           O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS) - Senador Paim, entendo perfeitamente sua preocupação com os compromissos desta manhã. Temos, daqui a pouco mais, realmente, no Ministério dos Transportes, esse compromisso de buscarmos soluções para os portos do Rio Grande do Sul, mas me somo a sua manifestação.

           O Senador Aloizio Mercadante é uma unanimidade nesta Casa. Ouvi, atentamente, a manifestação do Senador Arthur Virgílio com relação ao Senador Aloizio Mercadante, como também o Senador Magno Malta fez também algumas intervenções na sua manifestação. Entendemos que este é um momento de muitas angústias e preocupações. Ouvi, quando da manifestação do Senador Arthur Virgílio, que, muitas vezes, quando são atingidos inocentes, acabam-se confundindo todas as questões. Por essa razão, somo-me à sua manifestação.

           Eu falava na dor de Mário Quintana pela perda da mãe, do pai, e talvez por experimentar, Senador Magno Malta, tão sofrida realidade. Talvez por isso mesmo, por passar por esses sofrimentos - V. Exª está passando por um sofrimento neste momento -, ele tenha produzido muito e intensamente. Das lágrimas que - imaginamos - derramou brotaram inúmeras pérolas a compor verdadeiras jóias no papel.

           Premiado em concurso de contos e poesias, aos 23 anos, Mário Quintana retorna a Porto Alegre para trabalhar na imprensa, traduzindo e redigindo textos. Em 1930, a Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus versos, ano em que eclode o movimento liderado por Getúlio Vargas.

           Poucas pessoas sabem que o jovem Quintana, aos 24 anos de idade, foi voluntário na Revolução de 30, tendo pegado em armas no 7º Batalhão de Caçadores.

           A contribuição de Mário Quintana à cultura sul-rio-grandense foi longa e fecunda, seja pela produção própria, seja pela tradução de grandes mestres da literatura universal, com os quais nos proporcionou contato e a cujos textos conferiu a marca de seu gênio na lida do nosso idioma.

           A partir de 1934, passa a traduzir uma série de obras, até então inéditas no Brasil, de autores do quilate de Voltaire, Virginia Woolf, Charles Morgan, Marcel Proust e outros.

           Em 1940, publica uma de suas tantas obras famosas, A Rua dos Cataventos, livro de sonetos que é adotado como referência escolar na rede de ensino. A partir daí, sua produção foi imensa e incessante até morrer.

           Foram mais de 25 livros de poesias produzidos em prosa e verso. Trata-se de poesia da melhor qualidade, ainda que alguns críticos da época considerassem-no um poeta menor pela estranheza que causava a simplicidade genial do seu texto.

           Dos inúmeros trabalhos, citamos obras como Sapato Florido, Espelho Mágico, O Aprendiz de Feiticeiro e Antologia Poética, livros que compõem sua vasta obra e que lhe renderam títulos e várias homenagens.

           Quintana trabalha com Érico Veríssimo e Monteiro Lobato, este último prefaciando obra sua. Ao lado de Cecília Meireles, Vinícius de Moraes e Henriqueta Lisboa, integra o sexto volume da coleção didática “Para gostar de ler”. Nesse período, publica, em Buenos Aires, Objetos Perdidos Y Otros Poemas, com o reconhecimento de público.

           Mário Quintana recebe elogios dos maiores intelectuais da época. É homenageado por Manuel Bandeira, recebe indicação para a Academia Brasileira de Letras, o que, infelizmente, nunca se concretizou.

           Vem daí o seu célebre “Poeminha do Contra”, marcado pela ironia fina que caracterizava o seu humor:

Todos esses que estão aí,

atravancando o meu caminho,

eles passarão.

Eu, passarinho.

            Sr. Presidente Magno Malta, as obras de Mário Quintana foram publicadas em revistas internacionais, encenadas no teatro e gravadas, a exemplo da III Festa Nacional do Disco, em Canela, quando foi lançado o álbum duplo “Antologia Poética de Mário Quintana” pela Gravadora Polygram.

           Pelo conjunto da obra, Quintana recebe a mais importante condecoração que o Rio Grande concede a pessoas de destaque: a medalha Negrinho do Pastoreio.

           Mas a maior honraria, segundo ele mesmo, era a placa de bronze em sua terra natal e o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, em reconhecimento ao amor que o poeta expressava e nutria pela cidade onde morou até morrer.

           Foram tantos e tão preciosos os livros que nos legou: Pé de Pilão, Esconderijos do Tempo, Lili Inventa o Mundo. Impossível elencá-los todos, igualmente impossível deixar de citar alguns, mais difícil ainda escolher o mais belo.

           Mário Quintana foi um poeta do cotidiano. Não era nem pretendia ser um grande intelectual ou um homem de palavrório, como ele mesmo se autodefinia. Falava de sentimentos e impressões, das pequenas criaturas, da luz, das tardes, da sua companheira, a lua. Falava, enfim, da magia imensa que há no mundo e que, por estar visível aos olhos de todos, todos os dias, acaba invisível aos olhos, na faina do dia-a-dia.

           A década de 80 traz diversas honrarias ao poeta: primeiro, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Mais tarde, é homenageado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

           Oito anos depois, a Unicamp e a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedem idêntico título, que viria ainda da Unisinos e da PUC, Universidades do Rio Grande do Sul.

           Mas, Srªs e Srs. Senadores, talvez a mais importante homenagem tenha sido em 1983, quando o Hotel Majestic de Porto Alegre, onde morou de 1968 a 1980, foi tombado pelo patrimônio histórico do Estado e passou a chamar-se Casa de Cultura Mário Quintana, numa iniciativa aprovada por unanimidade na Assembléia Legislativa gaúcha.

           A Casa de Cultura Mário Quintana, hoje, é um dos maiores complexos culturais do Brasil, com salas de teatro e de cinema, oficinas de arte e literatura, espaços para exposições temporárias e permanentes, cafés, bistrôs etc. Ponto de referência cultural e de lazer na Capital gaúcha, a Casa de Cultura Mário Quintana esteve à frente das recentes comemorações que marcaram o centenário de nascimento do poeta.

           Porto Alegre mobilizou-se para homenagear tão ilustre cidadão honorário num misto de afeto, admiração e saudade de uma de suas figuras públicas mais queridas com uma série de projetos e iniciativas desenvolvidas sob responsabilidade da Secretaria de Cultura do Estado e do Governo Germano Rigotto.

           Mário, o homem, tinha uma personalidade complexa. Era alegre, nostálgico ou irônico. Moleque e sábio ao mesmo tempo, cumprindo a máxima de Machado de Assis “o menino é o pai do homem”. Foi sempre absolutamente reservado. Não lhe agradava falar sobre si mesmo. Dizia: “toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Querem saber de mim? Minha vida está nos meus poemas”.

           Mesmo com sua timidez e sua contrariedade à badalação, as homenagens ao poeta não cessam até depois de sua morte, aos 88 anos, em maio de 1994, em Porto Alegre.

           Mário Quintana! Um dos mais premiados e reconhecidos escritores, tradutores e poetas brasileiros. Fincou raízes em Porto Alegre. Na Capital gaúcha, estudou, trabalhou, fez amigos, carreira e fama, envelheceu e morreu. Caminhador das ruas da cidade, amante de suas particularidades, com o tempo tornou-se seu patrimônio, confundindo-se na paisagem. Porto Alegre o tinha como seu filho amado. E Mário tinha a cidade como o lugar de seu andar.

           No poema “O Mapa”, traduz esse amor verdadeiro:

           Olho o mapa da cidade como quem examinasse a anatomia de um corpo. (É nem que fosse o meu corpo!)

           Sinto uma dor infinita das ruas de Porto Alegre, onde jamais passarei...

           Há tanta esquina esquisita, tanta nuança de paredes, há tanta moça bonita nas ruas que não andei. (E há uma rua encantada, que nem em sonhos sonhei...)

           Quando eu for, um dia desses, poeira ou folha levada no vento da madrugada, serei um pouco do nada, invisível, delicioso. Que faz com que o teu ar pareça mais um olhar, suave mistério amoroso, cidade de meu andar, desde já, tão longo andar. E talvez, de meu repouso...”

            E o foi.

           Finalizando, Sr. Presidente Magno Malta, quero dizer da minha esperança nos meninos e meninas, filhos e filhas desta terra. Que tenham a ventura de aprender a lição, ainda na infância, do amor pela leitura, porque o livro é um grande amigo, talvez o maior de todos.

           Nos livros, encontramos perguntas iguais às nossas e, nesse sentido, nos irmanamos com ele. Nos livros, encontramos respostas às nossas perguntas e, nesse sentido, crescemos com sua grandeza.

           Que a poesia salte das páginas para as ruas, para os cafés, para as praças e para as escolas com a energia necessária para alimentarmos, defendermos e preservamos nossa memória cultural.

           Sonho com um futuro em que as pessoas, depois de um dia de trabalho, possam ler seus poemas preferidos, até o sono chegar. Depois, fecharão seus livros e todos, sem exceção, dormirão em paz, porque, nas palavras do imortal poeta, “a poesia purifica a alma, e um belo poema, ainda que de Deus se aparte, um belo poema sempre leva a Deus”.

           Obrigado, Mário Quintana! Obrigado, Presidente! Obrigado a todos!

           O Sr. Leomar Quintanilha (PCdoB - TO) - Senador Zambiasi, concede-me V. Exª um aparte?

           O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS) - Concedo o aparte ao Senador Quintanilha.

           O Sr. Leomar Quintanilha (PCdoB - TO) - Antes de V. Exª encerrar, gostaria de registrar o meu apreço pelo registro que V. Exª faz nesta Casa e nesta manhã. Todos deveríamos ter um apreço especial pelo poeta. O poeta é algo assim de inspiração divina. Veja que ele usa as mesmas palavras que usamos, só que as usa numa seqüência tal que arrebata corações, provoca emoções, provoca uma quantidade de sentimentos extraordinários. Temos de reverenciar os nossos poetas. V. Exª presta uma justa homenagem a um dos nomes mais expressivos da literatura brasileira, que é Mário Quintana. Lamentavelmente não ouvi todo o seu pronunciamento. Gostaria que me deixasse depois uma cópia desse exemplar, porque a parte que ouvi gostei muito, a parte que ouvi me encheu de entusiasmo, a parte que ouvi me deixou entender que homens da estirpe de V. Exª, de espírito público elevado, têm sensibilidade para apreciar a arte, a cultura e a letra brasileira. É uma justa homenagem que V. Exª presta. Gostaria de me associar a essa extraordinária homenagem que presta ao nosso querido Mário Quintana.

           O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (PTB - RS) - Obrigado por sua manifestação, Senador Leomar Quintanilha.

           Tive o privilégio de conhecer pessoalmente Mário Quintana, sua forma de ser, seu jeito tímido, extremamente sensível e inteligente. E é bom reproduzir aqui muitas das emoções que ele transmitiu em seus poemas, muitas delas dedicadas à cidade que ele escolheu para viver e amou tanto, Porto Alegre.

           Emocionou-me especialmente lembrar um dos poemas que ele dedica às ruas, inclusive àquelas que ele não conheceu. Realmente, com a singeleza de suas palavras, ele nos enche de emoção.

            Fico grato e asseguro-lhe que farei chegar a seu gabinete uma cópia deste pronunciamento, que traz algumas das lembranças evocadas nas comemorações que o Rio Grande do Sul, especialmente Porto Alegre, promove no centenário de nascimento de Mário Quintana.

           Obrigado, Senador Leomar Quintanilha, obrigado, Sr. Presidente, obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/08/2006 - Página 26161