Discurso durante a 133ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comunicação de licença da liderança do PMDB e renúncia ao posto de titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. (como Líder)

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.:
  • Comunicação de licença da liderança do PMDB e renúncia ao posto de titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 16/08/2006 - Página 26852
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.
Indexação
  • ANUNCIO, LICENCIAMENTO, ORADOR, LIDERANÇA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), AFASTAMENTO, COMISSÃO DE ETICA, OBJETIVO, PARTICIPAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL, REELEIÇÃO, SENADO.
  • EXPECTATIVA, DECISÃO, COMISSÃO DE ETICA, ACUSAÇÃO, ORADOR, IRREGULARIDADE, VENDA, AMBULANCIA, DENUNCIA, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, GARANTIA, DIREITO DE DEFESA.

           O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna, na tarde de hoje, para comunicar a V. Exªs que estou me licenciando da Liderança do PMDB pelos próximos 60 dias, a fim de me dedicar à reeleição para o Senado, labutando mais, lutando mais ainda em favor do meu Estado. Já era minha pretensão fazer isso há tempo, Presidente, e estava consultando os Vice-Líderes, mas quase todos estavam envolvidos na campanha em seus Estados.

           Entendo ser esta a melhor maneira de reiterar o meu compromisso de respeito e afeto para com este que foi o primeiro e único partido de minha vida, onde milito desde a juventude e que tenho a honra de liderar no Senado da República há quase dois anos.

           Passados os primeiros momentos de surpresa e indignação pela metodologia adotada pela CPMI das Ambulâncias, que não aceitou o contraditório, aguardo com serenidade a etapa do Conselho de Ética.

           Incompreensivelmente, a CPMI estabeleceu como critério inovador - já que foi a primeira vez que isso aconteceu na história das CPIs - ser o Conselho de Ética o fórum adequado para a apresentação das defesas. Lá, tenho certeza, me será assegurado o direito de defesa, instrumento universalmente consagrado nas sociedades desenvolvidas e que delimita com nitidez insofismável a diferença entre civilização e barbárie.

           Entretanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não poderia sequer sugerir com a minha presença na Liderança qualquer tipo de constrangimento aos companheiros, que foram decisivos para a construção de uma trajetória vitoriosa que escrevi nesses meus 12 anos como Senador da República. Longe de mim criar embaraços para o partido ou para o Conselho de Ética. Assim, ao mesmo tempo em que me licencio da Liderança do PMDB, eu me afasto também do Conselho de Ética. Como democrata convicto, curvo-me às exigências protocolares para o perfeito cumprimento dos dispositivos regimentais.

Espero, confiante, o processo no Conselho de Ética, porque sei da minha inocência e da minha honradez. Tenho a consciência tranqüila.

E é assim que, amparado pela certeza da vitória da justiça, parto com tudo para a campanha, fiel aos meus compromissos com o povo da Paraíba, a quem jurei lealdade.

Não sou homem de fugir à luta. Não desapontarei os paraibanos, assim como jamais traí ou trairei o PMDB e o meu mandato.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na oportunidade em que me licencio da Liderança, indico o nome do Senador Wellington Salgado para substituir-me interinamente.

Reafirmo, neste momento e desta tribuna, a minha convicção de que maior que os percalços e turbulências do momento, são a força, a grandeza e a coerência dos ideais que me fazem persistir na vida política.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/08/2006 - Página 26852